Juiz de Fora recebe mudas de plantas frutíferas e nativas do projeto Conexão Mata Atlântica
As primeiras 60 mil mudas já foram plantadas. A meta, agora, é chegar a 84 mil até março
Por Marcos Araújo
14/02/2021 às 06h58
O sítio da Lagoa JF, localizado no Bairro Barreira do Triunfo, na Zona Norte, já recebeu mudas de plantas, integrando o projeto Conexão Mata Atlântica. A iniciativa já tinha sido anunciada pela Tribuna em reportagem publicada no dia 31 de janeiro, e é um trabalho coordenado por servidores do Instituto Estadual de Florestas (IEF), que prestam acompanhamento técnico ao projeto.
O sítio da Lagoa JF, localizado no Bairro Barreira do Triunfo, na Zona Norte, já recebeu mudas de plantas, integrando o projeto Conexão Mata Atlântica. A iniciativa já tinha sido anunciada pela Tribuna em reportagem publicada no dia 31 de janeiro, e é um trabalho coordenado por servidores do Instituto Estadual de Florestas (IEF), que prestam acompanhamento técnico ao projeto.
Ao longo desta semana, na propriedade, localizada na Estrada Elias José Mockdeci, uma empresa contratada pelo Conexão Mata Atlântica por meio de licitação realizou o plantio de mudas de citros, como laranja e limão. O trabalho também se concentrou na feitura de covas para o plantio de mudas nativas. Serão mais de 2.700 mudas nativas no entorno de nascentes e da reserva legal da propriedade. Segundo o IEF, o sítio ainda irá receber mudas de mogno africano para plantio no pasto, permitindo o uso consorciado com a criação do gado. Todo o trabalho é realizado sob orientação de técnicos do IEF, que prestam consultoria aos produtores.
Reflorestar a Zona da Mata
Batizada como Conexão Mata Atlântica, a ação visa a reflorestar os municípios da Zona da Mata mineira. As primeiras 60 mil mudas já foram plantadas entre outubro de 2020 e janeiro deste ano em 18 propriedades rurais de cidades da região cadastradas no projeto. A meta, agora, é chegar a 84 mil mudas até o mês de março.
O plantio está ocorrendo em áreas de integração entre lavoura, pecuária e floresta; em áreas degradadas; de reserva legal ou de preservação permanente. A maior parte dos plantios promovidos pela iniciativa é feita por empresas contratadas via recursos do projeto.
Ainda segundo o IEF, na cidade de São João Nepomuceno, a cerca de 70 quilômetros de Juiz de Fora, já existe uma propriedade onde o plantio das nativas e exóticas teve início. O instituto também informou que tem uma propriedade “modelo” em São Francisco do Glória, que foi uma das primeiras a entrar no projeto e onde as etapas estão bem adiantadas.
Para fazer parte, as propriedades devem trabalhar com a integração lavoura/pecuária/floresta (ILPF), que é quando, de forma integrada, na mesma área e em épocas diferentes, essas atividades são realizadas usando de maneira mais eficaz os recursos naturais. Elas também podem trabalhar com agrofloresta e outros arranjos produtivos, desde que se encaixem nos objetivos do projeto.
Manejo florestal sustentável
Segundo o IEF, a meta é de que esses arranjos tenham uma abordagem de manejo florestal sustentável a fim de produzir múltiplos benefícios, especialmente de captura e manutenção de estoques de carbono, proteção e incremento da biodiversidade, além da capacitação de produtores e do uso sustentável da água e do solo.
175 propriedades rurais inscritas
O Conexão Mata Atlântica é uma iniciativa dos Governos federal e dos estados de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro, com apoio financeiro do Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environmental Facility – GEF). O projeto tem o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como agência implementadora e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) como executora financeira.
Em Minas, ele é executado pelas secretarias de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e de Desenvolvimento Econômico (Sede), além do IEF e da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). No estado, são 175 propriedades rurais da Zona da Mata inscritas na iniciativa, somando um total de 1.621,74 hectares atendidos com cercamentos, doação de mudas e plantio.
Fonte: Tribuna de Minas