Chefe de facção criminosa em MG é julgado em Juiz de Fora por tráfico e homicídios

Por g1 Zona da Mata — Juiz de Fora

Marcio Vinicius da Paixão Vieira, conhecido como “Pica-Pau”, foi feita pela Senad, do Paraguai — Foto: Senad/Divulgação

Marcio Vinicius da Paixão Vieira, apontado pela polícia como um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Minas Gerais começou a ser julgado às 9h na manhã desta terça-feira (31) no Fórum Benjamim Colucci, em Juiz de Fora, por tráfico de drogas e homicídios.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do réu, que participa do julgamento, em andamento até a última atualização da reportagem.

Ele foi preso em janeiro do ano passado em uma propriedade rural de Zanja Pytã, no Paraguai, próximo a região de fronteira com o Brasil, no Mato Grosso do Sul. Posteriormente, ele e outros integrantes da facção criminosas foram expulsos do país pelo governo paraguaio.

Na época, a Polícia Federal levou o chefe da facção, conhecido como “Pica-pau”, para o aeroporto, onde uma equipe do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de MG, já o aguardava para levá-lo para Juiz de Fora, onde tinha mandado de prisão em aberto.

Após o cumprimento do mandado, ele foi para Penitenciária de Francisco Sá, no Norte de Minas. Ao g1, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública Minas Gerais (Sejusp) confirmou que ele saiu da unidade de segurança máxima, sob escolta, nesta terça-feira para o julgamento em Juiz de Fora.

Duas prisões

De acordo com o Departamento de Inteligência da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad), Marcio já havia sido preso em outubro de 2021 em Pedro Juan Caballero.

Ele e outros quatro suspeitos estavam em uma casa com um arsenal, que incluía fuzis, pistolas e equipamentos de comunicação da facção.

Parte dos objetos apreendidos. — Foto: Polícia paraguaia/Reprodução

No dia seguinte a prisão, eles foram expulsos do país, pela ponte da Amizade, que liga Cidad del Este, no Paraguai a Foz do Iguaçu, no Paraná. Foram entregues as autoridades brasileiras, que os encaminharam a uma unidade prisional. Conforme a polícia paraguaia, ele fugiu e voltou ao país.