Quem era o pedestre que morreu após marquise desabar no Centro de Juiz de Fora
Thiago Ramon de Freitas Ferreira, de 38 anos, era professor do Conservatório Estadual De Música Haidée França Americano, localizado a cerca de 100 metros de onde aconteceu o acidente.
Por Luiza Sudré, g1 Zona da Mata — Juiz de Fora
Thiago Ramon de Freitas Ferreira, de 38 anos, morreu depois que uma marquise desabou sobre uma calçada na parte baixa da Rua Floriano Peixoto, no Centro de Juiz de Fora, próximo ao número 171, na tarde de quinta-feira (21). Ele passava pelo local quando foi atingido pela estrutura e morreu na hora.
Ferreira era professor de guitarra e prática de conjunto no Conservatório Estadual De Música Haidée França Americano, localizado na Rua Batista de Oliveira, a aproximadamente 100 metros de onde aconteceu o acidente. A instituição postou nota de pesar lamentando a morte do músico.
“A todos os familiares e amigos, os nossos mais sinceros sentimentos. Sabemos como Thiago Ramon era uma pessoa admirável e que com certeza deixará um grande vazio no coração de todos que tiveram a honra e o prazer de conhecê-lo”.
Thiago também era licenciado em música pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e produtor musical.
Segundo Patrícia Guimarães, vice-diretora do Conservatório Estadual, o colega era recém-casado e havia sido aprovado recentemente em um concurso.
O velório do professor acontece nesta sexta-feira (22), no Cemitério Parque da Saudade.
Imagens de câmera de segurança de um estabelecimento ao lado mostraram o momento do colapso. (Assista abaixo).
Veja o vídeo, clicando AQUI.
O acidente
A marquise caiu na tarde de quinta-feira, na parte baixa da Rua Marechal Floriano Peixoto, no Centro de Juiz de Fora.
Quatro funcionários de uma loja que funciona abaixo da estrutura que desabou ficaram presos, mas foram liberados, quando parte da marquise que ficou dependurada próximo à porta foi removida. Os trabalhos para retirada deles de dentro do estabelecimento demorou aproximadamente 2 horas.
O trânsito na Rua Floriano Peixoto precisou ser interditado, causando grande congestionamento na região Central.
Até a atualização mais recente desta reportagem, ainda não havia informações sobre o que teria provocado a queda da estrutura, mas, segundo vizinhos do estabelecimento, algumas pessoas teriam retirado água acumulada sobre a marquise após a chuva que atingiu a cidade na manhã de quinta-feira.
Defesa Civil interditou toda a estrutura
A Defesa Civil informou que, após o acidente, determinou a completa interdição de toda a estrutura no local, onde funciona um hotel e lojas de comércio. A pasta não informou de quem era a responsabilidade pela manutenção da marquise.
“A Lei nº 084/2007 define os proprietários de prédios como marquise como responsáveis por sua manutenção, devendo ainda apresentar laudo de estabilidade – o que nunca foi realizado pelo responsável pelo imóvel afetado”, disse em nota.
Ainda conforme a Defesa Civil, o laudo deve incluir uma prova de carga nos casos em que a estrutura apresente fissuras, deformações, infiltrações, sobrecarga ou qualquer outra anomalia.