FAMÍLIA  COELHO – Barão de Catas Altas, 367

Perfis biquenses

Na década de 80 e 90, Chicre Farhat escreveu várias crônicas para O MUNICÍPIO sobre personalidades biquenses, ressaltando nelas qualidades de caráter e de personalidade, muitas vezes despercebidos no dia a dia. Verdadeiras pérolas que, em novembro de 1983, foram reunidas em uma publicação lançada pelo prefeito Gilson Lamha. Posteriormente, Chicre continuou a usar sua brilhante mente para enaltecer outras personalidades. Assim sendo, em homenagem ao autor e aos seus personagens, tudo será republicado.

Família  Coelho 

 

De longa data, faço os “Perfis Biquenses”. Em seu segundo mandato, o prefeito Gilson Lamha mandou publicar uma coletânea, como incentivo e lição aos jovens.

Em sentido didático venho destacando aqueles que têm dado seu tributo em favor do bem comum, contribuindo decisivamente parta melhorar a qualidade de vida de nossa terra.

Muita gente já desfilou pelas páginas de “O MUNICÍPIO”. Nesta altura, creio ter retratado bem meia centena de conterrâneos.

Hoje volto com o maior prazer para distinguir o casal Maria da Conceição Schettino e Oswaldo Coelho e os filhos Eliane e William.

Visitei a farmácia, uma das melhores de Bicas, sob o comando da advogada Eliane, que alia a viva inteligência com a envolvente simpatia. Sua radiosa presença talvez cure mais do que muitos remédios.

Levado ao interior da casa pelo outro filho do casal, o talentoso engenheiro William, deparei-me com uma obra singular, moderna, funcional, sem deixar de lado o requintado bom gosto das peças.

Ocupando todo um quarteirão, o jovem Willian deixou seu timbre refinado em cada detalhe do belo conjunto arquitetônico, com o projeto de expansão já determinado, como agora aconteceu com a inauguração da “Toca do Coelho”.

Maria Schettino (a sempre estimada Mariquinhas) e Oswaldo Coelho construíram no trabalho e na fé, extraordinária iniciativa empresarial, que seus filhos exemplares comandam com argúcia e visão.

Amiga de minha família, a queridíssima Mariquinhas tem sempre uma palavra de carinho e aplauso. Solidária, generosa, atenta, quem não gostaria de ter ao seu lado uma uma criatura da estirpe de Mariquinhas. Eu diria que na Rua do Barão mora uma baronesa de alta fidalguia.

Seria fácil e cômodo para ela cuidar só dos seus interesses, da família, distanciando-se de tudo que não seja ambição pessoal. Mas não é assim seu coração. Esse calor humano é benção, a marca divina do amor ao próximo.

Fiel à sua gente, à terra natal, a devotada conterrânea bem merece a vitória de sua límpida caminhada, sem atropelo ou amargura.

É terrível suportar a fria indiferença, a gélida incompreensão do egoísmo, ou assistir a empavonada ostentação vazia, que nada faz pelos outros. É duro enfrentar o cruel muro de pedra, a fortaleza dos omissos fariseus. Como é triste a solidão dos frustrados e ressentidos.

A família Coelho não se esconde, estende a mão fraterna. Mariquinhas, Oswaldo, Eliane e William são meus amigos. E a amizade é o maior presente da vida.

(Publicado no jornal O MUNICÍPIO, de 31 janeiro de 1994)