É com grande alegria que venho, junto da deputada federal Ana Pimentel, anunciar a liberação do alvará da UBS do bairro Gilson Lamha! ✅👏
Parabéns à deputada Ana Pimentel pelo empenho e dedicação para que essa UBS se tornasse realidade, e à secretária de Saúde Aline Lara pelo excelente trabalho em prol da nossa cidade. 💙
Seguimos firmes, lutando por mais avanços na saúde! 💪
Homem que descumpriu medida protetiva foi morto com uma facada nas costas; também em Santos Dumont, PM registrou outro homicídio no mesmo dia
Tribuna de Minas – Por Pâmela Costa 17/02/2025 às 12h03
Um homem de 30 anos foi morto a facada após tentar invadir uma casa onde sua ex-companheira estava, no Bairro Graças, em Santos Dumont – cidade a menos de 50 quilômetros de Juiz de Fora. A mulher, que possuía medida protetiva contra ele, correu até a residência de um idoso, de 78 anos, na noite da última sexta-feira (14). O homem a perseguiu e, durante a invasão, entrou em luta corporal com o idoso, que desferiu o golpe de faca em suas costas.
Quando a Polícia Militar (PM) chegou no local, o homem ferido estava sentado no chão, encostado no armário da cozinha e com a cabeça caída sobre o ombro. Ali, ele já não respondia e estava imóvel. O óbito foi confirmado pelo Samu. Ao lado do corpo, havia uma faca suja de sangue e um ambiente que apresentava indícios de luta. Na entrada da casa, a porta de vidro que dava acesso à cozinha estava quebrada.
O idoso relatou à polícia que estava em casa quando a mulher chegou, e, como ela não tinha para onde ir, ele a acolheu. Pouco tempo depois, segundo seu relato, o ex-companheiro da mulher chegou à procura dela – ela possuía uma medida protetiva contra ele. O homem teria gritado o nome da mulher, pulado o portão, subido a escada, arrombado a porta e invadido a cozinha, aparentemente com a intenção de agredi-la. Foi nesse momento que a luta corporal entre os dois homens teve início.
Na versão do idoso, durante a briga, o homem mais jovem teria pegado uma faca e ambos caíram no chão. Quando se levantou, já ferido, o idoso alegou ter atingido o homem com uma facada nas costas e saído da residência. A mulher relatou que o ex-companheiro, vítima do homicídio, tinha um histórico de agressões contra ela. A perícia técnica esteve no local para realizar os procedimentos de praxe. O corpo foi removido pela funerária e o idoso foi preso.
Outro homicídio também na sexta
Mais cedo, também na sexta-feira (14), outra ocorrência de homicídio foi registrada em Santos Dumont. Um desentendimento entre duas pessoas que faziam uso de drogas no Bairro Vila Esperança, nas margens da linha férrea, terminou com um homem de 29 anos morto com ferimentos de facas nas costas.
Quando a PM chegou ao local, ele já estava sem os sinais vitais e o óbito foi constatado posteriormente pelo Samu. Além de ferimentos de golpes de faca, ele tinha um sangramento na perna.
Durante as diligências, os militares apuraram que a vítima esteve acompanhada de um homem de 23 anos. Eles teriam feito o uso de drogas e após as substâncias acabarem, foi iniciada uma briga sobre quem custearia a próxima compra. Os homens brigaram e durante a ação houve os golpes de faca. O suspeito não foi localizado. Já o corpo foi removido pela funerária. O local também passou pela perícia como de praxe.
O MUNICÍPIO está recordando os pitorescos contos do livro “Bicas, um causo à parte”, do saudoso Vasco Teixeira, prestigiado ex-colunista do jornal. Um biquense que também fez história nas cidades de São José dos Campos (SP) e Paraisópolis (MG), onde estava radicado. O Tiãozinho da Rua do Brejo era multifacetado: metalúrgico, político, cronista, escritor, artista plástico e mais.
Remédio caseiro
Minha mãe me chamou lá da horta para eu mostrar o meu machucado para a sua comadre Luzia que estava do outro lado da cerca. Passei mancando pelos canteiros. O de couve manteiga estava verdinho e com as folhas enormes… o de alface nem te conto…
Dona Ana, mostrou o meu pé e disse que eu tinha pisado num estrepe e que o machucado zangou. Luzia, por um buraco da cerca, calmamente, passou a mão sentiu que estava quente e falou: “Vou fazer uma infusão e darei para você se banhar”.
