Recém-nascida sequestrada é localizada em Muriaé

Mãe estava em busca da criança, que teria sido levada de Uberlândia por outra mulher, que acabou presa

Por Tribuna de Minas

Uma recém-nascida sequestrada em Uberlândia foi localizada pela Polícia Militar (PM) em Muriaé, município distante cerca de 160 quilômetros de Juiz de Fora, na tarde desta terça-feira (3). Conforme o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) da PM, uma mulher de 47 anos teria raptado o bebê depois de a genitora ter cogitado dar a filha para a adoção. A mãe teria alegado não ter condições financeiras para criar a menina, mas acabou desistindo da ideia. O caso foi descoberto pelos militares após denúncia diante de comportamentos que levantaram suspeita sobre a suposta sequestradora.

A mãe da criança prestou queixa do desaparecimento da filha à Polícia. No relato, ela destacou que conheceu a suspeita através do Facebook, por meio de uma terceira pessoa, que teria feito a mediação. A menina seria entregue à mulher, mas o combinado mudou a partir do momento em que a genitora decidiu que criaria a filha.

Diante da negativa, a suspeita teria chegado a mencionar que se mudaria para Uberlândia, para auxiliar na criação da menina. No Reds, consta que a mulher chegou a pedir para ficar com a recém-nascida por um dia, contudo, logo em seguida desapareceu com a menina.

Desconfiança em Muriaé

Denúncias dirigidas aos militares deram conta de que a mulher, residente em Muriaé, teria aparecido na cidade com a criança dizendo ser sua filha, embora não tivesse aparentado gravidez nos últimos meses, o que levantou suspeitas por parte de populares quanto à origem da criança. Segundo o relato de uma funcionária do Conselho Tutelar, entidade que chegou a ser acionada, queixas já haviam sido feitas, mas naquela data a criança não foi localizada.

Ouvida, a suspeita relatou que o bebê possuía mais de três meses e que teria nascido em Belo Horizonte. Mediante avaliação médica, entretanto, foi constatado que a criança ainda estava com parte do cordão umbilical e, portanto, teria no máximo 15 dias de vida.

Com a localização e o resgate, a recém-nascida foi encaminhada para um hospital e, depois, para uma casa de acolhimento em Muriaé, por determinação judicial. A mulher suspeita do sequestro foi presa.