Um causo à parte / Memórias / Amistosa pelada
O MUNICÍPIO está recordando os pitorescos contos do livro “Bicas, um causo à parte”, do saudoso Vasco Teixeira, prestigiado ex-colunista do jornal. Um biquense que também fez história nas cidades de São José dos Campos (SP) e Paraisópolis (MG), onde estava radicado. O Tiãozinho da Rua do Brejo era multifacetado: metalúrgico, político, cronista, escritor, artista plástico e mais.
Amistosa pelada
O escrete brejense foi solicitado para um jogo amistoso, lá na Forquilha. Estávamos jogando um bolão e na zona urbana, nossa invencibilidade já chegava à casa das trinta partidas…
Para o deslocamento dos atletas, foi contratado o caminhão do Sr. Eurico. Ramiro, ao volante, e Duca, na manivela, fizeram aquele Ford verde e preto funcionar. Os craques foram subindo: Miro, Lengo, Orney e todos os outros grandes nomes…
A viagem foi longa e com muitas paradas para o desaquecimento do motor. Enfim chegamos… Gá passou mal e foi tomar um chá de losna para desembrulhar o estômago. Eu
fiquei meio verde, mas aguentei firme…
Num jogo duríssimo, Fumachu deu uma bicuda que quebrou o travessão de bambu. A peleja foi interrompida, mas logo a bola voltou a rolar. Ganhamos de 7×5. Na volta, vínhamos cantando: “É canja, é canja, é canja de galinha, arranje outro time pra jogar com a nossa linha”.
O pneu do caminhão furou e alguém teve a ideia de enchê-lo de capim, pois não tinha estepe e a câmera de ar rasgou toda. Gá passou mal de novo, jogou os bofes pra fora, acertando o
cangote do Panelão. Terminamos a viagem no solavanco…
Bicas e seus pupilos!