Olhou também para a minha nuca e notou que o emplastro de fumo com azeite e açafrão que ela colocou tinha dado resultado, pois no local da impigem o cabelo estava nascendo… Voltei e vi a parreira de chuchu lotada.
Modéstia à parte, meu pai cuidava bem lá de casa. As duas comadres continuaram o colóquio e eu fiquei esperando o tal banho de guiné com alfavaca que, segundo Dona Luzia, não só ia desinflamar, como também o estrepe ia pular fora…
Reportagem: Aristides dos Santos
Crédito das informações e imagens: Associação Vida Viva dos Amigos e Pais de Crianças Autistas de Bicas
VITORIA CONTRA O PRECONCEITO: ADOLESCENTE AUTISTA DE BICAS COMPLETA CORRIDA RÚSTICA E EMOCIONA FAMILIARES
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No último domingo (16), a cidade de Bicas (MG) foi palco da 4ª Corrida Rústica, um evento que integra o 5º Ranking G10 de Corridas da Zona da Mata – Edição 2025. Entre os participantes, um nome se destacou pela sua determinação: Jhonatan Kevin Marconato, adolescente autista de 15 anos, que percorreu os 7 km da prova em 48 minutos, representando a Associação Vida Viva dos Amigos e Pais de Crianças Autistas de Bicas.
A participação de Jhonatan foi motivo de orgulho e emoção para familiares, amigos e apoiadores. Rosimar Marconato e Miqueias Silva foram mencionados como incentivadores do atleta, que concluiu a prova com grande empenho. “Jhonatan é um verdadeiro vencedor, e essa foi apenas a primeira de muitas corridas que ele irá participar“, declarou uma das apoiadoras, reforçando a importância do incentivo à inclusão social a partir do esporte.
SOBRE A PROVA
A 4ª Corrida Rústica de Bicas aconteceu no dia 16 de fevereiro, com largada às 8h da manhã. A prova, com percurso único de 7 km, teve um número limitado de 500 inscrições, que se esgotaram no dia 11 de fevereiro. Os competidores tiveram 1h10min como tempo limite para concluir o trajeto.
O evento reforçou a importância do esporte na inclusão social, promovendo momentos de superação para todos os participantes.
RODA DE CONVERSA SOBRE AUTISMO EM BICAS ACONTECE NO DIA 22 DE FEVEREIRO
No próximo sábado, 22 de fevereiro, a Associação Vida Viva dos Amigos e Pais de Crianças Autistas de Bicas promoverá uma roda de conversa sobre autismo, com o tema “Conhecer, Entender, Respeitar e Incluir”. O encontro será realizado às 10h da manhã, no prédio da Secretaria Municipal de Educação.
A iniciativa busca ampliar conhecimentos e fortalecer a inclusão das pessoas autistas na sociedade, reunindo especialistas de diversas áreas para debater o tema.
PARTICIPANTES CONFIRMADOS
✔ Diego Silveira – Fisioterapeuta ✔ Dra. Edna Cassete – Pediatra Clínica ✔ Dr. Max Neves – Advogado ✔ Dra. Jussara Aparecida Carlota – Psicóloga ✔ Mirrai Ferreira – Professor de música e pai atípico ✔ Dra. Simone de Oliveira Machado – Psicóloga ✔ Dra. Tarcila Mota – Psicóloga especialista em análise do comportamento
A Associação Vida Viva, organizadora do evento, foi oficialmente registrada em 21 de agosto de 2024 e é presidida por Cláudia Regina Martins Fagundes. A entidade tem como missão apoiar crianças autistas e suas famílias, promovendo inclusão e acolhimento.
A roda de conversa será uma excelente oportunidade para troca de experiências, aprendizado e conscientização sobre o autismo.
