Engenheira morre após ser atropelada por rolo compressor

Engenheira morre após ser atropelada por rolo compressor em Macaé, no RJ

Rafaela Martins de Araujo trabalhava em uma obra da Petrobras quando o acidente aconteceu nesta segunda-feira (7). A empresa disse que está prestando assistência à família e vai abrir uma comissão para investigar as causas do acidente; o caso já é investigado pela Polícia Civil.

Por Andreia Freitas, Larissa Vilarinho, g1 — Macaé
08/10/2024 06h55 Atualizado há 22 horas

A engenheira morreu depois de um acidente com rolo compressor em Macaé — Foto: Redes sociais

Uma engenheira morreu depois de ser atropelada por um rolo compressor, nesta segunda-feira (7), em Macaé, no Norte Fluminense. O acidente foi nos galpões do terminal de Cabiúnas. Rafaela Martins de Araujo, de 27 anos, estava trabalhando em uma obra para a Petrobras quando foi atropelada.

O laudo do Instituto Médico Legal diz que a jovem teve traumatismo craniano, mas não sofreu nenhuma fratura pelo corpo. O caso foi registrado na delegacia da cidade e está sendo investigado pela Polícia Civil.

De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), o rolo compressor teria perdido o freio. A jovem chegou a ser socorrida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento do bairro Lagomar, mas não resistiu e morreu, ainda segundo o órgão.

Em nota, o órgão ainda informou que a engenheira era contratada pela empresa terceirizada MJ2 Construções, que presta serviço à Petrobras (veja a íntegra abaixo). O g1 entrou em contato com a empresa e aguarda um posicionamento.

“Estamos muito consternados pelo ocorrido e prestamos nosso apoio à família enlutada. Ninguém sai de casa para trabalhar contando que vai perder a vida. Dedico meus profundos sentimentos de pesar aos familiares e amigos”, afirmou a diretora do Sindipetro-NF, Débora Simões.

A Petrobras lamentou a morte da engenheira, informou que a família dela está recebendo assistência e que irá formar uma comissão para investigar as causas do acidente (veja a íntegra da nota abaixo).

A engenheira é natural de Suzano, em São Paulo. No começo da noite de segunda-feira, o corpo dela foi levado para um laboratório de Cabo Frio e depois seguiu para São Paulo, onde a família aguarda para o velório.

Confira na íntegra a nota da Petrobras:

Profundamente consternada, a Petrobras informa que a engenheira Rafaela Martins de Araújo, empregada da empresa MJ2, prestadora de serviços para a Petrobras, faleceu na manhã desta segunda-feira (7/10) em decorrência de um acidente com maquinário na estrada de acesso aos galpões do terminal de Cabiúnas, em Macaé.

A trabalhadora foi socorrida e transportada para a UPA Lagomar (local mais próximo), onde foi constatado óbito.

A família da vítima está recebendo assistência da Petrobras e da empresa MJ2. A Petrobras comunicou os órgãos competentes e irá formar uma comissão para investigar as causas do triste ocorrido.

Confira na íntegra a nota do Sindipetro-NF:

O Sindipetro-NF informa com grande consternação que, na manhã de hoje, um acidente em uma obra na base de Cabiúnas, em Macaé, causou a morte da trabalhadora Rafaela Martins de Araujo, engenheira contratada pela empresa MJ2 Construções, que presta serviço à Petrobrás.

As informações iniciais são de que a trabalhadora foi atropelada por um equipamento em utilização em uma obra na área 5 do Compartilhado (galpão de resíduos) — um rolo compressor que teria perdido o freio. O sindicato ainda apura mais informações em contato com a gerência do Terminal de Cabiúnas e com os trabalhadores da base.

A diretora do Sindipetro-NF, Débora Simões, que atua em Cabiúnas, fez os primeiros contatos com a gerência da unidade o obteve a confirmação da ocorrência. A trabalhadora chegou a ser levada para uma UPA próxima, no bairro Lagomar, mas não resistiu.

“Estamos muito consternados pelo ocorrido e prestamos nosso apoio à família enlutada. Ninguém sai de casa para trabalhar contando que vai perder a vida. Dedico meus profundos sentimentos de pesar aos familiares e amigos”, afirmou a diretora.

Zona da Mata | Viatura da PM que atendia caso de violência doméstica pega fogo com vítima e agressor a caminho da delegacia; VÍDEO

Segundo a PM, veículo pegou fogo após uma pane elétrica. Passageiros e militares conseguiram sair antes que as chamas consumissem a viatura.

Por g1 Zona da Mata — Rio Pomba
08/10/2024 05h02 Atualizado há 4 horas

Veja o vídeo AQUI

Uma viatura policial pegou fogo enquanto levava um homem preso por violência doméstica e a vítima, mulher dele, de Rio Pomba para a delegacia de Ubá. Segundo a Polícia Militar, o veículo sofreu uma pane elétrica no sistema.

