Questionário do brotinho
Eu estava sentado ali na pracinha dos aposentados esperando o sino bater, anunciando o início das aulas no ginásio. Durante à noite, o grupo escolar era utilizado pelos ginasianos. Folheava os cadernos para ver se tinha algo para terminar. Duas gatinhas se aproximaram e me pediram para responder o questionário do caderninho de uma paquera.
Como havia muitas perguntas, quis saber se poderia levar para responder em casa. Uma delas disse que era para ser respondido naquela hora, pois tinha alguém esperando. Como o grau de dificuldades era enorme, me apressei. Entre as perguntas: qual sua cor preferida? Já beijou? Com quem você gostaria de ficar numa ilha deserta? Nesta última, coloquei as iniciais do brotinho que eu sabia que era a dona do caderninho.
Mais tarde, no intervalo das aulas, vi que minha estratégia funcionou, pois ganhei um bombom. Na prática, estava consumado o fim da paquera e a possibilidade de namoro. Um pouco antes do sino anunciar o final das aulas, sai em disparada, esperei o brotinho lá fora na calçada, pedi para acompanha-la e fui atendido…
Suas amigas se desgarraram e fomos só nós dois. Chegando ao portão de sua casa, perguntei se ela leu minhas respostas. Ela balançou a cabeça, confirmando. Então falei: “como nunca beijei, você não quer me ensinar? Ela olhou para os lados para certificar que estávamos sós e me tascou um beijo daqueles que quase morri sufocado. Cheguei em casa, olhei no espelho, e o beiço ainda estava roxo… Bicas adolescente.