Buchada com brioche

Fica realmente difícil iniciar uma narração quando o assunto é muito emaranhado, principalmente quando o problema real é a criatividade dos canalhas tupiniquins que, de tamanha, fica difícil não se tecer comentários de todos os matizes, inclusive o lúdico. Mas têm eles um ponto falho, pois nos tomam a todos como um bando de tapados e, não é bem isso, somos sim, portadores de uma leniente conveniência, somente comparável à ousadia dos políticos ao julgar a atividade mental para a percepção, dos seus demais conterrâneos, mas somos nós que lhes transmitimos essa impressão, pois a tudo assistimos perplexos e revoltados; porém, inertes e acomodados nas almofadas da pusilanimidade, e isto sim, é que precisa ser mudado. Portanto, terei que fragmentar e pontear os fatos, tal qual o fazem com a nossa paciência.

Circus et circenses

A grande tragédia no Brasil é realmente o risco da falta de pão e termos de nos contentar apenas com o circo, pois a versão – feijão com arroz – do “de Soleil”, que há anos está encravada na “Praça dos Três “Super-Phoderes”, não dá sinais de que tão cedo irá arriar a lona e sair de cartaz. Sinceramente, não gostaria de ver comentários alusivos a sermos nós os palhaços desse circo, pois não quero ver ninguém sendo elogiado aqui na minha coluna. Isso mesmo, “elogiado”!

Somos muito piores que palhaços – nobres artistas que ganham a vida com o deleite alheio – nós somos, sim, uma plateia de coniventes que, além de todo tipo de subserviência já patenteada, de dois em dois anos ainda acorremos às “Urnas da Bilheteria do Circo” e, aí sim,  conferimos  aos maiores malabaristas, trapezistas, contorcionistas e, principalmente,  domadores  &  ilusionistas,  o direito de mais uma temporada de peripécias e  trapalhadas no picadeiro,  deglutindo  e  saboreando placidamente a pipoca e o biju que eles nos roubam para nos vender em seguida.

A um preço altíssimo!

No Brasil, quadrilha rima com família

Assim como os Irmãos Bandidos das histórias em quadrinhos, os “Vieiras Limas”, Lúcio & Geddel, também não eram os donos do pedaço na “Organização”. No caso dos “Metralhas”,  e  na imaginação da equipe de criação dos studios de Walt Disney, ao retorno de suas peripécias  quando não iam para o xilindró, sempre os aguardava no esconderijo para repartir o bolo da festa, uma ávida e malvada Vovó Metralha, que enchia seus netos de pancada e sempre ficava com a maior parte das tenebrosas e espúrias arrecadações.  Pois é, altíssima quiromancia sem bola de cristal nem leitura das linhas das mãos, baseada meramente no fato de que o absurdo, só o é, até que ocorra uma primeira vez.  Aqui, a líder quadrilheira só não estava tão distante na árvore genealógica. Inseria-se um escalão abaixo, isso mesmo, “Mamãe Vieira Lima”,  codinome – Marluce Quadros -.

Segundo a “Literatura de Bordel”, foi ela quem determinou a seus filhos-capangas que arranjassem outro Bunker para guardar a dinheirama, incomodada que estava, por seu Closet estar se tornando sem espaço e desconfortável em função da bufunfaria lá estocada. Foi lá que funcionou a primeira agência informal do “Banco Geddel” ou, “Apartamento da Moeda”.

E, durma-se com um dinheiro desses!