O Rock – Parte 2

Quando a MPB foi covardemente invadida pela axé music, com a febre de Asas de Águia, É o Tchan, Chicletes com Banana e mais um monte de terroristas e assassinos da sonoridade, já vínhamos sofrendo com os bregas e as primeiras duplas sertanejas.

Nesse momento peço aos leitores que reflitam comigo: Como esse país recompensa de forma substancial as pessoas com baixa escolaridade e consequentemente os produtores de sub cultura… Como diria o Luiz Melodia: Somos sub anormais!!!

Foi quando eu achava que não tinha mais jeito de piorar, surgiu o funk dos morros do Rio de Janeiro, a música, quer dizer, o ruído produzido a partir da escória da população dominada pelo tráfico pesado de drogas e armas…

Nessa hora é que sinto o nosso querido país entregue as baratas tontas e manipuladas. Sinto que estamos ainda afundando cada vez mais ou invés de emergimos.

Pra galera da minha geração, quando a música brasileira foi de alta qualidade, quer dizer: João Bosco, Elis Regina, Alceu Valença, Milton Nascimento e outros por um lado, por outro: Hermeto Paschoal, Airto Moreira, Egberto Gismonti e outros, as coisas pareciam funcionar melhor. Hoje tanto a música quanto as coisas aparelhadas, simplesmente não funcionam.

Nesse ínterim, por mais incrível que pareça, as bandas de rock nacionais produziram muita coisa boa, muita sonoridade de bom nível como o Ira, o Barão Vermelho, a Blitz, o Kid Abelha, a Legião Urbana, o Lobão e principalmente Os Titãs, etc.

Então lá vem você, de novo, virando de frente pra mim, cheio de ginga e elementos musicais perguntando:

– Mas onde você quer chegar misturando todos estes estilos musicais, caro rapaz?

Então eu te respondo: – Tá na hora de todos nós votarmos em pessoas que escutam rock do bom! Quem escuta rock do bom não é capaz de fazer tanta lambança com a economia do país!

O caboclo criado no rock não sai distribuindo dinheiro pra vagabundo improdutivo e analfabeto.

O caboclo criado no rock quer ver todo mundo civilizado, que não joga lixo em qualquer lugar, que não pratica vandalismo e nem fanatismo.

O caboclo criado no rock não solta foguete a qualquer momento, assustando os mais velhos, os recém nascidos e os animais.

O caboclo criado no rock devolve o troco errado ou a carteira perdida com documentos e dinheiro.

O caboclo criado no rock tem condições de ser um político ético e não um etílico corrupto ou um populista bolivariano.

O caboclo criado no rock nunca vai aceitar um regime igual ao da Venezuada, digo, Venezuela, governada por um sujeito sem qualificação, um ditadorzinho do terceiro mundo e que nunca ouviu o Trilogy (ELP).

Muita gente tem preguiça de ouvir um bom rock porque o som produzido por essas bandas, faz o sujeito pensar e a maioria quer escutar coisas que adentram em sua caixola ôca, de forma deslizante, como se lambuzadas de KY (gel lubrificante íntimo) e no minuto seguinte o elemento já decorou a musiquinha…

Tem roqueiro antigo que não admite bandas do tipo Supertramp ou The Alan Parsons Project, porém aproveito a deixa pra dizer que: não dê ouvidos a esses radicais! Pode escutar essas bandas, que com propostas mais pop’s agradam de imediato e fazem músicas de excelente qualidade.

Dois discos fundamentais dessa turma e que vai te preparar pra perceber sons mais bem elaborados e consequentemente a boa música são: O Crime do Século (Crime Of The Century) do Supertramp (banda canadense) e Pirâmide (Pyramid) do The Alan Parsons Project (banda inglesa), que foi formada por um dos engenheiros de som do Pink Floyd no fenomenal “A face oculta da lua” (Dark Side Of The Moon).

No próximo capitulo vou te posicionar melhor, porém pare de escutar esse lixo que vem detonando sua saúde mental…!!!