Eleições – Opinião
Passaram as eleições. Os resultados das urnas são conhecidos. Classificá-los como bons ou, ruins, nenhuma diferença faz. Afirmar que se votou no menos pior, não leva a lugar algum. É com estes resultados e com estes eleitos, que os brasileiros conviverão até o próximo pleito, salvo algum acidente de percurso que se espera não ocorra.
Estar triste ou alegre agora se tornou detalhe. Reverter o lado em que se está, lamentavelmente só daqui a quatro anos. Alegre ou triste é apenas a consequência do percentual maior ou menor de simpatizantes que acionaram a tecla “confirma” na solidão da cabine.
Tudo correu conforme previsto. A lei continua sendo igual para todos os autorizados a participarem daquele instante mágico chamado voto, forma primeira do cidadão expressar a sua vontade de construir um futuro melhor para o país.
Um futuro feliz porque, no final das contas, é a felicidade que conta. É a felicidade a joia que se busca encontrar no palheiro de todos os dias, o dia todo. Seja ela a felicidade de viver em paz com a consciência, de ter comida no prato e segurança para caminhar pelos trilhos da viagem-vida ou, a de ter saúde e forças para lutar pelo crescimento e a realização pessoal.
Passaram as eleições.
A contagem dos votos virou passado e o passado não se altera.
Dele, apenas, se tira lições e ensinamentos que se bem utilizados, aliviam o peso dos ombros para a viagem de busca por um futuro melhor. É hora, então, de se olhar o futuro a partir das urnas e dos dias que as antecederam. Olhar para o que se fez e o que se deixou de fazer. Esquecer a briga inconsequente por “a” ou “b”. Fugir desse “alopramento” geral. Desse verdadeiro festival de besteiras, intrigas, mentiras, egoísmos e grosserias inimagináveis de pessoas ditas minimamente educadas. Fugir desse ambiente antiquado, desse pensar à moda do século passado, época em que os eleitores precisavam serem apartados, feito bois, em “currais eleitorais” para não brigarem por seus coronéis. As facadas distribuídas em Minas Gerais e na Bahia não fazem qualquer sentido na sociedade do século que se vive.
É hora de lembrar que o povo é um só, seja ele de um estado ou, do Brasil. Que vencidos e vencedores são irmãos e almejam um estado e um país melhor para todos. É hora de lembrar que faz parte da democracia desejada por todos, a liberdade do pensar, o direito de se expressar e de defender as suas ideias.
E que é parte desta mesma democracia, a existência dos partidos políticos. Partes e partidos, palavras de mesma origem. E partidos, eticamente organizado, podem defender pontos de vista e princípios norteadores distintos. E é bom que seja assim, para que todos se sintam representados. Mas nada impede que eventualmente, em razão de um interesse maior da nação, partidos se unam ou se agrupem em blocos para a defesa de pontos específicos. Maluf, o político, que deixou a desejar em alguns quesitos da sua vida pública, pregava que em política não há espaço para inimigos. Há sim, espaço para adversários numa eleição, que podem se tornar bons correligionários no pleito seguinte.
Pensem nisto. Os resultados estão aí e representam a vontade da maioria. Aceitá-los é obrigação de todos.
Que a partir de janeiro de 2019 o Brasil seja ainda melhor, porque o seu povo merece.