Comemoração do 7 de Setembro

140 anos da Estação Ferroviária de Bicas

No dia em que se comemora a emancipação política de Bicas, as escolas farão um desfile cívico, apresentando uma aula da história da origem do povo biquense. Para isso, cada escola contará um momento desse passado, que muito contribuiu para o nosso presente.

Abaixo, seguem as atividades que deverão ser apresentas, numa sequência cronológica, durante o desfile de 7 de setembro:

1 – Arraial das Taboas/Presença dos tropeiros e viajantes na região.

2 – Ciclo do café (importância econômica da produção, colheita, transporte e exportação do café), além de outros produtos também produzidos na região.

3 – Barões do café (pessoas que lutaram para conseguir a construção da estrada de ferro em nossa região).

4 – Inauguração da Estação Ferroviária (escolha da localização e sua importância na história da formação do nosso município). Importância dos cidadãos Francisco Ferreira de Assis Fonseca e Pedro Betim Paes Leme para a construção da estrada de ferro.

5 – Engenheiro Pedro Betim Paes Leme (responsável pelo topônimo de Bicas). A motivação para a escolha do nome, deveu-se ao fato dos tropeiros usarem um rancho de biqueiras de palmito então existente na raiz da serra das Bicas de propriedade de Joaquim José Teixeira, mais tarde vendida para Antônio Gonçalves de Souza Jr., muito conhecido na época com Antônio das Bicas.

6 – O brasão e bandeira de Bicas (interpretação dos elementos que compõem esses símbolos que representam toda grandeza de nossa terra).

7 – Música: Trenzinho Caipira, de Villa Lobos compositor, maestro e músico brasileiro. (Durante sua infância, veio com a família para Minas Gerais e morou durante algum tempo em nossa cidade e aqui se encantou com as sonoridades do trem de ferro. Dessa época ganhou o apelido de “TU – HU “porque tinha mania de ficar imitando o barulho do trem que mais tarde transformou em música. E foi assim que compôs “O trenzinho caipira”, das lembranças sonoras guardadas em sua memória.

8 – Passagem de D. Pedro por Bicas, na época (importância histórica desse momento).

9 – Companhia de Estrada de Ferro União Mineira, ponto de partida da estrada de ferro.

10 – Estrada de Ferro Leopoldina Railway Company Limited.

11 – Homenagem aos Ferroviários biquense.

12 – SENAI (escola profissionalizante de jovens).

13 – Monumento em homenagem ao “Operário Biquense”, do artista biquense Athaíde R. Dutra de Moraes, o “ Mestre Athaíde”.

14 – Estação Ferroviária de Bicas! 140 anos de glória! Hoje, Rodoviária José Croce, continua sua nobre e secular missão de ser ponto de chegada e ponto de partida de tantas gerações!

Obs: Segue a sequência das escolas, no desfile, observando os respectivos temas na mesma ordem:

1 – C.E.M.E.I. Dejanira Fonseca de Oliveira

2 – Escola Municipal Professor Nelson de Souza Ramos

3 – Escola Municipal Prefeito Gilson Lamha

4 – Centro Educacional Infantil Aquarela

5 – Escola Municipal Doutor Matheus Monteiro da Silva

6 – Escola Municipal do Povoado de Santa Helena

7 – Escola Amarelinha/ Colégio Elite – APRESENTAÇÃO

8- Escola Municipal Maria Antonieta Gomes de Souza

9- Escola Municipal Coronel Retto Júnior

10- Escola Municipal Coronel Joaquim J. de Souza- 1º ao 5º

11 – Escola M. Coronel J.J. de Souza- 6º ao 9º- APRESENTAÇÃO

12 – Escola M. Coronel J.J. de Souza- E.J.A

13- Colégio Futuro

14 – Escola Estadual Deputado Oliveira Souza.

 Nota:

Plantar e colher café utilizando o braço escravo nunca constituiu grande problema para os fazendeiros. Comerciar a produção e levá-la a algum lugar era a via-crúcis de todos. As estradas eram picadas e trilhas que aos poucos iam se transformando em caminhos carroçáveis, tortuosos, íngremes e não garantiam o tráfego no tempo das águas.

De fazenda em fazenda, os primitivos caminhos permitiam aos tropeiros e viajantes chegar a um lugar qualquer, principalmente nas barrancas dos rios fronteiriços já sabendo que na outra margem não encontraria melhor situação. O escoamento do tinha que chegar ao porto da Piedade, no fundo da baía da Guanabara, ou no porto da vila da Cava, no rio Iguaçu.  Esse transporte era feito através de carroças de boi em caminhos tortuosos, íngremes que não garantiam o tráfego no tempo das águas.

Fazendeiros lutaram para conseguir do governo da Província a construção de estradas que permitissem o escoamento da produção. E para atender à velha pretensão dos fazendeiros da região, Mariano Procópio iniciou, em 1865, a construção de um ramal da União e Indústria ligando Mar de Espanha, seguindo o vale do rio Cágado. Os serviços foram abandonados, quando a empresa faliu.

Na década de 1870, o Brasil viveu um grande período de desenvolvimento com a construção das estradas de ferro. O grande momento histórico destes sertões aconteceu entre 1876 e 1879, quando os fazendeiros da região, liderados por Pedro Alcântara de Cerqueira Leite, Barão de São João Nepomuceno e pelo engenheiro Pedro Betim Paes Leme, fundaram a Companhia de Estrada de Ferro União Mineira, ligando Serraria ao Interior da zona da Mata, passando pelo Espírito Santo do Guarará e São João Nepomuceno que mudou o destino da nossa região.