Ressacão

Quarta-feira de favas e o Brasil às cinzas

Já há muitos anos que tenho essa percepção e preocupação, desde recém saído da juventude e iniciado minha trajetória rumo ao amadurecimento. Mas, percebo que alguns fatos a exacerbaram com a subsequente contração de responsabilidades: a graduação, as incertezas e decepções profissionais, o casamento, a vinda dos filhos – média de 20 (vinte) anos para formar-se mais um pagador de impostos.

Mas, mantinha-me resignadamente calado, pois manifestar minhas posições quanto a tudo que me incomodava nas atitudes dos conterrâneos (brasileiros), jogavam-me imediatamente ao limbo. Todos contra. Tá ficando velho! Não gosta mais de Carnaval? Deixe os outros brincarem… Tem medo de ir ao Mineirão! Sair pra rua com a camisa do Cruzeiro… Não critique quem o faz.

Porém, me senti novamente encorajado a falar no assunto, assim que me senti respaldado por um texto atribuído ao cineasta, roteirista, diretor de cinema e TV, produtor cinematográfico, dramaturgo, crítico, jornalista e escritor brasileiro, Arnaldo Jabor, o qual, modestamente, ele parece ter lido em meu pensamento. Em especial, quando ele cita que os canalhas do poder adoram essa orgia que, além de sem sentido, também nos deixa igualmente sem, distraídos olhando para outro(s) lado(s), enquanto os patifes não desviam por um só segundo a(s) sua(s) atenções do lugar comum – os cofres públicos -.

O arremate já virou clichê: “Será que conseguiríamos reunir igual contingente para manifestarem-se contrários a esse descalabro de tudo que é tipo de safadeza perpetrados por nossos (?) políticos (???)? Não, é claro que não. Apena 01 (um) bloco aqui em BH – Baianas Ousadas – colocou 650.000 (seiscentos e cinquenta mil) inebriados a lhe seguir, fechou a Av. Afonso Pena, da Rodoviária até a Praça Milton Campos (esquina de Av. Contorno).

Quando constato uma coisa dessas, penso que o Brasil já resolveu todos os seus problemas: a saúde e a educação são de primeiro mundo; os professores, policiais, médicos, enfermeiros estão com os salários em dia; não há mais arrastões, assaltos, assassinatos, rombo na previdência e as estradas não possuem mais buracos. O país agora pode usar dinheiro público para financiar farra, entretenimento e orgias.

E é exatamente o que mais uma vez se repete em 2018. O Ministério da Cultura autorizou a captação de um montante de pelo menos R$ 118.100.000,00 (cento e dezoito milhões e cem mil reais), através da Lei Rouanet, para financiamento de festividades de carnaval em fevereiro deste ano. As regalias vão desde repasses de “pequenas” verbas para prefeituras, como R$90.100,00 (noventa mil reais) para a prefeitura de Rio Pardo/RS, até isenção de impostos (famigerada renúncia fiscal) de R$ 9.900.000,00 (nove milhões e novecentos mil reais) para a Dream Factory Comunicação e Eventos Ltda.

E, ainda assim, a “grita” dos carnavalescos foi tonitroante! Críticas aos governantes foram até tema para algumas Escolas (?) de Samba. A Estação Primeira de Mangueira teve, sem dúvidas, o enredo mais comentado deste Carnaval. Com a postura inédita de fazer um tema que bata de frente com a administração municipal, a verde e rosa, indignada após o corte de verbas das escolas de samba pelo prefeito Marcelo Crivella, lançou o enredo “Com dinheiro ou sem dinheiro, eu brinco”.

Depois de passar por uma parte mais romântica do enredo, relembrando a história e as tradições de carnavais passados, o desfile da Estação Primeira na madrugada da segunda-feira de Carnaval, partiu para uma crítica frontal à postura do prefeito, citado nominalmente e representado por um boneco – tipo Judas – para ser malhado. Abaixo do boneco, a frase: “Prefeito, pecado é não brincar o Carnaval!” No carro, um dos momentos mais políticos da história do Carnaval carioca, o “Cristo” mendigo – censurado – de Joãozinho Trinta, na Beija-Flor, em 1989, também foi transformado em crítica a Crivella, com a frase “Olhai por nós! O prefeito não sabe o que faz”. Parte da plateia se juntou ao protesto e gritou: “Fora, Crivella”.

