Mestre Athayde – Breve Histórico do Grande Artista, Biquense de Coração – 2ª Parte

II Festival de Arte

O II Festival de Artes de Bicas teve seu encerramento marcado por um grande baile no Clube Biquense, na noite de 30 de agosto.

Contando com o apoio da Prefeitura Municipal, sob administração de Homero José de Mattos, aconteceu de 17 a 25 de julho de 1971 o II FESTIVAL DE ARTE, com as seguintes modalidades artísticas: pintura e desenho, poesia, declamação e redação, além de cantores amadores.

As inscrições para o festival aconteciam no Núcleo Biquense de Arte.

O II Festival de Arte foi marcado pela brilhante presença do compositor Gutemberg Guarabira como convidado de honra.

Neste período o Núcleo ainda era presidido por Athayde R. Dutra de Morais, cujo vice-presidente era Walter José da Silva.

O Município, de agosto de 1971

O Município, em agosto de 1971

Sua vida

Mestre Athayde passou a realizar exposições de suas obras, sendo premiadas várias vezes em Juiz de Fora, Viçosa e outras cidades da região. Com sua verve, escreveu peças teatrais e enveredou também pelo expressionismo, dadaísmo e cubismo.

Por ser autor de obras excêntricas e contemporâneas, era chamado pelos amigos da “parte alta” da cidade como “Pequeno Burguês”.

Em Bicas Athayde conheceu Teresinha, com quem teve um filho, Athaydinho, morando hoje na Itália.

Athayde também tentou se enveredar pelo campo político sem sucesso, sendo candidato a Vereador nas eleições de 1976 pelo MDB, mas não foi eleito.

Faleceu em 1979 quase no anonimato na cidade de Juiz de Fora, onde foi enterrado. Talvez ele quisesse isso.

Um grande artista, um “biquense de coração” que merece ser ainda mais estudado e apreciado.

Na antiga Estação Ferroviária está uma de suas esculturas. Erigido em 01 de maio de 1969, inicialmente localizado no canteiro entre a Estação e o Supermercado Santo Antônio, o “Monumento ao Operário Biquense” é uma homenagem aos ferroviários de Bicas.

Monumento ao operário biquense