Formação: Graduação presencial em TV, Cinema, Rádio e Internet pela UNIBAN (Universidade Bandeirantes do estado de São Paulo), campus Osasco- SP. Habilitação: Trabalhos em audiovisual (cinema), atividades de radiodifusão RTV, produção de livros, revistas e jornais (impressos e digitais), criação e gestão de tráfego pago ou orgânico para internet
Esse montante, que inclui salário e penduricalhos, é o valor líquido que cada um dos magistrados ganhou. Bem acima do teto constitucional de R$ 46,3 mil
Estado de Minas – Alessandra Mello e Gabriel Ronan 16/02/2025 04:00– atualizado em 16/02/2025 07:07
Ao todo, o TJMG gastou R$ 194,1 milhões só com os salários de juízes e desembargadores e R$ 313,4 milhões com os 18.206 servidores da ativa crédito: Paulo Miranda/Arte EM
Levantamento feito pelo Estado de Minas, com base em dados do Portal da Transparência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), aponta que, no mês passado, dos 1.563 magistrados da ativa do Tribunal, 741 ganharam acima de R$ 200 mil em valores líquidos, já descontados os impostos e contribuições previstas em lei. Outros 67 juízes e desembargadores ganharam, no mesmo mês, mais de R$ 100 mil.
Esses valores superam o limite dos vencimentos do funcionalismo, que corresponde aos subsídios dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), R$ 46,3 mil. Em alguns casos, chegam a ser quase cinco vezes o valor do teto.
É o caso do maior salário pago a um magistrado nesse mês, que chegou a R$ 240,4 mil. Mas ele não foi o maior vencimento deste período. Onze servidores também ganharam acima de R$ 200 mil líquido. Um deles recebeu o maior vencimento do mês (R$ 277,2 mil), superando até mesmo os salários pagos aos juízes e desembargadores.
Números do TJ de Minas
R$ 194,1 milhões foi o gasto do TJMG com a folha dos juízes e desembargadores
Os 1.563 juízes e desembargadores mineiros receberam em média R$ 124.212,42 em janeiro
R$ 240,4 mil foi o maior salário pago a um magistrado em janeiro
R$ 277,2 mil foi o maior salário pago em janeiro a um servidor
Outros 67 magistrados receberam mais de R$ 100 mil
R$ 509,4 milhões foi o gasto total do TJMG com o pagamento de salários em janeiro
19.838: servidores, incluindo magistrados e pensionistas, é o número de servidores
Ao todo, o TJMG gastou R$ 194,1 milhões só com os salários de juízes e desembargadores e R$ 313,4 milhões com os 18.206 servidores da ativa. A folha de pessoal de todo o TJMG custou, em janeiro, cerca de meio bilhão (R$ 509,4 milhões).
Penduricalhos na mira
Questionado sobre os motivos dos valores elevados, o TJMG, por meio de nota, afirmou que os salários recebidos pelos magistrados estão amparados na legislação vigente e guardam proporcionalidade com os subsídios pagos aos ministros do STF e que os valores que elevam os vencimentos são eventuais.
“Algumas juízas, juízes, desembargadoras e desembargadores recebem, eventualmente, valores adicionais referentes a férias, férias-prêmio não gozadas ao longo da carreira e acumuladas, além de valores devidos pelo exercício de suas atividades (plantões, acúmulo de jurisdição, como exemplos). Trata-se de passivo reconhecido, que é pago conforme a disponibilidade financeira do Tribunal”, concluiu.
No portal da Transparência do TJMG, esses pagamentos acima do teto são descritos como verbas indenizatórias, conhecidas popularmente como “penduricalhos”, não contabilizadas no tetoconstitucional e isentas de Imposto de Renda. São benefícios como auxílios para alimentação, transporte, saúde, natalidade, moradia, ajuda de custo, auxílio pré-escola, pagamentos retroativos e também adicional por tempo de serviço, quintos, décimos e vantagens decorrentes de sentença judicial ou extensão administrativa, abono de permanência e vantagens pessoais.
Esses penduricalhosestão na mira do governo federal, que quer regulamentar o que os servidores de todos os poderes podem receber. Seria uma forma de enxugar os gastos públicos.
Ano passado, o Congresso Nacional aprovou uma emenda à Constituição estabelecendo que apenas exceções de caráter indenizatório, a serem definidas em lei complementar, poderão exceder o teto. Essas exceções serão definidas pelo Congresso Nacional. Um projeto nesse sentido (PL 2721/21), batizado de “PL dos Supersalários”, já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, mas ainda não passou no Senado. Outras propostas na mesma linha também estão em tramitação. Há ainda um movimento em busca de assinaturas para tramitar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita as indenizações remuneratórias a 30% do teto salarial do funcionalismo, que tem como referência o subsídio mensal dos ministros do STF.
