O Tiro de Guerra 505/Bicas foi fundado em 09 de agosto de 1925 e encerrado em 31 de dezembro de 1945. Forneceu mais de 1.000 reservistas de 2ª. Categoria ao Exército Nacional, inclusive alguns que participaram da Força Expedicionária Brasileira na 2ª. Guerra Mundial em território italiano.

Leia aqui a publicação em O Município de 06/09/1923

Em 15 de janeiro de 1933, O Município publicava a relação dos novos reservistas e a nova diretoria.

Leia aqui a publicação em O Município de 15/01/1933

 Em 13 de dezembro de 1942, O Município publicava a relação dos novos reservistas.

Leia aqui a publicação em O Município de 13/12/1942

 Em 08 de abril de 1944, O Município publicava a homenagem da Loja Maçônica Caridade e Luz IV aos jovens biquenses vão fazer parte do corpo expedicionário.

Leia aqui a publicação em O Município de 08/04/1944

Em 01 de julho de 1945, O Município noticiava a homenagem ao Sargento José Carlos da Silva e ao Tenente José Belfort Arantes Filho, em 28 de junho de 1945.

Leia aqui a publicação em O Município de 01/07/1945

Foto da Turma de 1941, na comemoração de 50 anos, em 1991 

Eleição, diplomação e posse

LEIA AQUI – ELEIÇÃO DO PREFEITO AMILCAR – O MUNICÍPIO DE 21/11/1976

LEIA AQUI – DIPLOMAÇÃO DO PREFEITO AMILCAR – O MUNICÍPIO DE 26/12/1976

LEIA AQUI – POSSE DO PREFEITO AMILCAR – O MUNICÍPIO DE 13/02/1977

Garrincha em Bicas pela primeira vez

Em Março de 1962, O MUNICÍPIO publicava:

Vida Esportiva: GARRINCHA, campeão do mundo, visitou nossa cidade.

“Na tarde de domingo, 18 de março, o SPORT CLÜB BIQÜENSE mais uma vez brindou o povo de nossa terra com uma sensacional partida de futebol, na qual seu quadro principal preliou com o esquadrão do ESSO-CAXIAS, da cidade de Caxias/RJ, reforçada pelo atacante GARRINCHA, campeão pelo BOTAFOGO do Rio de Janeiro no recente Torneio Rio-São Paulo e um dos mais destacados componentes da Seleção Brasileira de Futebol, campeã do mundo, em cujas fileiras continua com sua posição garantida, pois já se encontra na concentração para a Copa de 1962.

O quadro local, onde Nevito e o arqueiro Quinista foram apontados como os melhores, por vezes chegou a equilibrar a partida, mas não agüentou seu antagonista e foi derrotado por 5 X 2, tendo GARRINCHA consignado 3 tentos de belíssima feitura. O árbitro, com excelente atuação, foi José Vieira.

GARRINCHA teve uma ótima recepção dos nossos desportistas, confessando-se levar a melhor impressão da nossa gente e a simpatia e admiração por nossa terra.

Aos dirigentes do Biquense e ao responsável pela vinda de Garrincha, nosso conterrâneo ANTÔNIO CARLOS (LITA) BARRETO FILHO, residente em Caxias/RJ, nossos parabéns pelo magnífico embate-amistoso de domingo último. (ODACHAM)”

O FOTO ADELSON DOCUMENTOU:

OBS: Vale ressaltar que Garrincha veio para Bicas no sábado, dia 17 de março, logo após conquistar o título do Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, quando o Botafogo derrotou o Palmeiras por 3 tentos a 1.

O jogo em que atuou pelo time da ESSO contra o Sport Club Biquense foi sua última partida antes de se apresentar para a Seleção Brasileira, na qual foi decisivo na conquista do Bi- Campeonato Mundial de Futebol pelo Brasil, no Chile.

Garrincha em Bicas pela segunda vez

Vinte anos depois (1982), voltou à cidade para desfilar na Real Biquense (com a camisa campeã em 1962), onde recebeu uma de suas últimas homenagens em vida. José Cúgola, Filhinho Alhadas e Didito eram os presidentes da escola.

No Carnaval de 1982, Zé Arnaldo deu nota no jornal O Município:

“Dizem que, no Rio de Janeiro, Garrincha desfilou sentado e dopado. Aqui, ele desfilou em pé com toda a vivacidade e alegria”, disse o diretor da Real, Paulo Nunes.

