O planeta vive uma guerra de ideologias. Capitalismo e socialismo dividem opiniões pelos mais diversos lugares. Controvérsias, fanatismos e ilusões fazem parte do âmago de muitos dos ferrenhos defensores. Porém, quem está realmente com a razão? Tomando emprestado um conceito de Henry Ford, que dizia não importar a cor que você desejasse o seu modelo “T”, ele sempre o entregaria pintado de preto; uso a mesma simbologia para afirmar que não importa quantos elementos você utilize para mostrar o quanto o socialismo é benéfico, pois o capitalismo será sempre o melhor entre os dois.

Nivelar todos por baixo não trará prosperidade para ninguém; e é justamente esta a essência do socialismo. A ilusão de que o mundo será um verdadeiro reino dos céus, com jardins floridos e reluzente paz caso o socialismo se difundisse por todo o planeta é uma tremenda idiotice. Vilanizar empresários, transformando-os em vampiros usurpadores do potencial laboral de pobres e indefesos trabalhadores é a mais profunda irresponsabilidade. Os que o fazem, não sabem os desafios intrínsecos à manutenção de uma empresa. Ser empresário no Brasil é além de um ato de coragem, uma demonstração de generosidade. Experimente arcar com altas cargas tributárias e trabalhistas, aluguel, e toda a burocracia legal para manter um negócio com as portas abertas. Muitos empresários acumulam meses no vermelho e se desdobram para honrar compromissos na esperança de que o mercado será mais favorável à frente, só para não deixar seus funcionários em pior situação. É um verdadeiro sacrifício em nome do outro.

Mas é possível viver num país com melhores condições para todos! Sim… claro que é. Desde que este país dê condições para que seu povo possa andar com as próprias pernas e construir o seu próprio patrimônio. O que vemos no Brasil é a proliferação da cultura das muletas. As pessoas se escoram no governo em busca de algum benefício que seja. São os mendigos do século XXI. Triste realidade…

O desejo de ser atendido pelo assistencialismo estatal tomou conta de grande parte dos lares do país. Nossas crianças crescem inseridas num mundo totalmente capitalista, onde os países mais bem-sucedidos apoiam a livre iniciativa, a inovação e a descoberta de novas tecnologias. Enquanto isso, somos doutrinados nas escolas por meio dos “ensinamentos” de um certo Marx que escreveu meia dúzia de idiotices e continua sendo idolatrado até os dias atuais.

Imagine você estudar administração sob a ótica de Marx… É o mesmo que estudar religião sob os olhos de um ateu. O que você contribuirá para o mercado de trabalho tendo uma visão totalmente distorcida e alheia a tudo o que esse mercado espera de você? Imagine-se ainda tendo de fazer um trabalho de nível superior sobre um filme cujo nome é: “Socialismo limpo, capitalismo sujeira”. Pois é… isso existe e está mais perto de nós do que você imagina.

Esse endeusamento do Estado como sendo o salvador da pátria é o que leva à ruína a força do povo brasileiro. O governo deve ser um aliado daqueles que lutam para transformar suas vidas e o ambiente ao redor. Não um deus capaz de suprir todas as necessidades, dar comida, abrigo, migalhas. Sem mérito, tudo é desmerecimento.

O nosso “amigo” barbudo e charlatão desenvolveu um sistema de estado no qual os indivíduos estivessem em condições iguais. Mas será mesmo justo retribuir igualmente a quem esforçou-se de maneira desigual? Ilusoriamente, formule em sua mente a seguinte situação: o dono de uma empresa afirmou que a partir de hoje todos os funcionários irão receber o mesmo salário de mil reais, independentemente da função que exercem. Os que recebiam menos de mil reais ficaram satisfeitos e perceberam que não precisaram se dedicar mais para terem um aumento de salário. Motivo pelo qual permaneceram da mesma forma, posto que não valeria a pena se dedicarem mais, já que o salário de nenhum funcionário ultrapassaria mil reais. Por outro lado, aqueles que recebiam mais, viram-se injustiçados e decidiram reduzir o tempo de trabalho, assim como sua produtividade; visto que uma dedicação maior não seria recompensada, seria inútil trabalhar mais para ganhar o mesmo valor daqueles que trabalham pouco. Com isso, a empresa viu sua produção cair drasticamente e a manutenção dos salários nesse patamar se tornou insustentável.

O que proporciona o crescimento é o estímulo de melhora. Se não houver estímulo, não há melhora e consequentemente não há crescimento. Para quê ser mais do que preciso ser? Essa é a lógica que o senhor Carl não explicou aos seus discípulos. Limitou-se a formular entrelinhas complexas em dialética de difícil percepção e mostrar ao proletariado que o “mais-valor” de seu trabalho era o lucro do patrão. Segundo ele, cada funcionário trabalha X dias em um mês para pagar o seu próprio salário, e após esse período, todo o esforço dispendido se reverte em lucro para o patrão. Esqueceu-se, porém, de dizer aos seus súditos que tal patrão possui despesas além do salário de seus funcionários, como: matéria-prima, insumos, encargos trabalhistas, impostos, e uma série de outros fatores que devem ser analisados. O lucro vem muito depois da simples exclusão do valor pago em salários.

O povo deve deixar de ser povo. Não se contentar com o mínimo necessário à sobrevivência, mas tentar alcançar meios legítimos de conquistar seu lugar ao sol pelo mérito próprio. O vitimismo está fortemente consolidado no inconsciente popular. Eu não consigo, não é pra mim, eu não tenho sorte, isso é só pra quem pode; são alguns dos argumentos mais ouvidos. Nem todos são filhinhos de papai. E é esse desejo de aprimoramento que faz com que uma generosa parcela da população levante todos os dias bem cedo para trabalhar.

As pessoas têm as condições para conseguirem o que quiserem. Nossa constituição já elenca os valores do trabalho e da livre iniciativa como um de seus princípios. Cabe ao povo levantar a cabeça, focar em bons exemplos e deixar o vitimismo de lado. Usar um iphone de última geração para postar mensagens idolatrando o socialismo é mole. Difícil é sentir a dureza de uma vida miserável e não possuir perspectivas de melhora alguma. A população da Venezuela que o diga.