Não estou aqui, de forma alguma, defendendo o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, até por que, na minha convicta e nada modesta opinião, para tal não o motivaram, nem a honestidade e o rigor no trato com a coisa pública e muito menos suas convicções religiosas – religião de político e o ‘politicismo’, cujas divindades são: ‘Poder & Dinheiro’ – e sim, tão somente por que,  com tal atitude, ele agrada ao seu rebanho de encabrestadas e dóceis ovelhas.

Completavam a alegoria integrantes de diversos blocos da cidade, que vieram com as fantasias que usam nos desfiles de seus próprios grupos, reforçando o protesto contra a repressão da atual gestão ao Carnaval, com as palavras “Deixa o povo brincar”. Por falar em encabrestadas e dóceis ovelhas, o público estava com refrão do samba na ponta da língua.

Ao final do desfile, o presidente da escola, Chiquinho de Mangueira, contou que o Judas com o rosto do prefeito foi uma decisão criativa do carnavalesco Leandro Vieira, que teve total liberdade. Sobre transformar o desfile em protesto, ele comentou: “Foi a resposta para ele repensar o que fez com o Carnaval. Cometeu a maior injustiça com a maior festa popular do mundo, que é o Carnaval. E a Mangueira se propôs a se rebelar contra isso tudo. E foi isso que você viu aí”.

Taí ! Será que os componentes da mangueira, aí inclusos seus diretores, presidente, chefes de ala e bateria, porta-bandeira e mestre-sala, e todos os seus fervorosos adeptos e fanáticos torcedores, topariam se reunir para fazer um protesto em frente à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, por mais e melhores ‘Postos de Saúde’ na comunidade que da qual ‘ostenta’ o nome?

Nunca poderia imaginar que dinheiro do povo – pois, União, Estados e Municípios não geram renda, arrecadam – fosse fazer tanta falta a uma liga de escolas de samba, que recebem patrocínios milionários de empresas de TV, de bebidas, grupos de comunicação e, neste inusitado ano, até de preservativos! Sem contar o “Caixa 02”. Além de tudo isso, ainda cobram um absurdo para quem deseja assistir o espetáculo da ‘folia pagã’ na arquibancada.

E aí, já que cantamos o estribilho, voltemos lá no começo do nosso enredo… O ‘povo’ que reclama da carestia, da inflação, das tarifas de ônibus, das esperas nas filas, entra nas filas durante horas para comprar ingressos, a partir de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais), abadás de blocos por até R$ 3.000,00 (três mil reais), R$ 5.000,00 (cinco mil reais) em Salvador e,  até R$ 500,00 (quinhentos Reais) aqui em BH.

Para mim, esse protesto da Mangueira – ‘Estação Primeira’, X Marcelo (que saiu de ‘Trivella’) e foi pra Europa,  é só birra de concorrentes, pois  a Mangueira também administra muito mal os seus recursos, bem como os nossos políticos.

Se essa ‘mangueira’ fosse de “Lava-a-Jato”, com certeza já teriam descoberto desvios de notas (nada musicais).

– E, durma-se com um batuque desses!!!

Carnaval, cultura p’rapular

Histórico

O embrião do que hoje é o ritmo musical que conhecemos por “samba”, foi intercambiado para o Brasil ainda no período colonial, sendo que suas raízes foram fincadas em solo brasileiro com a chegada da mão de obra afro-escravizada em nosso país, sendo, portanto, um estilo que provém da fusão entre as duas culturas (africana X brasileira).

Inicialmente, as festas de danças dos negros escravos na Bahia eram chamadas de “semba”. Há controvérsias sobre a origem desta palavra, mas provavelmente advém do termo africano “semba”, que significa “umbigada”. Seria então, a dança da ‘umbigada’, em referência aos movimentos requebrados do quadril e do abdômen.

A manifestação durante muito tempo foi considerada um estilo de música e dança criminalizado e visto com preconceito, devido às suas origens negras. Hoje, o samba está presente em todas as regiões brasileiras, modificando-se e adaptando-se conforme o local, sendo que os mais conhecidos são: o samba carioca (RJ), o samba da Bahia, o samba paulista (SP) e, com as devidas adequações, o samba mineiro. Assim, dependendo do estado, modificam-se os ritmos, as letras, o estilo de dançar e até mesmo os instrumentos que acompanham a melodia. Com o passar do tempo, o samba foi conquistando o público em geral e adquirindo um lugar de destaque entre os principais elementos da identidade cultural brasileira.