O governo federal deve apresentar também uma nova proposta de lei complementar nesse sentido. Em visita ao Congresso, na abertura do ano Legislativo, no início de fevereiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, incluiu essa pauta na lista do rol de prioridades do governo federal, como forma de garantir o teto de gastos da União e reduzir as despesas públicas.
Justiça e MP concentram supersalários
Dados de uma nota técnica do Movimento Pessoas à Frente, organização suprapartidária da sociedade civil dedicada à construção da melhoria do Estado a partir da gestão de pessoas que atuam no serviço público, apontam que em 2023 de todos os tribunais brasileiros (com exceção do estado do Piauí), 93% dos magistrados receberam um valor superior ao teto no agregado do ano. Essas informações foram levantadas a partir de informações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
De acordo com o estudo, também com base em dados de 2023, essa situação é “bastante semelhante” em 12 unidades federais e estaduais do Ministério Público, entre eles o mineiro. Segundo o movimento, isso não acontece, por exemplo, na Câmara dos Deputados, onde, em um universo de 21.448 servidores ativos, apenas 152 receberam acima do teto em 2023 (0,7% do total).
Já no Poder Executivo Federal, com base em dados do Portal da Transparência compilados pelo movimento, somente 13.568 servidores civis e militares receberam acima do teto em 2023. Isso representa apenas 0,14% dos servidores federais no Poder Executivo, concentrados em poucas carreiras, como: advogados públicos, diplomatas, militares e situações de acúmulos legais de cargos.
“Vê-se, portanto, que o problema dos supersalários no funcionalismo público se concentra em pouquíssimas carreiras, principalmente entre os membros da magistratura e do Ministério Público”, afirma a nota técnica disponível no site.
Homem, de 21 anos, com deficiência cognitiva, agredido pela própria mãe, de 56, no dia 22 de janeiro, em Argirita, morreu na sexta-feira, 14/2. Na época do crime, a vítima foi socorrida em estado grave e a autora presa pela Polícia Militar.
O rapaz foi encaminhado com diversos ferimentos para o Posto de Saúde de Argirita, local em que recebeu o primeiro atendimento médico e depois foi transferido para a Casa de Caridade Leopoldinense, onde precisou ser entubado. Posteriormente, foi transferido para Juiz de Fora, mas não resistiu ao tratamento.
Escrito por Antônio Santa Cruz Calvário
(Tonico da Dona Minervina)
Rua Capitão Gervásio, vendo-se a Capela São Sebastião, ao fundo – Foto: Amarildo Mayrink
Em novembro de 1900, Guarará passou a ter como seu chefe político o jornalista Afonso Leite, que havia aportado na cidade, em julho de 1.898, sessenta e três anos antes de se ver envolvido na chamada “Chacina do Guarará”, por um crime do qual não participou, mas foi vítima da inescrupulosa trama engendrada por seus inimigos políticos, comandados por um Juiz de Direito desonesto.
Antes da tragédia de 15 de maio de 1960, jamais Guarará foi palco de qualquer acontecimento sangrento que pudesse macular o prestígio da comunidade de um povo ordeiro, pacífico e sempre vivendo em paz e harmonia até a publicação do Ato do Governador Bias Fortes, removendo para Guarará o Juiz de Direito da Comarca de Monte Belo, Dr. Isoldino da Silva Júnior, de personalidade não muito bem acatada, devido ao seu modo de proceder, sendo empossado nos últimos meses de 1.957. Um juiz mais político e menos juiz, marcado pela insensatez de seus atos.
No comando da política, insurgiu-se o juiz contra o tradicional chefe e ex-prefeito do município, Afonso Leite, e com ele vivia “às turras”, perseguindo seus amigos e correligionários, processando abusivamente muito deles, inclusive um Coletor da Fazenda Estadual.
A sociedade de Guarará vivia em sobressaltos e temerosa das arbitrariedades praticadas pelo desastrado e odiado magistrado, pelas piores ações cometidas contra os cidadãos da comuna que não rezavam na sua cartilha.