A pedido da mulher do craque, difícil foi impedi-lo de beber, principalmente para a d. Neuza Arruda, que o hospedou. Enquanto estava sob os olhares dela, ele não bebeu, mas…

No final da reportagem, os diretores da Real Biquense José Cúgola, Paulo Nunes, Tião e Edemir
Cremonize cantaram um pedaço do samba da época que, por coincidência, é meu e do Salim.

Garrincha pra lá, Garrincha pra cá
Vai e vem Rei Pelé, dá olé, dá olá
A Copa do Mundo, contagiante sorriso do futebol
E a Real… E a Real…
A deliciosa do meu carnaval…

No mais, eu vi, em 82…

Quando o Mané pintou, parou no Bar do Edir e já foi logo destampando uma cerva… Almoçamos juntos na casa do botafoguense Pedro Machado, e lá, também, tomou… Quem foi ao Rio de Janeiro buscá-lo, em Bangu, foi o Anderson Sarto e o Robinho Amorim… Quem facilitou a vinda do craque foi o jornalista de O Globo, Antônio Roberto Arruda…”

Do nosso leitor João Francisco Marques Carvalho, residente em Florianópolis/SC,  recebemos a seguinte mensagem:

Prezado Dr. José Maria Veiga,

Seguem em anexo duas fotografias do meu pequeno acervo de família que  enriquecem a História de Bicas, cujo texto submeto à sua apreciação para inclusão no jornal O MUNICÍPIO.

Na primeira foto “FOTO JOÃO FRANCISCO 1” se vê na primeira fila à esquerda, meu tio Armando Rodrigues de Carvalho (português de Casal Sancho, distrito de Viseu, que chegou a Bicas por volta de 1905 junto com seu pai, meu avô, Francisco Rodrigues Carvalho, trazidos pelo Capitão Guimarães para trabalharem na Leopoldina Railway).  Meu tio retornou para Portugal em 1925 após a morte do meu avô em 1919 em Bicas.  Na mesma fila, à direita, se vê o Sr. Xisto Cortat.  Na fila do meio, à direita, se vê o Honestaldo, craque da época.  Na fila de trás à esquerda o Sr. Correa e o da direita era o Sr. Queiroz.  A foto é de 03/04/1921 quando o time deles, o Serrano Operário Football Club venceu um time de alfaiates por 3 x 1, numa “pugna” realizada.  Toda esta informação foi colhida junto à minha mãe, Luizinha, já falecida.

Na segunda foto “FOTO JOÃO FRANCISCO 2” se vê na segunda fila, da direita para a esquerda, meu tio Gumercindo Silva, marido da minha tia Marianna Marques Silva chefe da Agência Postal de Bicas por mais de 40 anos.  Ao seu lado, meu tio João Orlando, alfaiate, natural de Guarará, marido da minha tia Maria Marques Orlando.  Eram residentes em Juiz de Fora.  Ao seu lado, de novo, meu tio Armando Rodrigues Carvalho, português de Casal Sancho, distrito de Viseu.  A foto é de 10/10/1925.

Aceita-se sugestão para identificação dos demais “players” como se dizia na época!

Grande abraço a todos.

João Francisco Marques Carvalho

Florianópolis/SC

1958 – Campeonato infantil do Esporte Clube Biquense organizado pelo Sr. José Vieira

1962 – 2º time do Esporte Clube Biquense, campeão de aspirantes do torneio da Liga Amadorista Biquense (LAB)

1963 – Juvenil do Leopoldina

1964 – Juvenil do Esporte Clube Biquense

1967 – Juvenil do Leopoldina, campeão da Liga Amadorista Biquense

1968 – Time do Leopoldina que disputou o campeonato da Liga Amadorista Biquense

Em 16 de setembro de 1956, O MUNICÍPIO noticiava o início de um sonho, principalmente, para os mais jovens: a construção da primeira piscina em um clube em Bicas.

Primeira Diretoria do Bicas Tênis Clube

Conforme havíamos noticiado na edição passada, publicamos hoje a diretoria eleita para o biênio de 56/57 do Bicas Tênis Clube.

Diretoria: Presidente: Jorge Salomão; Vice-Presidente: Dr. Héilo Monteiro da Silva; 1º. Secretário: Norton Cid Marques de Pinho; 2º. Secretário: Jandir Galil; 1º. Tesoureiro: Karim Lamha; 2º. Tesoureiro: Franklin Alves; Diretor Social: Gilson Lamha; Diretor de Esportes: Cléo Vila Verde;