Pintura de Rugendas que revela as origens do samba no país, o qual era praticado pelos negros africanos

Cronologia e principais tipos de samba

O primeiro samba gravado no Brasil foi “Pelo Telefone”, em janeiro de 1917, cantado por Baiano. A letra deste samba foi uma composição coletiva com a participação de João da Baiana, Pixinguinha, Donga, Almirante e outros músicos que frequentavam a casa da Tia Ciata, no Rio de Janeiro. Donga (Ernesto Joaquim Maria dos Santos) o havia registrado, na Biblioteca Nacional do Brasil, em 27 de novembro de 1916.

Samba de roda: o samba de roda está associado a cantigas ligadas a esportes como a capoeira e à religiosidade em cultos aos orixás. Essa variante de samba surgiu no Estado da Bahia no século XIX, caracterizado por ter seu ritmo marcado por palmas e cantos, no qual os dançarinos bailam dentro de uma roda.

Samba-canção: o samba canção, embora tenha surgido na década de 20 no Rio de Janeiro, veio a se popularizar efetivamente no Brasil apenas nas décadas de 1950 e 1960. Esse estilo é caracterizado por músicas românticas e ritmos mais lentos.

Samba-enredo: associado ao tema das escolas de samba, o samba-enredo/samba-de-enredo é caracterizado por apresentar canções com temáticas de caráter histórico, social ou cultural. Essa variante de samba surgiu no Rio de Janeiro na década de 30 com o desfile das escolas de samba.

Obs: Outro dado que contribuiu com a difusão do samba, é que na década de 1930, as estações de rádio, em plena expansão de concessões pelo Brasil, passam a tocar os sambas para os lares. Os grandes sambistas e compositores desta época são: Noel Rosa, autor de Conversa de Botequim; Cartola, de As Rosas Não Falam; Dorival Caymmi, de O Que É Que a Baiana Tem?; Ary Barroso, de Aquarela do Brasil; e Adoniran Barbosa, de Trem das Onze. Tempos depois, o samba toma as ruas e espalha-se pelos carnavais do Brasil. Nesse período, os principais sambistas são: Sinhô, Ismael Silva e Heitor dos Prazeres.

Samba-exaltação: o marco inicial desse estilo de samba é a música “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso (1903-1964), lançada no ano de 1939. Caracterizado por letras que apresentam temas patrióticos e ufanistas.

Samba de gafieira: esse estilo de samba é derivado do maxixe e surgiu na década de 40. O samba de gafieira é uma dança de salão, onde o dançarino conduz a dançarina acompanhados por uma orquestra com ritmo acelerado.

Samba de breque: esse estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir comentários de caráter crítico ou humorístico. Um dos mestres deste estilo foi Moreira da Silva.

Sambalanço: surgiu nos anos 50 (década de 1950) em boates de São Paulo e Rio de Janeiro. Recebeu uma grande influência do jazz. Um dos mais significativos representantes do sambalanço é Jorge Ben Jor, que mistura também elementos de outros estilos.

Samba de partido alto: com letras improvisadas, falam sobre a realidade dos morros e das regiões mais carentes. É o estilo dos grandes mestres do samba. Os compositores de partido alto mais conhecidos são: Moreira da Silva, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho.

Samba carnavalesco (Marchinhas): sambas feitos para dançar e cantar nos salões de bailes carnavalescos. Exemplos: Abre alas, Apaga a vela, Aurora, Balancê, Cabeleira do Zezé, Bandeira Branca, Chiquita Bacana, Colombina, Cidade Maravilhosa, entre outros…

Obs: aqui fazemos nova menção ao samba canção que, conforme já dissemos, embora tenha surgido na década de 20, no Rio de Janeiro, veio a se popularizar efetivamente no Brasil apenas nas décadas de 1950 e 1960, tendo influenciado profundamente a bossa nova e a MPB.

Pagode: essa variante do samba surgiu no Rio de Janeiro na década de 70, a partir da tradição das rodas de samba. Caracterizado por um ritmo repetitivo com instrumentos de percussão acompanhados de sons eletrônicos.

Obs: outras variantes do samba são: samba de breque, samba de partido alto, samba raiz, samba-choro, samba-sincopado, samba-carnavalesco, sambalanço, samba rock, samba-reggae e bossa nova.