Em face de o juiz ter sido derrotado nas eleições de outubro de 1.958, desvestindo-se da toga, vestiu a roupagem de político sem pudor. Dominado pelo ódio e autoritarismo desenfreado, passou a atirar os munícipes uns contra os outros, por meio de ameaças, intrigas, calúnia e infâmias, acabando de se incompatibilizar com quase a totalidade da população guararense.
Assim começou a tragédia
Era conhecida a decisão o Egrégio Tribunal de Justiça, que havia punido o juiz Isoldino, por duas sérias infrações no exercício do seu cargo. Visando demonstrar o respeito ao povo de Guarará que o Poder Público Municipal, por seus representantes mais legítimos, não descurava na procura dos meios legais para afastar da comarca o indesejado juiz, que vinha perturbando a paz e a tranquilidade da vida municipal, o prefeito, vice-prefeito e o Presidente de Câmara Municipal publicaram um folhetim intitulado “Sem Comentários” em que as três autoridades municipais apenas transcreveram “ipsis verbis” duas Certidões extraídas da Corregedoria de Justiça condenando a pessoa do juiz Isoldino pelos fatos ocorridos.
Quando tomou conhecimento da existência dos boletins, que já estavam sendo espalhados pela cidade, o juiz e sua mulher traçaram um plano diabólico contra a vida do coronel Afonso Leite e disseram que tinha a sua disposição cinquenta homens para efetuar a tarefa ordenada, pois teriam que acabar com aqueles folhetins na cidade, mesmo que fosse necessário correr sangue.
Na manhã do dia 15 de maio de 1960, o coronel foi avisado que a dona Elizabeth, esposa do juiz, dizer que dispunha de 50 homens para atacar sua casa às 17h30. O coronel tomou providências com as autoridades (prefeito, delegado de Polícia etc). O delegado, como medida preventiva, determinou que o Destacamento Policial montasse Guarda na Praça do Divino, em frente à residência do coronel, a partir das 12h daquele dia. Um dos capangas do juiz dizia que aquele seria o “último dia vida do coronel Afonso Leite, pois a sua casa seria atacada pelo dr. Isoldino e seus capangas. Ao aproximar-se a hora marcada, ou seja, aos dezessete e trinta minutos, um após outro vinha e se colocava em frente ao Bar do sr. José Abrahão, ao lado da Rua Tiradentes, e em frente à casa do coronel, os demais, trinta ou quarenta dos asseclas do juiz, vinham com ele e sua esposa no tempo oportunamente combinado.
Informados de que o sr. Afonso e seus amigos estavam no referido bar, armados com revolveres e facas. Um dos capangas do juiz saca de uma faca e fere o prefeito, sr. Marcos de Souza Rezende pelas costas. Felizmente não foi muito grave e ele se recuperou. Daí para frente, começou o tiroteio, que só terminou quando acabaram todas as munições e teve como resultado a morte do juiz Isoldino, de sua esposa, Dona Elizabeth e de um capanga do juiz, de nome José Arcanjo. Doze pessoas foram feridas à bala ou com arma branca (faca). O delegado já havia se comunicado com os seus superiores, isolado os cadáveres e providenciado socorro aos feridos.
Do processo
O juiz da pronúncia, depois de discorrer, a seu jeito, sobre a atuação de cada um dos denunciados, sempre no diapasão do relatório oferecido pelo delegado do inquérito, e acatando o entendimento da denúncia do MP, o julgador pronunciou os denunciados, transferindo, como de lei, o julgamento a ser proferido pelo Tribunal do Juri da Comarca de Juiz de Fora, de competência legal, deferida para decidir o caso em espécie. No primeiro julgamento, em 20/2/1961, os acusados foram condenados com penas rigorosas: 1 réu a 36 anos de reclusão, 1 a 27 anos, 3 a 19 anos, 1 a 10 anos e 1 a 7 anos de reclusão.
A defesa, para lograr um julgamento imune de paixões interessadas, não vacilou em impetrar à Instancia Superior os recursos legalmente admissíveis. O primeiro julgamento do Primeiro Juri foi anulado, em razão de irregularidades cometidas pelos jurados. Obstinadamente, a acusação sempre apelou das absolvições de qualquer dos réus, nos diferentes julgamentos a que foram submetidos. Essa novela se desdobrou em tantos capítulos, que teve a duração de sete anos consecutivos, desde o dia 20 de fevereiro de 1960, quando foi realizado o primeiro Júri, até a data de 11 de maio de 1967, que ficou marcada, historicamente, pelo reconhecimento da inocência dos réus, sem mais apelo, da existência de um Direito conspurcado desde a primeira hora pelos verdadeiros destruidores da imagem da Justiça.
