Mestre em letras, apaixonada por F1 e filha única: quem era a brasileira encontrada morta no Japão

Amanda Borges da Silva, de 30 anos, viajou ao país para assistir a um campeonato e desapareceu horas antes de embarcar de volta ao Brasil

Redação Terra 4 mai 2025 – 12h12
(atualizado às 12h13)

Amanda Borges da Silva foi encontrada morta em um apartamento no Japão – Foto: Reprodução/Instagram

A goiana Amanda Borges da Silva, de 30 anos, encontrada morta em um apartamento no Japão, na madrugada da última quinta-feira (1º), era mestre em Letras e Linguística e apaixonada por Fórmula 1. Ela viajou ao país para assistir de perto ao Grande Prêmio do Japão (GP), no icônico Circuito de Suzuka, e desapareceu horas antes de embarcar de volta ao Brasil. 

Amanda era licenciada em Letras pela UFG e conquistou o título de mestre pela mesma universidade em março de 2023, com a dissertação “Aspectos linguísticos, discursivos e cognitivos do português escrito em cartazes de rua”. A pesquisa teve grande destaque, chegando a ser divulgada pelo jornal da instituição.

A goiana não escondia sua paixão pelo automobilismo em suas redes sociais e gostava de acompanhar as corridas de perto. Além de ter marcado presença no GP, em 6 de abril, ela também assistiu ao último Grande Prêmio (GP) de Fórmula 1 de Interlagos, em São Paulo, que aconteceu em novembro de 2024.

Segundo um primo de Amanda, Thiago Borges, ao portal Mais Goiás, a mulher era natural de Caldazinha, no interior de Goiás, e morava em São Paulo com o namorado há, pelo menos, dois anos. Ela era filha única.

Ainda de acordo com Thiago, Amanda havia viajado primeiro para a Coreia do Sul, onde acompanhava um parente do namorado que havia passado por uma cirurgia. Depois disso, seguiu para o Japão.

Entenda o caso

Amanda foi encontrada morta na madrugada de quinta-feira, em um apartamento próximo ao aeroporto, onde deveria ter embarcado para o Brasil horas antes. A polícia do Japão prendeu no sábado, 3, um homem suspeito de ter relação com o caso.

Segundo a emissora estatal japonesa NHK, o homem, de 31 anos, se chama Abailiya Patavadighe Pathum Udayanga, é natural do Sri Lanka e está desempregado. Ele morava no apartamento onde o corpo de Amanda foi encontrado.

A relação entre Udayanga e o caso ainda não está clara e é investigada. De acordo com a polícia, ele percebeu que o interior do apartamento estava começando a pegar fogo e saiu do local sem tentar apagar as chamas, o que fez com que o fogo se alastrasse. Em depoimento, ele admitiu não ter apago o incêndio, afirmando que ficou em estado de choque.

Amanda pode ter morrido em decorrência do incêndio. O representante da polícia que acompanha o caso afirmou à família que a brasileira pode ter sido morta por asfixia devido à inalação da fumaça.

Fonte: Redação Terra