Nas décadas de 1970/80, começa a surgir uma nova geração de sambistas. Podemos destacar: Paulinho da Viola, Jorge Aragão, João Nogueira, Beth Carvalho, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Chico Buarque, João Bosco e Aldir Blanc, Zeca Pagodinho, Clara Nunes, Diogo Nogueira…

Outros importantes sambistas de todos os tempos: Elton Medeiros, Lupicínio Rodrigues, Aracy de Almeida, Demônios da Garoa, Isaura Garcia, Candeia, Elis Regina, Nelson Sargento, Wilson Moreira, Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim e Lamartine Babo.

Os tipos de samba mais conhecidos e que fazem mais sucesso são os da Bahia, do Rio de Janeiro e de São Paulo. O samba baiano é influenciado pelo lundu e maxixe, com letras simples, balanço rápido e ritmo repetitivo. A lambada, por exemplo, é neste estilo, pois tem origem no maxixe.

Já o samba de roda, surgido na Bahia no século XIX, apresenta elementos culturais afro-brasileiros. Com palmas e cantos, os dançarinos dançam dentro de uma roda. O som fica por conta de um conjunto musical, que utiliza viola, atabaque, berimbau, chocalho e pandeiro.

No Rio de Janeiro, o samba está ligado à vida nos morros, sendo que as letras falam da vida urbana, dos trabalhadores e das dificuldades da vida de uma forma amena e muitas vezes com humor.

Entre os paulistas, o samba ganha uma conotação de mistura de raças. Com influência italiana, as letras são mais elaboradas e o sotaque dos bairros de trabalhadores ganha espaço no estilo do samba de São Paulo.

Dia Nacional do Samba e outras informações interessantes

Comemora-se em 2 de dezembro o Dia Nacional do Samba.

Em 26 de novembro de 2016, o samba completou 100 anos.

Eu, Omar Vieira de Oliveira, não toco nenhum instrumento: de corda, percussão, sopro, etc. Canto desafinado, fora do tom, do ritmo, do compasso e da melodia… mas, fiquem tranquilos, eu não canto fora do “chuveiro”.

Boa folia a todos! Comemorem a “Vida”, sem moderação, sem entretanto se esquecerem que, 4ª feira – 07/02/2018, a Cristiane e o Brasil estarão de volta!!!

Carnaval 2018 – Pequeri

Carnaval 2018 – Guarará

Em todos os sentidos

Nossos sentidos são realmente fabulosos. Além do tão misterioso quanto famoso “sexto sentido” – atribuído a quem tem intuição (extra sensorial) aguçada – os demais, ditos sensoriais, dão conta “dêreitim” de instigar e satisfazer nossos prazeres: o tato, a visão, a audição…

Mas, como todo indivíduo que supera a média, nosso guru literário – o Tiãozim do Sô João Belo (Vasco Teixeira) – já no primeiro dia de 2018 sapecou um “causo” (aquele da “Suconete” ELGRAN), que mexeu com os dois sentidos que mais cutucam o estômago: olfato e paladar. Estômago esse que, por sua vez, cutucou o cérebro, suscitando muitas lembranças… Cérebro esse que foi lá e deu uma chacoalhada no coração.

Foi um dos que gerou o maior afluxo de conterrâneos elegendo suas “DeBikatessens” prediletas. Da “Parte Alta” à Rua “15”, do Morro do Cruzeiro ao Areal, da Reta ao bairro Santana, do campo do Leopoldina ao do Flamenguinho… Esquadrinharam a topografia gastronômica da terrinha. Teve até comentário do Fran (Francisco Felipe Galil), que mereceu um rosário de sub comentários agregados no Facebook.

Bão, mas e o “Kiko”? O kikô têim cum isso?!

O assunto é que, eu, principiante nessa epopeia de escrever, não posso perder uma carona dessas por nada. Daí achei por bem acrescentar um “sub-causo”. Lá vai!

No bar do nosso querido Gilson Galil, os pastéis além de seus recheios específicos, ainda vinham revestidos de gentileza e agrado, onde um alegre e brincalhão senhor Gilson, com um pano branco amarrado da cintura para baixo feito um avental, cuidava da cozinha e atendia as mesas com cortesia, brincadeiras e humildade, enquanto seu filho, João “Bradisco” (?), coordenava o caixa e ficava “caladão”, mas só enquanto o assunto não era futebol.

Por azar (ou sorte), mas certamente por um capricho do destino, a nova sede da agência do Banco do Brasil foi construída em frente ao seu estabelecimento. Se não pelos predicados já decantados ou pela curta distância a ser vencida, o fato é que o “Happy Hour” dos bancários, capitaneados por seu ‘inquestionavelmente’ líder espontâneo, Lúcio Borges, passou a ser no “Sô Gilso”.

