Eleições 2016 – Maripá de Minas

Em artigos anteriores, publicados pelo O Município ainda no tempo em que circulava em papel, o autor falou das eleições dos tempos do Maripá ainda distrito de Guarará. Histórias passadas, trazidas ao presente para que se possa deduzir delas o futuro que a todos espera.

Hoje, com o benefício da natural maturação do assunto pelo correr dos meses pós-resultado do pleito e posse dos eleitos e, com a isenção de observador que não se recorda de ter tido qualquer contato com os empossados, em trato das coisas da política, a conversa envereda pelos caminhos de uma proposta de reflexão sobre os resultados da última eleição.

Uma proposta para que o eventual leitor reflita, então, sobre a eleição realizada em 2016 na Maripá de Minas que o ex-prefeito Vagner Fonseca Costa definiu como…. ”a mais fiel representação de sua gente. Não um paraíso imaginário e inatingível, mas uma terra em constante evolução, construída por quem tem os pés no chão e sabe muito bem aonde quer chegar.”

E o motivo primeiro para a escolha do tema está no fato de o município de Maripá, a terra que evoluiu com povo e políticos com os pés no chão, conforme o dizer do ex-prefeito, ter se colocado, no universo das 853 cidades mineiras, no pequeno grupo das 16 delas listadas a seguir, que optaram por candidatura única para os cargos de prefeito e vice. Cidades pequenas como: Bom Jesus da Penha, Carmésia, Carrancas, Comendador Gomes, Divisa Nova, Doresópolis, Espírito Santo Dourado, Gameleiras, Guarda-Mor, Inimutaba, Jequitibá, Maxacalis, Ninheira, Porto Firme e Vargem Bonita, relacionadas em “www.em.com.br/app/…/cidades-mineiras-tem-apenas-um-candidato-a-prefeito”, que pensaram diferentes. Abdicaram da prática do divisionismo dos muitos candidatos e partidos, para marchar por caminho único em busca de dias melhores.

Alguns números para esta reflexão propostas estão aqui.

Segundo consta o município de Maripá de Minas possui 3.024 eleitores.

Somados os votos sufragados em todos os candidatos a vereador (eleitos ou não) chega-se ao total de 2.447 votantes. Adicionando-se a esse grupo os eleitores que teclaram “confirma” para 25 votos em branco e 83 nulos, tem-se o total de 2.555 maripaenses que se dispuseram a manusear as chamadas urnas eletrônicas.

Considerando, então, estes números e o fato de que a chapa eleita para o período 2017/2020, composta por Sebastião Machado Neto e seu vice, Lincoln Barros Martins Júnior, obteve 1.965 votos, pode-se concluir que os eleitos contaram com a aprovação de mais de 80% dos eleitores que escolheram vereadores (2.447 eleitores) e, mais de 76% do total (2.555) de votantes (incluídos votos brancos e nulos). Em outras palavras, que foram eleitos com percentuais que se aproximam da totalidade (100%) dos cidadãos maripaenses de ambos os grupos citados.

Certamente que estes números não bastam para a reflexão. Há que se considerar outros aspectos. Como, por exemplo, o fato inegável de que pelo menos em parte este resultado e até mesmo a opção por candidato único, pode ter tido a contribuição da crise financeira. Esta crise que corrói com voracidade semelhante tanto o bolso do patrão quanto o do empregado, reduzindo a fartura de recursos que irrigavam as campanhas eleitorais do passado. Aquele material fácil, não veio nem virá mais. Ficou mais difícil financiar uma campanha eleitoral.

Mas destes mesmos números e de tudo o que aconteceu na eleição em análise, se pode inferir um pouco mais.

Pode-se imaginar, por exemplo, que refletem bem mais do que as quantidades que graficamente representam. Que refletem, sem que se tire o mérito incontestável do trabalho da chapa eleita pelo resultado obtido, a união da família Maripá. Com tintas fortes, retrata o bom trabalho do ex-prefeito Wagner e de todos os seus colaboradores, inclusive o candidato vencedor. E aliado a tudo isto, a participação dessa gente que tem os pés no chão e uma firme vontade de buscar o ponto a que se pretende chegar. E pode-se imaginar, ainda, que o resultado desta eleição mostra a compreensão do eleitorado INTEIRO, de que PARTIDO (político) não pode ser entrave à consecução do objetivo maior da política, que é a busca do bem comum.

Sucesso, senhor Sebastião! Parabéns, Maripá de Minas!