Prefeitura de Juiz de Fora recua e suspende adoção da onda vermelha

Cidade seguirá na onda amarela, mas com ajustes; consumo de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes está proibido

Juiz de Fora vai seguir na onda amarela do programa Minas Consciente. A decisão foi tomada na noite desta sexta-feira (4), após reunião extraordinária do Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19. A despeito do recuo, a Prefeitura deve determinar a adoção de novas medidas preventivas para o combate ao avanço da pandemia do coronavírus, que passam a valer a partir de segunda-feira. Entre elas, a vedação o consumo de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes e em todos os tipos de estabelecimentos comerciais.

Outra medida definida pelo comitê é que praças de alimentação em todos os empreendimentos comerciais poderão funcionar com, no máximo, 50% de sua capacidade. Já os templos religiosos poderão funcionar com, no máximo, 20% (vinte por cento) de sua capacidade e os cultos e missas poderão ter duração máxima de 45 (quarenta e cinco) minutos. Também ficam proibidas todas as atividades de ensino extracurricular. “As demais restrições e regramentos contidos no decreto municipal e nas últimas resoluções continuam valendo”, explica a Prefeitura.

Ainda de acordo com a Administração municipal, o recuo se dá diante “da declaração da Secretaria de Estado da Saúde da possibilidade de rever as ondas do programa Minas Consciente e criar uma onda intermediária entre as amarela e vermelha”. A Prefeitura também cita a incidência de novas reuniões “que vão ocorrer nos próximos dias para avaliar o aumento da capacidade assistencial da macrorregião Sudeste”.

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A Prefeitura reforça ainda compromisso assumido pelas entidades de classe, como Sindicato do Comércio de Juiz de Fora, Associação Comercial e Câmara de Dirigentes Lojistas, de adotarem, em conjunto com toda a iniciativa privada, “uma campanha educativa de massa a se estender até o dia 23 de dezembro”. As ações deverão contemplar a veiculação em diversos tipos de mídia, buscando a conscientização da população sobre a gravidade do cenário epidemiológico enfrentado pelo município, bem como das medidas preventivas necessárias a serem observadas por todos.

Recuo

A deliberação acontece um dia depois do próprio comitê ter apontado a necessidade da cidade regredir para a faixa mais restritiva dos protocolos de combate ao avanço da curva de contágio pela Covid-19. Em sua reunião ordinária realizada na última quinta, o colegiado havia apontado para a necessidade de uma reclassificação da cidade para a onda vermelha. A mudança de faixa se justificaria pelo crescimento dos indicadores que mensuram o avanço da pandemia na cidade.

A decisão, contudo, foi seguida de grande preocupação de entidades de comércio e serviços da cidade. Alguns protestos chegaram a acontecer já nesta sexta-feira. Órgão que representam o setor sinalizaram, inclusive, a intenção de recorrer à Justiça contra a decisão.