De acordo com informações da PM, a equipe recebeu ligação de um solicitante, que relatava que a irmã dele, de 44 anos, estava sofrendo violência doméstica do marido, de 57, e corria risco de morte.

Viatura da PM pegou fogo e foi totalmente destruída entre Rio Pomba e Ubá — Foto: Reprodução/Redes Sociais

As equipes foram até o endereço e socorreram a vítima e os filhos, além de prenderem o suspeito. Durante a ocorrência, também foi apreendida uma arma de pressão e um revólver 32, com 18 munições intactas.

Ao levar vítima, testemunha e agressor para a Delegacia, em Ubá, a viatura começou a pegar fogo. Segundo a polícia, todos foram socorridos antes que as chamas consumissem o veículo, que ficou totalmente destruído. O caso aconteceu no sábado (5).

Com o home foi encontrado uma arma de pressão e um revólver — Foto: PMMG/ Divulgação

O futebol de salão faz parte da minha história e da minha relação com o esporte

Hoje, mais do que torcer, vou me sentir em quadra com a seleção contra a Argentina, na final da Copa do Mundo

 

A primeira quadra de futebol de salão que conheci foi a do Esporte Clube Biquense. Mas demorei a chutar uma bola pesada sobre ela. Morei em três casas na rua do clube durante a infância, e era para lá que íamos depois da aula, com nossas dente de leite. A sede, como chamávamos o prédio da Avenida Brasília, fechava para o almoço e reabria às duas da tarde. Esperávamos brincando de dupla na rua, usando o muro como gol. Era só o portão fazer barulho para a molecada correr, pular a grade baixa sobre a linha lateral — hábito que cada nova diretoria que assumia tentava proibir e era imediatamente ignorada —, dividir os times e rolar o caroço. Jogávamos descalços sobre um piso de cimento que provocava bolhas no calor e tinha calhas entre as placas, onde volta e meia ficava um naco de pele da parte de baixo do dedão, vítima de um chute de bico (bicudo, na gíria local) mal dado.

Nas noites de julho, a coisa ficava séria. Nossos pais e outros adultos ocupavam a quadra para o torneio oficial da cidade. Além de pesadas, as bolas eram novinhas, o clube aproveitava o evento para renovar o estoque. E os craques costumavam também estrear tênis (naquele tempo, só chamávamos de chuteiras as de futebol de campo), comprados na loja do Tanide, em frente à praça da igreja, ou na Guaragil, em Juiz de Fora. A arquibancada de três degraus, de um lado só, enchia logo, e a diretoria abria os portões da piscina, que ficava num plano mais elevado, atrás de um dos gols, para a gente se debruçar no muro e ver de cima. Mesmo de pé, era lá que eu mais gostava de ficar.

Joguei só uma edição do campeonato, quando já morava em Juiz de Fora. Fiz pouco mais do que realizar o sonho de passar óleo nas pernas — uma estratégia para combater o frio que me parecia a coisa mais próxima de ser um jogador profissional. Naquela época, eu dedicava qualquer tempo livre a peladas de salão, nas quadras abertas do Colégio dos Jesuítas, em frente de casa, ou no ginásio coberto do Clube Caiçaras, a uma esquina — todas de cimento. Pisos de taco eram um luxo raro, e só no terceiro ano do ensino médio, que então chamávamos de científico, fui apresentado a um de tábua corrida, numa escola rival, a Academia de Comércio. O Coruja, amigo de outra turma, trabalhava lá e nos chamou para usar um horário que ficava livre durante as férias. Nunca fui tão feliz jogando bola.

Dali nasceu o Treizá (éramos todos da turma 3A e achamos o nome supercriativo), que representou o Jesuítas num intercolegial. Não ganhamos, mas os dois gols que fiz contra a Academia me valeram um convite do técnico Adonise para treinar no Bom Pastor, clube que representava a cidade no Campeonato Mineiro do Interior. Disputei uma edição, com muitos minutos no banco e um gol, de bico, por cima do goleiro, o último da goleada de 11 a 1 sobre o Paraisense, na fase de grupos.

Acho que já contei todas essas histórias em outras colunas. Mas hoje tem Brasil x Argentina na final do Mundial de Futsal. E, como acontece com tantos brasileiros, o futebol de salão, com ou sem a corruptela no nome, faz parte da minha história e da minha relação com o futebol e com o esporte. Mais do que torcer, vou me sentir em quadra com a seleção. Podem me chamar de Pacheco. Eu prefiro chamar de identificação cultural — que é o que mais me faz sentir brasileiro.

Fonte: O Globo