Conselho Deliberativo (Efetivos): Dr. José Maria de Oliveira Souza, Oswaldo Ferreirra de Mattos, prof. Nelson de Souza Ramos, Milton Savino Curzio, Aziz Gabriel, Antônio de Morais, José Maria Veiga, José Lopes Filho, José Henriques de Araújo, Dr. Francisco Gazineu Fiiho, Jorge Salomão, Waldemar Barreti, Cláudio Ribeiro Penchei, Antônio Borges da Costa, Lourival Juliano Torres, Manoel Lino Xavier, Cláudio Sena, Cléo Vila Verde, Nilson Batista Vieira e Wagner Barreto. (Suplentes): Manoel Martins Machado, Eurico Possas de Araujo, Ernesto Cúgola, Orlando de Freitas Teixeira, Alibert Felipe Jorge, Amilcar Verlangieri Rebouças, Edgar de Oliveira, Antônio Rossi, Hermes de Oliveira e Eawston Silva.

Comissão Fiscal: (Efetivos): Wilson Mendes Freitas, Sebastião de Souza Ribeiro e Sabá José Abrahão. (Suplentes): Wolney de Campos Bianco, Manoel Joaquim Araújo e Geraldo Reis Megda.

Na edição de 21 de julho de 1957 (ver edição completa nos 60 anos), O MUNICÍPIO, noticiava

Bicas Tenis Clube

Realizou-se domingo p. passado a solenidade da pedra fundamental da Praça de Esportes do Bicas Tênis Clube, tendo sido realizada, com a presença do rvmo. vigário da paróquia pe. Cataldo Angilelo a benção da pedra fundamental da futura piscina do Bicas Tenis Clube, nos terrenos do Bairro Sant`Ana, doados pelo exmo. Sr. Dr. José Maria de Oliveira Souza, digníssimo prefeito municipal.

O ato contou com a presença das exmas. autoridades e grande número de associados e pessoas gradas.

Após a bênção, que teve lugar às 9 horas, usou da palavra o sr. Gilson Lamha, orador oficial do Bicas Tenis Clube, que salientou os esforços do sr. Presidente Jorge Salomão e bem assim do exmo. sr. dr. Oliveira Souza que não só doou o terreno necessário como também vem emprestando o seu valioso prestígio em favor da construção da nossa piscina.

Seguiu com a palavra o dr. Oliveira Souza, que em nome do Poder Público, ali estava para prestigiar tão nobre iniciativa e bem assim hipotecar o seu apoio para que aquela obra fosse, em futuro bem próximo, uma realidade.

Abaixo, algumas fotos do período da construção até a inauguração das obras

Em 20 de outubro de 1968, O MUNICÍPIO publicava

Inauguração

O Bicas Tênis Clube inaugurou solenemente, no dia 28 de setembro, a sua quadra de futebol de salão devidamente cimentada e iluminada com modernos refletores. A comemoração foi regada de muito chope e muita gente elogiava, na ocasião, o trabalho do presidente Wander Sarto.

Em novembro de 1965, O MUNICÍPIO publicava

Bicas Tênis Clube

A Diretoria do Bicas Tênis Clube, animada pelo decidido apoio dos sócios proprietários e bem assim, da sociedade biquense, vem de empreender novas iniciativas com a compra de uma ótima estrutura metálica, para construção de seu Ginásio Esportivo, estando previsto a inauguração de suas instalações de Salão de Bailes, Quadra de Tênis, Vôlei, Basquete e Futebol de Salão, na próxima temporada carnavalesca, devendo ser taqueado o piso do novo Ginásio Esportivo. Parabéns aos diretores do BTC.

Fotos da construção

Em 28 de fevereiro de 1971, O MUNICÍPIO publicava

Carnaval Biquense

Registraram-se com animação em nossa cidade os festejos carnavalescos de 1971. O Carnaval de rua, como vem acontecendo nos anos anteriores, tem deixado muito a desejar. Somente deu o ar da graça a chegada de sua Majestade «Rei Momo”, que imperou nos três dias, visitando os clubes locais, tendo para isto havido a cooperação do Sr. Oswaldo Costa e outros companheiros e também do Poder Público. Os bailes internos transcorreram animadíssimos tendo o Clube Biquense, Sede Social do Esporte, Bicas Tênis Clube (que êste ano iniciou em sua sede os festejos internos) apresentado ao público amante do Carnaval boas noitadas de muita música e alegria. Também o «Barra Limpa», que sempre concorreu para o nosso Carnaval, organizou animadas noitadas dançantes. Grande foi o número de biquenses ausentes e turistas que prestigiaram o nosso Carnaval, participando dos baileis noturnos e das matinês infantis. Todos os conjuntos que abrilhantaram os bailes nos Clubes, muito se esforçaram para que as comemorações de Momo alcançassem o êxito merecido. Aos diretores dos Clubes, nossos parabéns por mais esta etapa vencida e pela ordem havida nos setores carnavalescos.

