Ferreira da Fonseca/Felisberto Ferreira da Fonseca

Já disseram que trabalho de genealógia é um nunca findar. É um caminhar para infinito, onde há sempre um pouco mais de infinito a pesquisar. E uma caminhada de resultado enfadonho pelo repetido do texto, um eterno mesmismo de nomes… nasceu em… casou com… pai (mãe) de….filho (a) de…. faleceu em…

Mas com a promessa de tentar minorar o sofrimento do eventual leitor com textos menos áridos, a partir deste inicia-se aqui no O Município uma série de artigos que pretendem contar um pouco sobre os “Ferreira da Fonseca” originários da Fazenda da Serra, em Maripá de Minas. Lembrando que o sobrenome, por motivação legal ou, natural, mas certamente para orgulho dos portadores, pode estar encoberto por outros nomes de família, o que não faz qualquer diferença.

Fora de dúvida, no entanto, é a sua presença em grande número, mesmo que de forma oculta, na relação de assinantes e dentre as pessoas ligadas a este informativo e às populações das cidades da região, razão pela qual o assunto é trazido para o Jornal.

Assim, tendo como uma das fontes o Projeto Compartilhar coordenado por Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira, com a colaboração de Décio Medeiros e Sílvia Buttros, disponível em “www.projetocompartilhar.org/Antonio Coelho Valadão”, cujo último acesso ocorreu em 21.05.16, começa hoje uma série de artigos que vão contar uma história cujo início remonta ao açoriano Antonio C. Valadão, batizado em 25 de abril de 1680 na Igreja de Nossa Senhora da Pena, Fontinhas, Concelho de Praia da Vitória, Ilha Terceira, nos Açores, filho de Manoel Coelho e Helena da Cruz e vai chegar em Felisberto Ferreira da Fonseca, que dá título ao texto.

Este Antonio casou-se em primeiras núpcias com Margarida de São João e, em segundas, com Luzia Xavier de Santa Rosa, ambas açorianas.

Do seu primeiro casamento é a filha Maria da Conceição, nascida na Ilha Terceira, batizada em 11.08.1715 e que se casou em primeiras núpcias com JOÃO FERREIRA DA FONSECA, nome ao qual se acresce o numeral romano “I” para distingui-lo do filho.

É bom lembrar que este João Ferreira da Fonseca-I era filho de João Ferreira Bellerique e Catarina Dias da Fonseca.

Embora não se tenha, ainda, a data exata de quando Maria da Conceição passou ao Brasil, é sabido que seu segundo esposo, José Pereira Cardoso, faleceu em Barbacena no dia 29 de janeiro de 1763, o que leva a supor que já estivesse no país no final da primeira metade dos anos de 1700.

João Ferreira da Fonseca-I e Maria da Conceição são os pais de outro do mesmo nome, JOÃO FERREIRA DA FONSECA-II, natural de Itaverava (MG), que se casou, em 01.10.1759 na capela do Brumado com ANA JACINTA DA CONCEIÇÃO. Ela, batizada em Congonhas do Campo (MG) no dia 12.12.1746, filha de Luiza Ignacia, segunda esposa do seu pai, Francisco Borges do Rego.

João-II e Ana Jacinta tiveram os filhos: 1) Felisberto Ferreira da Fonseca, nascido em Prados (MG) por volta de 1775, casado com Joanna Maria da Conceição-II, nascida por volta de 1783; 2) João Ferreira da Fonseca-III, natural de Prados (MG), que se casou em Barbacena com Josefa Maria da Assunção, irmã de Joana Maria da Conceição; 3) Francisco Ferreira da Fonseca que se casou duas vezes. A primeira, com Ana Bernardes e a segunda, com Maria Alves Rabello; 4) Eduardo Ferreira da Fonseca, que se casou com Antonia Rita de Jesus Xavier; 5) Bernardina da qual não se tem registro de casamento; e, 6) Gonçalo Ferreira da Fonseca, Padre, batizado em Prados (MG) em 09.05.1782, também sem outros informes.

Vale esclarecer que o ano provável do nascimento de Felisberto Ferreira da Fonseca  (1775) foi estabelecido por cálculo a partir da relação dos habitantes do distrito de Nossa Senhora do Rosário do Curral Novo, em 1831, fogo 1, conforme o Projeto Compartilhar no processo de Ana Maria de Jesus – Paiva Coimbra e Pereira da Cunha.

Finalizando a pauta deste primeiro artigo da série, resta lembrar que outras informações sobre esta família podem ser encontradas no portal “www.familiaferreirafonseca.com.br” gerenciado por Walter Ferreira da Cunha e Stéfano Barino Cunha e dizer que na próxima quinzena este espaço do Jornal será ocupado pela história de Joanna Maria da Conceição-II.

Até lá.