Deus… a natureza… e o homem…

            “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma!” – Lavoisier

Coitado do inteligente cientista francês, caso convivesse com os homens do mundo de hoje. Ao afirmar, consciente e esperançoso, que a ciência somente colaboraria com os homens para transformar o mundo, daquilo que de pior houvesse, naquilo que de melhor imaginássemos, ele se esqueceu de que existem Deus e o Diabo na Terra do Sol.

E daí, José, como perguntaria, de novo e sempre, nosso curioso Poeta Maior, o preclaro Carlos Drummond de Andrade.

Daí, para todos os seres humanos de hoje, não tão humanos como os de ontem, influenciados e iludidos pela ambição desmedida, e portanto corrupta, daqueles que fazem do progresso falso uma desculpa horrorosa e criminosa, para lucros descabidos, portanto, criminosos, contra a condição humana.

Vejamos: o aquecimento global, a inteligência fria e calculista, que, desprezando a consciência natural e humana, verdadeira patrocinadora de nossos sentimentos humanos, os mais puros, querendo criar agora, depois da válida colocação da emoção ao lado da inteligência, com o reconhecimento pelos cientistas modernos e humanistas da Inteligência Emocional, a ambição criminosa de poder de dinheiro, vem, agora, agredir nossa consciência e nosso coração, naturais e humanos, com “trabalhos científicos” visando a criarem a estúpida e incompetente – para não dizer desumana – inteligência artificia.

“Credo cria absurdum”, como diria Tertuliano, se gritasse de seu túmulo romano, com o seu “É certo, porque impossível”, mostrando-nos que estaríamos destruindo a teoria brilhante da conservação das massas, tão brilhantemente criada por Lavoisier, e que abre este artigo.

Pois, ao invés de transformarmos a Natureza tão necessária, e da qual temos consciência e sentimentos naturais de participar, agiriam através de confusas e duvidosas manipulações cibernéticas, de máquinas e escravos sub-humanos, escravos, de fato, daqueles que apenas cultivam, em suas mentes e ações, traídos pela ambição e pelo orgulho, não a transformação da Natureza, como previu o grande cientista francês, mas a sua total destruição, caso não façamos algo para impedir.

Desmatamentos criminosos, aquecimento global, incêndios horríveis em plena área civilizada europeia, inundações enormes que afogam multidões, sem contar a demagogia criminosa de certos “políticos”, que tentam impedir a entrada de pobres e desesperados cidadãos, tão humanos quanto eles, de áreas sofridas e miseráveis.

Para terminar, só me resta repetir Drummond: E daí, José? Mesmo sabendo que nenhum deles se chama José…