O conjunto da obra
No nosso tempo, banda era aquela que tocava nos coretos ou procissão. Quem animava os bailes, tinha outro nome: conjunto. Nós, biquenses, tivemos o privilégio de, no começo dos anos 70, ter um conjunto que era a coqueluche do momento; sem dúvidas, era o que se tinha de melhor na região.
No começo, com seu nome original CBVJW5, a coisa andou perigando, porém, mais tarde, com a mesma formação e reduzindo o nome quilométrico e quase impronunciável para CBV, o sucesso foi imediato e a turma botou pra quebrar. Com isso, a nossa juventude dançou adoidado…
O CBV introduziu um repertório moderno e eclético. Carlos, Betinho, Vitinho, Lace, Chuveirinho e Willian nos proporcionaram bailes fantásticos. Quem não se lembra de alguma música que eles cantavam? Minha favorita era: “Wild Word”, do Cat Stevens…
Quando a luz negra acendia e começava a seleção de músicas lentas, era o ápice do baile. Para nós que íamos paquerar, havia aquela fase preparatória… O salão parecia o Big Brother: todos com olhares afiados.
Os brotinhos davam sinais… Os rapazes decifravam e armavam o bote. Rostinho colado, sussurros no ouvido… Ah, era bom demais… O CBV foi o responsável por alegrar nossas vidas, ajudando também a transformar namoros em casamentos, que começaram ali naqueles bailes espetaculares. Tivemos a sorte de participar de momentos felizes com a performance do nosso querido conjunto… Bicas bailando.