Um causo à parte / Memórias

Lá vem a Sapolândia

Irineu Garibaldi, Antônio Lamha, Sheila Salomão e Jorge Mossoró

Domingo de Carnaval, à tarde, em frente o Barra Limpa, estava aquela coisa… Um bloco? Uma banda? Não sabia direito, mas com certeza, uma turma muito animada…

A Sapolândia, certamente, era uma anarquia, que nos fazia dar boas risadas. Mossoró com seu fraque e cuecas de bolinhas, era o maestro com toda a pompa regendo uma orquestra de malucos por diversão…

Os instrumentos eram improvisados (latas, tubos de borrachas com penicos na ponta, violão sem cordas e mais outros objetos indecifráveis).

As calçadas cheias de gente já rindo dos personagens antes do desfile começar. Patesco, com sua minissaia curtíssima, rebolava na boquinha da garrafa e quando achava um descuidado gritava no seu ouvido: “Oh Munha!!!”. Sá Onça encarnava o retratista “Medo Onça” e com seu tripé tirava fotos, que na verdade eram uma explosão que enfumaçava tudo.

Tinha também o impagável repórter da rádio PR KPETA, Mazzaropi, que fingindo entrevistar, dava o microfone para alguns e quando a pessoa ia falar, levava um choque elétrico e soavam mais gargalhadas…

Passa a Sapolândia com aquele som estridente deixando risos e saudades no coração da gente…

Bicas sapeando!