O drama das correntes migratórias
Diz o ditado que “fecha-se uma porta, mas abrem-se duas”. Opiniões populares à parte, a verdade é que o mundo vive um momento muito delicado de sua história. O medo da guerra leva milhões de pessoas a buscarem abrigo em países vizinhos. Estes por sua vez, nem sempre se mostram abertos ao acolhimento, temendo estar colocando em seus limites territoriais verdadeiros “cavalos de troia” da era moderna.
A opressão vivida em países do oriente médio alcança níveis absurdos. Felicidade, paz; são palavras com significado desconhecido por muitas famílias. Ódio e destruição é o que mais se vê num território marcado pelo terror. E é justamente esse terror que assolou todo o mundo, que faz com que alguns países simplesmente “virem as costas” para seus vizinhos e irmãos.
Até onde a prudência pode ser considerada como tal, sem que ganhe um novo conceito: o egoísmo? O medo é plenamente justificável, mas até onde deve ir a frieza humana em negar ajuda a um semelhante sofredor? Devíamos aproveitar a dolorosa oportunidade para sermos mais irmãos e difundirmos o amor e a solidariedade, ao invés de olharmos insistentemente para nossos próprios umbigos e nos preocuparmos somente com o nosso sofrimento.
Nivelar todos pela mesma régua é não fazer distinção entre bons e maus. É ser enérgico em prezar pelo bem da coletividade de sua nação, sem notar que todos fazemos parte de uma nação ainda maior. Enquanto uns lutam por ajuda e outros para não ajudar, seguimos nessa “guerra fria” em que o lado humano é dia após dia derrotado pelo medo, e as fronteiras territoriais ganham uma nova barreira composta de tristeza, esperança e lágrimas.