Criminosos invadem casa, assaltam e matam morador
Criminosos invadem casa, assaltam e matam morador na cidade de Chácara
Homem, de 46 anos, foi agredido e amarrado; a cunhada dele e outra mulher foram presas como suspeitas
Por Sandra Zanella
04/02/2022 às 16h42
Um crime de latrocínio (roubo seguido de morte) assustou moradores do pequeno município de Chácara, a cerca de 30 quilômetros de Juiz de Fora. O caso aconteceu na noite de quinta-feira (3), na Rua Sakar Tanure, no Centro da cidade. De acordo com informações da Polícia Militar, Roberto Carlos da Fonseca teve o óbito constatado no local, mas a causa da morte não foi identificada. Ele e o irmão, 48, tiveram a casa invadida, sendo amarrados. Duas mulheres, de 27 e 47 anos, acabaram presas em flagrante por suspeita de participação no crime.
A mais velha delas relatou inicialmente aos militares que, por volta das 21h30, estava na casa junto com seus dois cunhados, quando foram surpreendidos por quatro homens, que entraram pela porta da cozinha falando “perdeu, perdeu”, em tom agressivo e ameaçador. Em seguida, um dos criminosos determinou que a visitante e o morador que sobreviveu fossem para um quarto, onde foram agredidos, sendo roubado o celular da mulher.
Já os outros três bandidos teriam seguido para outro dormitório, onde Roberto teria sido violentado, enquanto o trio o pressionava querendo saber onde estaria o dinheiro. A mulher acrescentou que ameaçou chamar a polícia, mas foi agredida e teve as pernas imobilizadas com uma corda. Segundo ela, a ação durou cerca de 10 minutos, e os ladrões teriam deixado o imóvel correndo, com as portas trancadas.
A mulher alegou ter gritado por socorro e ter ido ao encontro de Roberto, que estava caído no chão do próprio quarto, com as pernas amarradas, não percebendo se ele já estava sem vida. Ainda na versão dela, à medida que outros familiares e vizinhos foram chegando ao local e tomando conhecimento do fato, a PM e o socorro foram acionados.
Os policiais responsáveis pela ocorrência, no entanto, disseram ter percebido a população agitada, enquanto apontava a participação da cunhada das vítimas no crime. Ao ser novamente questionada pelos policiais, a mulher de 47 anos revelou que na última segunda, durante conversa com sua amiga manicure, 27, que também acabou detida, esta teria lamentado estar passando por dificuldades financeiras, porque seu marido estava preso. A suspeita mais jovem teria acrescentado na conversa saber que Roberto estava com uma quantia em dinheiro e teria sugerido à cunhada dele para ajudá-la, facilitando o acesso à residência, em troca de um valor.
A cunhada das vítimas assegurou aos policiais que também está passando por dificuldades financeiras e, por isso, teria concordado em participar do roubo, mas o combinado seria não fazer nada de mal para Roberto. A manicure teria apresentado a ela dois homens que iriam fazer o “serviço”, e eles teriam recebido informações sobre a rotina da vítima e onde estariam guardados os cerca de R$ 15 mil. A dupla ainda teria ido até a residência, dois dias antes, se passando por agentes de vigilância sanitária de combate a dengue, para conversar com os moradores e conhecer o local.
A cunhada das vítimas disse à PM que chegou a desistir de participar do crime, mas teria sido ameaçada de morte. Ainda conforme o relato dela, o plano era amarrar os moradores, sem agressões ou morte, e se soubesse que iriam matar Roberto, não teria participado da ação.
Já a manicure contou a versão inversa, afirmando que ela é quem teria sido procurada pela cunhada das vítimas, na intenção de conseguirem alguém para subtrair de Roberto o dinheiro deixado por ele em casa, cerca de R$ 20 mil. Diante das contradições, as duas acabaram recebendo voz de prisão.
A PM conseguiu identificar pelo menos dois homens que teriam praticado o crime. Os dois irmãos, de 20 e 26 anos, seriam moradores da Zona Leste de Juiz de Fora, mas não foram localizados. A Perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos de praxe na cena do crime e apreendeu a corda utilizada para amarrar a vítima. O corpo de Roberto foi levado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML) em Juiz de Fora. As suspeitas foram conduzidas ao plantão da 1ª Delegacia Regional, em Santa Terezinha, e o caso seguiu para investigação.
Fonte: Tribuna de Minas