Em escola de MG, adolescente armado com 2 facas feriu 3 pessoas, botou fogo na sala de aula e tentou se matar

Aluno incendeia escola e esfaqueia três pessoas no Vale do Jequitinhonha

Adolescente disse que cometeu o crime porque se sentia sozinho após chegar de BH há três meses

Por Lucas Gomes Publicado em 21 de março de 2024 | 08h37 – Atualizado em 21 de março de 2024 | 12h19

Um aluno de 17 anos incendiou a cortina de uma sala de aula e esfaqueou três pessoas na  Escola Estadual Coronel Elpidio Alves Ferreira, na cidade de Salto da Divisa, no Vale do Jequitinhonha. O fato foi nessa quarta-feira (20 de março). Após o crime, o adolescente ainda tentou se matar com golpes de faca. 

Quando a Polícia Militar chegou à instituição de ensino, se deparou com vários alunos do lado de fora. O adolescente de 17 anos já estava imobilizado pelo diretor da escola. Quando o responsável pela escola soube da confusão, já se deparou com o adolescente tentando se matar no hall de entrada da escola. 

Um adolescente de 16 anos sofreu escoriações no pescoço por conta dos golpes dados pelo colega de escola. Uma mulher de 42 anos sofreu um corte nas costas e levou quatro pontos. Já um homem de 45 anos sofreu ferimentos superficiais nas costas. 

O suspeito das facadas recebeu uma sutura no dedo mindinho da mão direita, devido a um corte profundo. Ele também tinha lesões no pescoço. O médico informou que nenhuma vítima corria risco de morte. Todos os envolvidos foram liberados do hospital após atendimentos.

A psicóloga da prefeitura foi até o hospital e concluiu que o adolescente poderia estar passando por um quadro de esquizofrenia grave, o que levou a lesionar as vítimas e tentar o suicídio. Aos policiais, o aluno contou que “resolveu fazer isso porque se sentia muito sozinho e que queria matar alguém e, logo em seguida, tirar a sua própria vida”.

Os pais do adolescente disseram que a família chegou de Belo Horizonte há três meses. Eles relataram que o filho “nunca demonstrou sinais de distúrbios ou comportamentos parecidos com o fato, que sempre teve um comportamento reservado de poucas conversas e que uma das reclamações do filho seria a falta de emprego e que se sentia inútil”. O adolescente tocava violino na orquestra de uma igreja. 

A dinâmica do crime

Segundo o diretor da escola, o adolescente estava sentado no corredor, momento em que foi a uma sala vazia, pegou um frasco de álcool e jogou em uma cortina, onde ateou fogo com isqueiro. Após incendiar o cômodo, o aluno retirou duas facas da mochila, colocou os objetos na cintura e andou pelo corredor, onde outros colegas estavam devido ao incêndio. Ali mesmo, o suspeito atacou a primeira vítima. Ele entrou em uma sala e atacou as outras duas pessoas.

Durante as agressões, o adolescente caiu e, quando se levantou, começou a se ferir com a faca, momento em que foi contido pelo diretor. 

O menor foi apreendido e a ocorrência foi acompanhada pelo Conselho Tutelar.

Fonte: OTEMPO