Augusto Rossi: Construtor de sonhos

Augusto Rossi

Direi que ele é um construtor de sonhos…

Que infinito prazer sentimos ao ingressar na casa que ambicionamos, erguida pela inteligência e habilidade de Augusto Rossi.

Quantas alegrias este homem já trouxe ao coração de tanta gente. Pois não é só a certeza do esforço correto, o compromisso assumido com a honra, mas sobretudo a garantia de que algo se levantou e desafiou o tempo.

Há mais de meio século, Augusto Rossi dá um testemunho de amor ao trabalho. Nenhuma aposentadoria o faz esquecer a sua arte de grande artesão, que vê despontar em cada canto da cidade, diferentes construções, fruto de seu extraordinário talento: igrejas, piscinas, centro cívico, escolas, residências em todos os estilos.

Dificilmente não se encontrará em todas as ruas de Bicas uma obra sua. Ele é hoje, além do mais antigo construtor, figura ímpar, de trato ameno, voz mansa e pausada. Um permanente otimista.

Amigo de meus pais, de tradicional e estimada família, de fundas raízes nos mais diferentes setores, onde tem se destacado, Augusto Rossi é página viva de nossa história.

Projetista, criador de “ordens folclóricas”, biquense da velha cepa, pertence a uma raça em extinção: a dos homens determinados, cuja palavra é brasão de dignidade, sem desvios ou curvaturas humilhantes.

Desses que tem o prazer de servir e ser útil ao bem comum. Desses seres privilegiados, que marcam no tempo uma passagem luminosa de bondade, simplicidade e de desambição.

Augusto Rossi com seu “metro” gasto de tanto uso, e sua corda já puída, soube edificar uma vida de engenheiro e arquiteto, sem nunca ter passado por uma universidade, e que enche de orgulho os conterrâneos.

(Publicado no jornal O MUNICÍPIO, de 09 de outubro de 1983)