Comércio clandestino
Com uma mente fértil e precisando de arranjar uns trocados, Ari Biscoito foi à luta. Desceu a Parte alta da cidade com um passarinho dentro de um alçapão, dizendo que era um canário e que era bom de canto. Passou pelo armazém do Sr. Armando, olhou a clientela e o ofereceu para Sr. Manuel Roque, que deu uma olhada por volta do alçapão, viu que tinha algo errado e descartou qualquer oferta…
Ari seguiu e, no Pedro Machado tentou passar o pobre do bichinho. Pedro muito esperto disse que só criava canário belga. Doca, que estava saboreando um picolé de coco não perdoou: ” De novo esse cara nos trambiques?”. Já meu desiludido, ele foi indo e chegou bem em frente da estação, tentou fazer negócio, mas nenhum carroceiro entrou na dele…
Finalmente, Ari Biscoito encontrou alguém que quis negociar. Derli Arruda comprou o “canário” e foi embora. Passado uns dias, Derli foi se encontrar com Ari e logo reclamou: “esperei o danado cantar conforme você disse e nada. Mas depois que o coitadinho foi tomar banho e a água ficou amarela, é que vi que comprei um belo pardal. Quero meu dinheiro de volta!”. Ari Biscoito deu uma risadinha sacana e falou: “fique tranquilo, assim que eu pegar um canário verdadeiro, te dou de graça… Bicas gato por lebre.