A providência Divina, que a tudo assiste, e é mais pura e solidária do que a inconfiável Justiça dos homens, abriu para aqueles réus a estrada larga da compreensão e da sabedoria para que os injustiçados obtivessem a recuperação de uma liberdade por mais de seis anos perdida, e que havia sido produzida pela maledicência do despeito, da desfaçatez e da ambição política, que via de regra não tem limite na sua atuação e que nunca é proveitosa para a própria sociedade. Que o exemplo fique para aqueles que, servidores ou não da Justiça, possam aproveitar. Obs.: Por uma questão de respeito não mencionei os nomes dos réus.
O cinegrafista e historiador Ricardo Rossi postou em suas redes sociais, nesta sexta-feira, 14/2/2025… Bora ver o que rolou…
Em Bicas, no escritório do jornal O MUNICÍPIO, o historiador e cinegrafista Ricardo Rossi e o diretor-proprietário do periódico, José Maria Machado Veiga
“Ontem, um valioso acervo sobre a história política foi digitalizado. Este acervo abrange o período de 1910, até o final da década de 1950, em Guarará e Maripá de Minas. Trata-se de uma coleção fabulosa de documentos e fotos dessas décadas, disponibilizada pelo nosso amigo José Maria Machado Veiga. O próximo filme de Maripá de Minas vai emocionar a população. Estamos concluindo a parte sobre a década de 70, e este filme promete mexer com todos. Muita emoção, muitas histórias e muitos resgates da memória de Maripá de Minas. Vamos que vamos! Temos muitas histórias para contar e resgatar.”
Soldador José Antonio Miranda da Silva teria cometido os crimes entre 2018 e 2020 e já cumpriu 20 anos
Por Agência Estado 14/02/2025 às 09h02
O soldador José Antonio Miranda da Silva, que ficou conhecido nos anos 1990 como “Maníaco do Corcel”, foi condenado nesta quinta-feira (13), pelo Tribunal do Júri de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, a 337 anos de prisão. Ele responde atualmente a 21 crimes: dois homicídios consumados, sete homicídios tentados, sete estupros e cinco roubos, que teriam ocorrido entre 2018 e 2020.
José Antonio Miranda da Silva, popularmente chamado de “Maníaco do Corcel” (Foto: Reprodução)
Durante o julgamento, ele assumiu ter matado uma mulher em uma discussão por drogas. Os outros crimes, ele negou. No total, a Polícia Civil local cita ao menos 17 mulheres como vítimas identificadas – os processos tramitam em Rio Preto e outras cidades da região. Procurado, o advogado de Silva, Emerson Bertolini Andrade, afirmou que entrará com recurso junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para tentar diminuir a pena. Ele afirmou também que irá citar no recurso “falhas processuais”.
Silva já havia cumprido 20 anos de prisão entre 1997 e 2017 por estupro e homicídio, informou o delegado Wander Solgon, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Rio Preto. De acordo com investigações, o condenado utilizava um carro Corcel para dar caronas às vítimas e cometer os crimes nos anos 1990.
Reportagem de Joseane Teixeira, do jornal Diário da Região, cita investigação da Polícia Civil que apontou o acusado como autor da barbárie logo após sair da prisão. Para os atos ilícitos mais recentes, no entanto, ele teria trocado o Corcel por um Corsa. A polícia local apurou ainda que os crimes ocorreram em outras cidades da região de Rio Preto, como Monte Aprazível. “Em 30 anos de profissão, essa é a primeira vez que vejo uma pena alta assim”, disse o delegado Solgon, que apresentou investigação minuciosa do caso às autoridades.
Pela legislação brasileira, qualquer pessoa pode permanecer presa pelo prazo máximo de 40 anos. Em 2019, o pacote Anticrime costurado pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, hoje senador, aumentou o período de permanência de um custodiado atrás das grades de 30 anos para 40 anos. Silva foi preso em 2020 e permanece na prisão.