Fotógrafa registra nascimento raro de bebê empelicado em Muriaé

Experiente em fotografar partos, Ludmila Gusman capturou o pequeno Nicolas ainda na bolsa amniótica da mãe durante parto no segundo dia de 2023; foto repercute na internet, e retratista aposta em concursos

Por Gabriel Bhering, estagiário sob supervisão da editora Rafaela Carvalho
03/01/2023 às 17h07

A fotógrafa Ludmila Gusman, jornalista formada pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) registrou, no segundo dia de 2023, o nascimento de um bebê empelicado. Este tipo de nascimento, que é raro, aconteceu na cidade de Muriaé, localizada a cerca de 160 quilômetros de Juiz de Fora. O recém-nascido, cujas primeiras fotos vêm chamando a atenção na internet, chama-se Nicolas, que veio ao mundo a partir de uma cesárea, com 3.380 kg e 51cm, nesta segunda-feira (2).

Há quase nove anos exercendo a profissão, a fotógrafa já havia feito 186 cliques de recém-nascidos, mas nunca de um bebê ainda na bolsa amniótica. Ela conta que sempre teve o desejo de registrar o nascimento de um bebê empelicado, fenômeno que acontece em um a cada 80 mil partos, caracterizado pelo não compimento da bolsa.

Assim como ocorreu outras centenas de vezes, a fotógrafa pensou que faria mais um registro comum de parto nesta segunda, mas foi surpreendida por Nicolas, que foi retirado totalmente dentro da bolsa amniótica. Ela conta que ficou arrepiada quando viu, diante dos seus olhos, a imagem do bebê ainda na bolsa, e, apesar de ter experiência em fotografar nascimentos, ficou nervosa por ter, pela primeira vez, a oportunidade de fazer uma foto dessas.

“Mas, graças a Deus, deu certo. Consegui me posicionar e pegar o rostinho do neném ainda dentro da bolsa. Sem dúvida, uma verdadeira realização profissional, pois eu pude ser a ponte entre os pais e o bebê nessa estreia, que é o nascimento”, disse, à Tribuna.

Após o tão sonhado clique, a fotógrafa continuou o trabalho, registrando todos os momentos da chegada de Nicolas. Assim que editou a foto, enviou aos pais da criança os registros do momento em que o bebê nasceu ainda na bolsa da mãe. Os pais da criança disseram à fotógrafa que ficaram muito emocionados, pois o momento foi tão rápido que nenhum dos dois conseguiu ver Nicolas ainda empelicado ao vivo, já que a bolsa estourou assim que a criança foi retirada da barriga da mãe por completo.

“Dizem que o bebê que nasce empelicado tem muita sorte. Eu complemento dizendo que é sorte para ele e para mim também, que já comecei o ano com imagens tão especiais, foi um momento único e de muita emoção”, contou Ludmila.

Com a autorização dos pais do bebê, a jornalista e fotógrafa pretende levar o registro, que já faz sucesso nas redes sociais, para concursos de fotografia.

Fonte: Tribuna de Minas