Muitas festas e solenidades

Na realidade, o ginásio do BTC passou a ser o salão de festas do clube. Ali aconteceram bailes de carnaval, bailes de debutantes, bailes de formatura, festival de chope (na festa do Biquense Ausente) e inúmeros outros eventos.

Francisco Peres versus SENAI

Fotos dos times do Ginásio Francisco Peres e do SENAI, que se enfrentavam, principalmente, nas tradicionais comemorações do dia 7 de setembro em Bicas.

1946 – Campo do Leopoldina – Time do Ginásio Francisco Peres

1951 – Campo do Leopoldina – Time do Ginásio Francisco Peres

Campo do Leopoldina – Torcida do Ginásio Francisco Peres

1959 – Campo do Leopoldina – Time do Ginásio Francisco Peres

1960 – Time do Ginásio Francisco Peres

Time do SENAI

Time do SENAI

Marco Antônio Gomes (Marquinho Gomes), 65 anos, casado com Rita Helena, três filhos (Douglas, Frederico e Ariane), quatro netos (Beatriz, Luísa, Liz e Guilherme),  representante comercial, residente em Juiz de Fora.

Onde iniciou sua carreira?
Esporte Clube Biquense.

Quem foi seu primeiro treinador?
Sr. José Vieira.

Colegas desta época.
Ferrari, Benigno, Cesar, Tressinha, Vaval, Jorginho Pulguinha, Marinho etc. Time infantil do Sport.

Quais os clubes em que jogou?
Esporte Clube Biquense e Flamenguinho, em Bicas; Tupynambás  e São Carlos, em Juiz de Fora; Juvenil do Cruzeiro, em Belo Horizonte.

Posição em que atuou.
Meia armador.

Partidas e gols inesquecíveis.
Biquense e Nacional de Muriaé pelo Campeonato Regional. Ganhamos de virada de 5×4 com dois gols meus. E a outra partida inesquecível foi em Além Paraíba contra o Independente. Ganhamos de 3×1, numa tarde super  inspirada do nosso time.

Títulos conquistados.
Campeão do Torneio Regional em 1972.

Teve chance de atuar profissionalmente?
Sim, joguei de 1969 a 1970 no juvenil do Cruzeiro, em BH. Só não cheguei no profissional porque o time do Cruzeiro da época teve os dos melhores elencos de toda a história, como Raul, Tostão, Dirceu Lopes, Piazza, Natal, Evaldo, Procópio, Zé Carlos etc.

Adversário mais difícil.
No juvenil do Cruzeiro, sem dúvida, o Atlético Mineiro e, no Biquense, o eterno e competente adversário, Leopoldina AC.

Escale a melhor equipe em que atuou.
Suca, Licinho, Sergio Brim, Waguinho (meu capitão) e Panô; Valdo, Nevito e Marquinho Gomes; Pedrinho , Lema e Jorginho Wanderléa.

Melhor jogador com quem atuou.
Vou citar dois, Nevito e Jorginho Wanderléa.

Melhor jogador de Bicas que enfrentou.
Sem dúvida, o Álvaro, quando jogava no Leopoldina. Na minha opinião, craque de bola

Melhor marcador que enfrentou.
Julinho, do Botafogo de São João Nepomuceno. Excelente marcador

Melhor treinador.
Ozorinho, do Esporte Clube Biquense.

Melhor árbitro.
José de Paula Júnior.

Escale uma seleção de Bicas com os melhores da sua época.
Além do time do Biquense, Campeão Regional de 1972, eu incluiria, Álvaro, Pio, Nélio Ferrari, Nem Abrantes e Carlinhos Gomes.

Ainda bate uma bolinha.
Infelizmente, não. Uma artrose nos joelhos não me permite mais ter este prazer

Confusão inesquecível em alguma partida em que atuou.
Vou citar duas:  a primeira, em Pará de Minas, no campeonato Mineiro Juvenil de 1969 e, a segunda, inesquecível na decisão do Torneio Regional de 1972, em Rio Novo, contra o Minas de Goianá, quando aconteceu uma briga generalizada das torcidas. Acabamos campeões neste dia.

Comentário final…
Agradeço ao meu amigo Veiguinha pela oportunidade desta entrevista. Sinto-me muito honrado em ser lembrado pelo nosso jornal O Município para responder sobre um dos melhores momentos vividos em nossa querida Bicas, no nosso sempre querido e inesquecível Esporte Clube Biquense.

Grupo Escolar Cel. Joaquim José de Souza
Formatura das turmas de 1963