Ferreira da Fonseca – Maria Maximiana de Jesus – II

Seguindo o que ficou dito na vez anterior o artigo de hoje complementa a história que se conhece de Maria Maximiana de Jesus, carinhosamente tratada por Mariazinha, filha de Theophilo Gonçalves Lara e Francisca Cândida Lara.

Mas antes de falar de sua descendência é bom lembrar que Mariazinha, ao se casar com Elysio Ferreira da Fonseca, trouxe o sangue do sobrenome LARA para o núcleo dos Ferreira da Fonseca de Maripá de Minas.

Um sobrenome que, segundo consta, é de origem espanhola e em etrusco “Lara” significa “lar” ou “casa”. Embopra seja tido, também, como de cristão novo, pela existência de processo inquisitorial dos judeus Nuno Álvares de Lara e seus irmãos por volta de 1700.

Para Sebastião Laércio de Azevedo, no Dicionário de Nomes de Pessoas, para os russos “Lara” é a abreveatura de Laura e no latim refere-se à mãe dos lares.

Parece não haver dúvida de que é um sobrenome locativo pois os primeiros usuários tomaram o nome da vila de Lara, situada nas proximidades de Burgos, onde foi encontrado o principal e mais antigo solar da família Lara.

Vale lembrar que esta vila veio a ser destruída pelos mouros e reedificada pelo rei D. Afonso, “o Católico” e teria sido o conde D. Pedro de Lara o primeiro a utilizar este sobrenome na Espanha.

No Brasil Lara tem sido adotado também como nome próprio e na descendência de Maria Maximiana existem pelo menos duas parentas com este nome.

Quanto à descendência do casal é sabido que Elysio Ferreira da Fonseca e Marria Maximiana de Jesus tiveram os filhos: Olavo Clemente da Fonseca (23.11.1904-26.11.1983) c.c. Ivonilde Silva da Fonseca (28.06.1910-06.10.1986), casal que se radicou em Bicas onde ainda hoje vivem alguns de seus descendentes; Olavina Maria de Souza (30.10.1906-11.07.2000) c.c. José Ferreira de Souza, (27.02.1885-19.09.1948), que foi fazendeiro em Maripá de Minas e tem, hoje, boa parte de sua descdência em Juiz de Fora e Belo Horizonte; José Elisio Ferreira (03.11.1908-23.01.1988) c.c. Amélia Roque Ferreira (14.04.1916-18.05.1992), que foi famacêutico em Maripá e postrriormente se transferiu para o Rio de Janeiro onde continuou na mesma profissão; Sebastião Elysio Ferreira (16.09.1910-27.09.1966) c.c. Alice Ferreira da Fonseca (16.06.1912-04.11.1964), casal que durante toda a vida se dedicou ao sítio da Pedra Branca da Serra, em Maripá; Pedro (1912-1912) faleceu recém nascido; Zilda Ferreira Machado (05.03.1913-30.07.1986) c.c. Avelino José Machado (11.08.1908-16.08.1979), eram fazendeiros e se radicaram em Guarará; Maria, (1916-1916) faleceu recém nascida; Sinval Ferreira da Fonseca (27.06.1917-12.03.2010), que se casou por três vezes. A primeira com Judith de Souza Fonseca, (10.02.1920-12.06.1980), com quem teve filhos. Depois com Diva Valadão, falecida em 15.05.2003 e, em terceiras núpcias, com Zelia de Oliveira Santos; Geralda Ferreira da Cunha (27.02.1920-16.10.2008) c.c. Antonio Pedro da Cunha Filho (03.06.1915-28.05.1983), casal que se radicou em Bicas; Elízio Ferreira Filho (1922 – 27.06.2017), carinhosamente conhecido como Bate Papo, c.c. Águida de Mattos Barral Ferreira (12.06.1930 – 28.03.2017, casal que viveu boa parte da vida em Juiz de Fora, onde ambos faleceram; Vicente Ferreira Fonseca (01.04.1925-19.08.1999) c.c. Maria do Carmo Ferreira – Lilia (10.07.1923-10.08.2002), moradores de Guarará; Célio Ferreira da Fonseca c.c. Cléa Maria Almeida Fonseca, residentes no Rio de Janeiro; Maria do Carmo Ferreira Cúgola, Mariinha, (06.07.1930-12.11.2001) c.c. Sebastião Cúgola (31.08.1925-27.11.2009), casal que viveu em Bicas; e a caçula, Therezinha de Jesus Oliveira (19.04.1933-15.07.2001) c.c. José de Oliveira, casal que sempre viveu em Juiz de Fora.

Encerra-se com a descendência de Mariazinha e Elysio esta série de história da família, embora continuem guardadas na lembrança as pessoas e as coisas do mundo desta gente. As boas lembranças e o simples que se preserva. O simples, como o gosto pela rapa de angu que o ex-menino da roça não dispensa. O simples, como o cheiro da rapadura e do açúcar batido que perfumava as manhãs frias de julho, que ele não esquece. O simples, como o emplastro caseiro feito com angu quente, usado para abrandar as dores eventuais. E, o simples como o cantar do poeta: Levanta menino / Segue o destino / Cubu e café no fogão / Polenta no caldeirão. Corre no valo / Prende o cavalo / Arruma a charrete / Antes da sete. Acorda, meu caro !… Este é um momento raro / Não perca a sua hora / Que é hoje e agora / Faça a sua parte./ Com gosto. Ainda que sem muita arte.