O lixo

Sempre fui leitor do O Globo e telespectador da TV de mesmo nome até que notei que o negócio dos Marinho’s sempre foi meramente mercantilista.

Berço de grandes cronistas e articulistas, essa mídia já abrigou figuras como Nelson Rodrigues, que escrevia coisas como o Sobrenatural de Almeida (tricolor apaixonado) a Toda Nudez Será Castigada. Nessa época, Pedro Almodóvar, cineasta espanhol espetacular (transforma pequenas e ingênuas situações em fantásticos filmes com desfechos surpreendentes), era garoto e no Brasil tínhamos o inesquecível e grande (mais de 1,90m de altura), ARNALDO JABOR!

Esse caboclo, que tive a felicidade de encontrar rapidamente no metrô do Rio, na estação Jardim Oceânico (Barra da Tijuca), e trocar algumas palavras, transportou para o cinema, de forma magistral, vários contos e resenhas do Nelson Rodrigues.

Foi nesse filme que conheci a música de Astor Piazzolla, Adiós Nonino. Logo depois catapultou a carreira da talentosa Fernanda Torres, apresentando-a em Cannes…

Daí em diante, Arnaldo além de outros filmes, passou a ser escritor de crônicas, articulista e comentarista de telejornais. Show de bola… Suas aparições, com aquele olhar hipnotizante, sempre foram certeiras. O nível do linguajar empregado por ele, onde a língua portuguesa era formulada de forma brilhante e contundente, me deixava estupefato.

Que facilidade, que cultura e sensatez!

Porém seu posicionamento político não agradava a mídia, o consórcio e logo o puseram em stand by

Só que ele sempre foi independente, sempre teve opinião própria, assim como o Augusto Nunes (Jovem Pan) e o Guzzo (ex-Veja) e continuou até o fim.

A esquerda sentiu-se aliviada com o seu falecimento, pois não sabia como retrucar uma mente tão lúcida e transparente que execrava a Venezuela, Cuba, Nicarágua e outros excrementos governados por ditadores ricos, escrotos e sanguinolentos.

Pois bem, hoje segundos após a pandemia (que parece estar com dias contados já que estão voltando a falar do Aedes), essa emissora, que perdeu muita audiência, que deve ao fisco e que gera fake news em escala cavalar, está sem assunto. A CPI da covid foi engolida pela falta de credibilidade de seus criadores fajutos (Renan, Azzis, Randolfe e outros dejetos), tentaram com artistas (dependentes da Rouanet), depoimentos forjados de militantes e ativistas do malfadado e carta marcada do STF, denegrir a imagem do Presidente Jair Messias Bolsonaro, só porque o Capitão é a favor de coisas boas para o Brasil, coisas boas pro povo trabalhador, melhorias várias dos entraves e custo Brasil e principalmente a estanqueidade da roubalheira e corrupção implantados pela facção criminosa, que vem detonando e sangrando o tesouro nacional.

Esqueçam tudo. Agora vamos falar da guerra da Ucrânia, vamos falar da alta dos preços por causa da guerra, vamos falar mal do agronegócio (nossa maior riqueza), vamos mostrar as pesquisas mais que duvidosas da corrida presidencial.

Misture bem, coloque uns militantes articulados pra elucubrar conspirações internacionais, torne sensacional a falta do potássio Russo e bote a culpa no Mito…

Enquanto isso, o Molusco (analfabeto funcional) vai conseguindo na justiça o perdão jurídico dos crimes cometidos e comprovados de apropriação indébita de valores incalculáveis, surrupiados da nação.

Haja garis pra tanto lixo!