Pet Mania

Uma das coisas que mais tem no Brasil, além de flamenguistas (sem títulos) é farmácia!

A Grande Bicas, que engloba Juiz de Fora e região, tem farmácia pra todo lado. Eu já havia falado sobre isso quando também contei o número de templos e igrejas de todas as religiões. Cheguei a ousadia de dizer que existiam mais igrejas do que botequins. Acredito até que esse equilíbrio entre a fé e a cajibrina é benéfica para a humanidade sem a necessidade de pedir a opinião dos nobres ministros do STF (Sentenças Trocadas e Frustrantes), mesmo por que quando é pra serem rápidos, eles são muito lentos, assumem a síndrome do Barrichello. Agora, quando não interessa aos 98% da população que recebe menos de 3 salários mínimos por mês, eles conseguem chegar próximos a velocidade da luz…

Pois bem, ultimamente a quantidade de farmácias recém-inauguradas e com um novo conceito do tipo: estacione, compre seus remedinhos e outras drogas placêbicas, aproveite leve algumas guloseimas mais cosméticos e outros produtos que antigamente só existiam nos supermercados, tem aos montes, em toda esquina.

Tem farmácia ou neo farmácia que você compra sem sair do carro tipo “drive-thru”, ou seja: você leva seu resfriado de carro, compra um combo de vitamina C, antitérmico, descongestionante nasal e vick vaporub, depois vai pra casa sem contaminar ninguém.

Além desse monte de farmácia, com vendedores que sabem mais que os médicos cubanos, na verdade o que mais tem é Pet Shop, ou melhor: loja voltada para seu animal de estimação. Pode ser qualquer animal. Pode ser cachorro, gato, passarinho, coelho, ganso, papagaio, etc… Tem gente que tem porco de estimação, pombo, iguana, tartaruga, peixe e até cobra…

De uns tempos pra cá, todo mundo passou a adotar um animal de estimação, primeiro por que a televisão mostra, segundo pela diversidade de raças e tipos de animais que são comercializados pra todo canto e terceiro porque é uma grande companhia pras pessoas.

O meu primeiro pet foi a Filó, uma cachorrinha malhada tipo jack russel terrier, pequena e invocada. Ótima pra ficar dentro de casa apesar de não suportar nenhuma presença desconhecida, antissocial.

Depois, disse pra mim mesmo que nunca mais queria saber de outro cachorro e acabei comprovando a teoria de que nunca devemos dizer nunca isso ou aquilo. Ganhei um filho de schnauzer, filho do Amaro da minha prima Delinha. Foi paixão a primeira hipnotizada. Essa raça hipnotiza qualquer um e o meu foi batizado de Freud. É alemão, barbudo e faz terapia na gente sem cobrar nada, quer dizer: só Freud explica!

Então ele começou a crescer e precisava de uma companhia. Compramos uma fêmea, a Lola, linda, rechonchudinha, parece um urso de pelúcia. Nisso o casal teve cinco filhotes e a matilha estava formada, a despesa também, além de mandarem e desmandarem na casa.

Resumindo, consegui vender e doar 3 filhotes, só que ainda fiquei com dois, um mais preto, o Tico e outra mais cinzenta, a Brigite ou Bibi para os íntimos.

Hoje sou refém desses bichinhos hipnotizantes e barulhentos… Passam horas comigo no escritório. A vantagem é que moro numa casa com quintal e o espaço é grande pra eles correrem.

Nessas alturas, passei a ser um grande consumidor de pet shop’s com as rações, biscoitos, bifinhos, palitos, patês, banho, tosa, veterinário, vacinas, coleiras, guias, etc, etc.

Do jeito que a coisa vai a pet mania é cada vez maior e o cão é o melhor amigo do homem.

Hoje em dia, todo mundo tem seu pet. Pode ser vira lata, pode ser adotado… Todos querem um bicho pra chamar de seu e nisso o comércio referente aos produtos consumidos por eles só tende a crescer.

Antigamente quem poderia imaginar que o mundo e as cidades estão sendo adaptados para que você possa levar seu pet pra todo lugar?

Alguns hotéis aceitam animais… Shoppings também e até em aviões é permitido levar.

Portanto se você ainda não tem o seu amigo de estimação, nunca diga nunca, sua hora vai chegar. Au, au, au!!!