Proeminência

Por conta da localização geográfica, Bicas herdou a ginga carioca e o tempero baiano. Assim, o jeito biquense de ser, sempre foi alegre e despojado. Um exemplo prático da descontração do nosso povo está na figura de Rubens Nazaré. Quem conviveu com ele lá nos idos dos anos sessenta, há de lembrar de sua irreverência e perspicácia que divertia os nossos corações.

Onde ele estava a alegria reinava… Contando piadas aqui, tirando sarro ali, Rubens era o protótipo da diversão. Tinha problemas como qualquer mortal, mas não deixava a peteca cair. Aparecia com uma língua de sogra e soprava no rosto de alguém, dava um cascudo em outro e se fingia de sério.

Na Sapolândia, durante o Carnaval, era o destaque natural. Todos os olhares eram primeiro para ele. Já naquela época, sua coreografia preferida era a dança da boquinha da garrafa. Coisa impensável e impagável para os normais.

 Conta a lenda que, quando Patesco chegou ao céu, São Pedro estava cochilando e ele deu um puxão na barba branca do guardião e gritou no seu ouvido: “Ô MUNHA!!!”… São Pedro deu um pulo da cadeira, acordando assustado e viu Patesco tomando a harpa de um anjo e pensou: “Acabou o sossego”… Patuscada biquense.