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Cerveja estupidamente
Era semana de Carnaval. Meu pai me pediu para ir lá no bar e chamar o Sebastião Miúdo, pois estava na hora dele se barbear. O tal bar ficava pertinho da barbearia, na esquina onde, mais tarde, funcionou o Espigão. O bar era nada menos que o Bar do Zé de Brito. Além de servir tremoços, quibe cru e outros tira-gostos, a coqueluche da casa era sem dúvida a cerveja, estupidamente gelada.
O Bar do Zé de Brito era o favorito dos ferroviários. Vivia lotado… mesas na calçada e um burburinho danado. O diferencial era uma geladeira enorme com portas de madeira que gelava quase um caminhão de cervejas (Portuguesa ou Brahma) casco escuro ou claro. As favoritas da clientela.
Chamei o Miúdo que estava saindo, quando Tachão gritou: “Deixa sua parte paga… esse truque seu de sair à francesa não cola mais”. Abelardo, com seu bigodão, olhou para o Ciro Malaquias e carimbou: “Da outra vez quem deu o golpe foi o Garrafinha”. Dequinha, que era outro cascateiro se fingiu de morto… Tudo resolvido, eu e o Miúdo já estávamos saindo, quando a freguesia começou a cantar o refrão de sempre: “Essa Brahma tem mosquito, não bebo aqui vou beber no Zé de Brito”.
Bicas esquentando os tamborins.