Os alfaiates que vestiram a elite biquense

Escrito por Antônio Santa Cruz Calvário (Tonico da Dona Minervina)

A elegância dos jovens biquenses, no início da década de 1960: Jarbas Antunes, Carlos Augusto Veiga, Wolney Sarto, Waguinho Barreto, José Carlos Penchel, Rogerinho Barros, José Américo Frade e Milton Fernando Souza

Nos anos 50, 60 e até os 70, era muito comum o uso de terno e gravata nas festas de fim de ano, casamentos, bailes, formaturas, etc. Também, podíamos ver funcionários de bancos, funcionários públicos, agentes das estações, chefes de trens, motoristas e trocadores de ônibus, etc, muito elegantes com os seus ternos e gravatas.

Eu me lembro dos antigos alfaiates de Bicas: Tesourão, Gelito, Sr. Clemente, Sr. SaintClair, José Calegari, Fábio Alfaiate, Sr. Edgard Arêzo, que além de alfaiate, era técnico e treinador de futebol. Os meus ternos, inclusive o de casamento, foram confeccionados pelo Gelito Alfaiate, que também era nosso companheiro nos bailes.

Quem necessitasse de um terno para as festas, recortado pelas tesouras de um deles, devia fazer a encomenda com até três meses de antecedência.

Naquela época, o melhor presente que se podia dar a um homem, era um corte de tecido de linho, casimira, gabardina, etc, para a confecção de um bonito terno. Era muito comum vermos muitos vendedores de cortes de tecidos nas ruas.

Foi uma época muito boa! Ficou na lembrança!