Greve dos tanqueiros pode afetar abastecimento em JF e região, diz Minaspetro
Movimento paredista teve início na quinta-feira e já afeta abastecimento de combustíveis em Belo Horizonte
Por Carolina Leonel
26/02/2021 às 18h04- Atualizada 26/02/2021 às 19h08
A greve dos transportadores de combustíveis em Minas Gerais, iniciada na quinta-feira (25), está afetando o abastecimento de combustíveis em Belo Horizonte e em outras cidades próximas à Refinaria Gabriel Passos, em Betim. A Tribuna entrou em contato com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), que informou que existe a possibilidade de o movimento paredista afetar o abastecimento em Juiz de Fora e no restante da Zona da Mata, “especialmente se os postos da região buscarem combustíveis aqui na Refinaria Gabriel Passos, em Betim”.
A reportagem também tentou contato com alguns postos de combustíveis da cidade para verificar a situação na cidade. De acordo com a gerente do Posto Salvaterra, na Zona Sul, Jucilene Corrêa do Nascimento, não há desabastecimento no local, que busca combustíveis em bases no Rio de Janeiro. Apesar disso, Jucilene afirmou que a greve intensificou a ida de motoristas ao posto na tarde desta sexta-feira. Em alguns estabelecimentos, já era possível ver filas de espera, formada por motoristas preocupados em encher o tanque, com receio de um possível comprometimento na oferta. No início da noite, a Tribuna verificou filas também em um posto de combustíveis na Ladeira Alexandre Leonel.
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De acordo com nota emitida pelo Minaspetro, vários estabelecimentos estão sentindo os efeitos da greve, “com dificuldades para fazer pedidos junto às distribuidoras e abastecer os caminhões próprios nas bases, em virtude do bloqueio de entrada e saída de veículos pelos grevistas”. O Minaspetro destacou que não é possível precisar quando haverá falta de combustíveis nas bombas, considerando que não realiza pesquisa junto aos revendedores, bem como pelo fato de os estoques dos postos variarem conforme a capacidade de armazenamento.
Governo diz que não houve pedido de reunião
Em nota encaminhada à Tribuna, o Governo de Minas Gerais disse que “esteve disponível para ouvir as demandas dos tanqueiros, mas não houve pedido de reunião por parte dos manifestantes”. Ainda conforme a nota, as recentes mudanças no preço dos combustíveis não são em função do ICMS, mas sim da política de preços praticada pela Petrobras.
“O Estado reafirma seu compromisso de não promover o aumento de nenhuma alíquota de ICMS até que seja possível começar a trabalhar pela redução efetiva da carga tributária. No momento, em virtude da situação financeira do estado, a Lei de Responsabilidade Fiscal exige uma compensação para aumentar receita em qualquer movimento de renúncia fiscal, o que não torna possível a redução da alíquota.”
No texto, ainda é informado que o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) é atualizado mensalmente levando-se em consideração os valores praticados pelos revendedores em todas as regiões do Estado. O resultado da pesquisa realizada pela Secretaria de Fazenda é baseado nas notas fiscais emitidas por 4.272 postos, distribuídos em 828 municípios mineiros.
Fonte: Tribuna de Minas