Incongruências do planeta Terra
Vivemos, no mínimo, um momento inusitado na história do planeta. Se pararmos para refletir sobre tudo o que vem acontecendo, perceberemos que as coisas não andam muito ajustadas. Da América do Sul à Ásia o número de histórias um tanto quanto bizarras vem aumentando gradativamente.
Na Venezuela o presidente prá lá de Maduro – já quase podre -, foi eleito contra a vontade do povo. Tomou posse, porém, todos os países influentes do planeta não o reconhecem como efetivo ocupante do cargo, transferindo a representatividade do executivo venezuelano a Juan Guaidó, atual presidente da Assembleia Nacional do país. Enquanto isso, a população continua fugindo, passando fome e pagando altos preços para ter o mínimo necessário à subsistência, fruto de uma inflação para nenhum governo Collor botar defeito.
Os Estados Unidos também estão em crise. Não por falta de dinheiro, mas por ele não estar sendo destinado ao que realmente interessa. Afinal de contas, o que pode ser mais importante para um país do que construir um muro? Sabemos que este é o principal projeto de governo de qualquer país, e não poderia ser diferente logo na nação mais desenvolvida do planeta. Assim, enquanto o congresso não concordar em repassar a verba tão necessária para esta obra incrivelmente urgente, o país permanecerá reprimido em seu potencial produtivo e servidores acumulando salários atrasados e dívidas.
Atravessando o oceano, desembarcamos na Inglaterra, lugar onde nem mesmo a família real tem tido sossego ultimamente, ao estarem sofrendo diversos ataques direcionados à nova princesa plebeia. Levando a música “não sei se vou ou se fico, não sei se fico ou se vou” de Silvio Santos muito a sério, o país, juntamente com os demais membros do Reino Unido, finalmente optou por deixar a União Europeia após um longo período de impasses.
Os rumores de que a desnuclearização da Coreia do Norte tenha sido somente da boca para fora se intensificaram nos últimos dias. As suspeitas de que o governo de Kim Jong Un permaneceu beneficiando materiais para a confecção de bombas atômicas levantou questionamentos ao redor do mundo sobre a seriedade do acordo feito com Donald Trump.
Enquanto isso a China continua produzindo volumes cada vez maiores de produtos e lançando no ar uma quantidade sem precedentes de poluição; fazendo com que sua população se sinta 24 horas por dia num verdadeiro baile de máscaras, já que esta é a única forma de que dispõem para respirar um ar menos contaminado. Tanta fome de crescimento tem um custo, e os chineses só não dominaram o mundo ainda pois não têm “olho grande”.
Mas você deve estar se perguntando: e no Brasil? Ah, no Brasil as carretas estão cada vez maiores, algumas com 30 metros de comprimento. E como dizem que é o olho do dono que engorda o gado – voltando aos trocadilhos oculares -, se depender dos olhos dos donos de transportadoras brasileiras, estamos bem perto de um tempo em que trem e carreta serão praticamente a mesma coisa. Tomara que até lá as estradas já estejam em condições melhores, ou ao menos que as bitrens passem a se locomover sobre trilhos, como seus parentes mais velhos já fazem.