Você conhece? Idosa moradora de Petrópolis procura por filhos e irmãos


O presente ainda carrega algumas lembranças do passado. E voltar às origens é o sonho de muitas pessoas. Aos 85 anos, a idosa Elza Bento de Oliveira Araújo, que também já teve em seu registro o nome de Elza Bento Gonçalves, está em busca de informações sobre seus filhos e irmãos. Natural de Minas Gerais, há 40 anos a mulher veio a Petrópolis após sofrer maus tratos de seu marido. Desde então, perdeu o contato com toda a família. Diante da história, amigos próximos e uma filha pediram ao Giro Serra a divulgação da história, com o objetivo de encontrar os familiares.“Ela saiu de Minas Gerais em direção ao Rio de Janeiro há 40 anos, após pedir caronas. Em seguida, caminhou toda a Serra para chegar em Petrópolis, local que vive durante todo esse tempo. Ela tem 85 anos, e temos poucas informações sobre sua história de vida”, contou uma amiga. Segundo a idosa, ela teria sido casada com um homem chamado Valdevino, quando precisou se mudar às pressas após uma série de maus tratos, deixando os filhos com suas irmãs. Depois de um período, voltou à Minas Gerais para buscar os filhos, mas apenas o mais novo, que já faleceu, voltou na época.Com poucas lembranças e idade avançada, a mulher durante todo esse tempo tentou contato com os familiares, não obtendo êxito. Porém, ainda se recorda do nome dos filhos, sendo Maria de Lourdes, Antônio Maria e José. Já alguns dos irmãos da idosa se chamam Cléia, Madalena e Jarbas. “A última notícias que ela teve dos filhos era de que eles estariam morando em Mar de Espanha (MG), Bicas (MG) e Barra Mansa (RJ). A dona Elza está apresentando alguns problemas de saúde e chegou a ser internada há pouco tempo. Hoje, o maior desejo dela é de encontrar com seus filhos e familiares”, concluiu a amiga. Se as informações descritas pela mulher podem ter semelhança com sua história de vida, entre em contato com a Camila, uma das ajudantes nessa busca, através do telefone (24) 99304-3513.
Esse era o dr. Milton de Souza…
Por Fernanda Henriques

Quem conheceu meu avô, Dr. Milton de Souza, provavelmente traz na memória a figura respeitável deste senhor idoso, sério, católico fervoroso, médico dedicado que exerceu a medicina por mais de cinquenta anos. Ninguém imagina o jovem médico impetuoso, recém-formado, ávido para vencer na vida.
Pois bem: há muitas décadas atrás, na Bicas ingênua e simples de antigamente, o jovem Dr. Milton teve um entrevero seríssimo com um de seus pacientes.
Após o tratamento aplicado, conta apresentada, o nosso doutor descobriu que seu paciente não tinha a menor intenção de acertar o débito, mesmo sendo “homem de posses”.
O médico não pensou duas vezes: ficou vigiando e, na primeira oportunidade em que percebeu que seu ex-paciente agora curado havia deixado a casa para voltar ao trabalho, mandou parar uma carroça à porta do caloteiro e retirou da casa algumas peças de mobiliário, o equivalente à despesa médica. Nem mais, nem menos, afinal o doutor era honesto.
O ex-paciente furioso foi ao delegado de polícia e pediu uma solução ao caso, afinal o doutor invadira sua casa…
O caso não deu em nada, arquivou-se ali mesmo, o processo sumiu por com completo, como que por encanto, apesar dos acessos de raiva do reclamante.
Aí vocês me perguntam, biquenses amigos, como fiquei sabendo disso. Pois bem, logo após o falecimento de meu avô, seu irmão (meu tio) Edson de Souza veio um dia até nossa casa e trouxe os antigos papéis do processo e nos contou essa história. Mas por que exatamente ele tinha esses papéis, vocês devem estar se indagando?!?!?
ELE ERA O DELEGADO!!! E obviamente achou um desaforo, um paciente de seu irmão vir justamente até ele para “dar parte” de um membro de sua família, ainda mais injustamente … Bicas antiga: às vezes a lei era aplicada por vias tortas…