Fim da Lei Seca em Minas Gerais nas Eleições Municipais de 2024

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Minas Gerais comemora a decisão do Governo do Estado de Minas Gerais, que acatou o pedido feito pela entidade e optou por não restringir a venda e o consumo de bebidas alcoólicas durante as eleições municipais de 2024, tanto no primeiro quanto em eventual segundo turno. O comunicado foi feito pelo secretário-geral de Minas Gerais, Marcel Dornas Beghini, através de um ofício encaminhado em resposta ao documento encaminhado pela presidente da Abrasel Minas, Karla Rocha.

A presidente da Abrasel Zona da Mata, Francele Galil, destaca que nas eleições de 2022 não houve a proibição de venda de bebidas alcoólicas e não foram registrados incidentes que comprometessem a ordem pública. “Por isso agradecemos ao Governo de Minas por manter a decisão em 2024, o que vem ao encontro das necessidades do nosso setor pois há estabelecimentos em que o movimento do fim de semana representa 50% do faturamento da semana”. De acordo com a entidade os domingos são dias de grande movimentação nos estabelecimentos comerciais, sobretudo porque as famílias tradicionalmente buscam a alimentação fora do lar.

Além disso, roteiros turísticos de várias regiões de Minas Gerais têm como temática a gastronomia, a cachaça e as cervejas artesanais, atrativos de grande importância para o Estado. “O período das eleições coincide, por exemplo, com a realização do festival gastronômico “JF Sabor o Mundo em Minas “, onde a cachaça figura como um dos ingredientes dos pratos e há uma promoção da cerveja oficial do evento. Se houvesse a proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas os deslocamentos turísticos de cidades da região para Juiz de Fora seriam praticamente anulados”, argumenta Francele Galil.

A Abrasel destaca que a suspensão da chamada “Lei Seca” beneficia todos o setor de alimentação fora do lar quee gera mais de 630.000 empregos diretos e uma movimentação financeira da ordem de R$ 22 bilhões a cada ano. “Celebramos o fato de o governo ter entendido que a restrição à venda de bebidas alcoólicas durante as eleições não contribui para a ordem pública ou para o processo democrático”, afirma Karla Rocha.