Polícia Civil investiga abordagem suspeita em colégio de JF

Por Sandra Zanella – Tribuna de Minas

A Polícia Civil investiga a abordagem suspeita direcionada a aluna do Colégio Santa Catarina, que reacendeu o alerta de responsáveis e de docentes na semana passada. Desta vez, uma mulher desconhecida teria tentado buscar uma estudante de 7 anos no horário de saída das atividades extracurriculares da escola, situada na Avenida dos Andradas, no Morro da Glória, região central de Juiz de Fora. O caso aconteceu pouco mais de um ano depois de uma menina ter sido abordada na porta da mesma instituição de ensino, quando já estava sob responsabilidade de um transporte escolar terceirizado contratado pela família. O homem teria dito à criança ser amigo da mãe dela e ter ido buscá-la, mas a estudante se negou a acompanhá-lo.

“Esclarecemos que, na última semana, ocorreu uma tentativa de abordagem suspeita de pessoa não autorizada, em frente ao portão, na área externa da escola. O colégio realizou os procedimentos necessários e entrou em contato com a família imediatamente. Entendemos que não há relação entre este fato e a abordagem ocorrida em 2022″, informou o Santa Catarina, por meio de sua assessoria.

De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado pela mãe da aluna alvo da mais recente ação suspeita, no dia 27 de setembro, após o término das aulas, a menina seguiu para uma atividade extracurricular no mesmo complexo. Pouco antes das 19h, uma mulher compareceu ao local e disse ao professor que teria ido buscar determinada criança, citando o nome da mesma e se identificando.

Estranhando a situação, porque a menina já teria ido embora com o pai, o docente ainda teria ligado para a mãe da estudante, a qual confirmou que ela já estava com o pai, acrescentando não conhecer a tal mulher e não ter pedido para qualquer pessoa diferente buscar sua filha.

Ainda conforme o registro policial, quando o professor deixou a instituição de ensino, avistou a mesma suspeita em uma pizzaria próxima e ainda teria questionado se a criança com aquele nome não seria de outra sala. No entanto, a mulher teria confirmado se tratar da mesma.

Colégio faz comunicado às famílias

Dois dias depois do episódio, a direção do Colégio Santa Catarina enviou uma circular às famílias alertando sobre o caso. “Em razão do compromisso com a segurança e o bem-estar de nossos estudantes e de toda a comunidade, esclarecemos informações relativas ao acontecido em nossas dependências.” Segundo o informe, uma pessoa não identificada abordou um dos professores com informações referentes a um estudante. “Prontamente, o educador se ateve às respostas pertinentes, acionou o restante da equipe e a família, e não liberou o aluno.” A escola reforçou que os responsáveis tomaram as providências cabíveis junto à PM e afirmou colaborar com todo o suporte necessário

“Salientamos que, além do circuito de câmeras e equipe de segurança, contamos com protocolos para a liberação de alunos do turno da tarde. Além dos profissionais conhecerem os responsáveis autorizados a retirarem os estudantes, a liberação ocorre somente para os cadastros preenchidos pela família (…). A Polícia Militar reforça a importância de não serem compartilhadas informações devidamente apuradas ou inverídicas (fake news), uma vez que a distorção dos fatos atrapalha o trabalho da PM, pode gerar pânico, insegurança e afetar, diretamente, os nossos estudantes”, finalizou o texto.

Segundo a assessoria da Polícia Civil, o caso foi encaminhado para a 7ª Delegacia, e o delegado responsável, Hamilton Junior, realizou diligências preliminares. Detalhes da investigação não foram divulgados.