Eu frisei Happy Hour “dos bancários”. Não que Sr. Gilson tivesse má vontade em atendê-los, muito pelo contrário, além dele ser ultra solícito, afinal, era o seu negócio. Eram três, o(s) problema(s):

1 ) Sr. Gilson acordava e abria o bar cedo, visto ter uma clientela matinal de comerciários e outros trabalhadores, pois ele tinha também um café delicioso, pão com manteiga e, não poderia faltar, aquele pastel de queijo fritinho na hora.

2 ) Pelo exposto acima, justo é que o sono lhe ocorresse cedo.

3 ) Sr. Gilson não gostava de perder a novela por nada neste mundo, nem p’ra faturar uns “mirréis” a mais, mesmo sendo de origem Árabe – Galil -.

Apesar de ter uma televisão no bar, a algazarra da galera o atrapalhava quando dos cochichos em sussurros dos casais, ele gostava mesmo de ver a novela era em casa. E ponto.

Mal sabia ele que o pior ainda estava por vir no embalo da construção da nova sede bancária, com uma turma de funcionários em média etária muito jovem e extremamente empreendedores, além do estímulo da própria “Instituição” na construção das “Associações Atléticas” (AABB’s). Terreno escolhido, primeira etapa da obra a ser construída, logicamente – Campo de Futebol Society – sua iluminação e vestiário. Começaram as peladas nas terças e quintas. Se os Happy Hour’s iniciados às 18h já bicavam a novela, as peladas então. . . já que começavam em torno de 18h30, com muito esforço, iam acabar lá pelas, *&%#@, e só então é que vinha a cervejinha no “Sô Gilso”. Era uma tortura para ele, dava dó vê-lo cochilando no balcão, tentando entender o que os personagens falavam… mas, a delicadeza falava mais alto, e lá ficava ele…

Estratégia I – Sr. Gilson passou a fechar mais cedo (+ ou – 19h), às terças e quintas.

Estratégia II – Assim como hoje é escolhido um motorista da rodada para não beber, passaram a escolher um que não iria jogar, saía do banco às 18h e ia p’ro bar para assegurá-lo aberto aos demais, que começavam a pipocar lá pelas oito e meia/nove horas. Quebraram a espinha do ‘Sô Gilso”.

Passou o tempo…

Bela 5ª feira, eu de férias em Bicas, dei uma descida no centro e, lá pelas 22h30, vinha vindo do bar Tricolor (leia-se Edir Moreira) e não acreditei: bar do “Sô Gilso” aberto! Entrei, fui logo me ajeitando para escutar a resenha ao lado dos alegres jogadores e por ali fiquei. Passou um tempinho, não vi nem João nem “Sô Gilso”… A galera se servindo… Nilton Santos fritando pastel… Aí, questionei o Lúcio Flávio (?).

Estratégia III – “Sô Gilso” houvera feito uma cópia da chave do bar, a qual ficava aos cuidados do Lúcio, que tinha o compromisso de anotar tudo que era consumido. A turma passava água nas garrafas usadas e as colocavam de cabeça para baixo nos engradados vazios, além de lavarem os copos e os pratos.

Saímos de lá já beirando meia-noite. Deu trabalho p’ra fechar a porta…

Bicas era bão dimais… “Em Todos os Sentidos”!

Matheus Morais e Edevaldo Silva, da equipe Imperadores, conquistaram o pódio na Corrida Ronaldo da Costa, em Descoberto. Vera Alvim, Diego Rodrigues e Paulo Roberto Souza também competiram, além dos irmãos Paulo, Ivam e Waldir Aquino.

Fonte: Tribuna de Minas – Coluna Cesar Romero desta terça-feira

Entre isso e aquilo

Entressafra

(Substantivo feminino). É o período  entre duas colheitas consecutivas de um  mesmo produto agropecuário, ou seja,  em que determinado produto agropecuário deixa de ser produzido, ou ainda, espaço de tempo decorrido entre uma determinada colheita e a seguinte. A entressafra de alguns produtos, especialmente os in natura, contribui para sua alta nos supermercados que, juntamente com combustíveis e outros bens de consumo indispensáveis – os ditos de primeira necessidade – sempre lideram  o impacto no crescimento do IPV (Índice de Preços no Varejo). Desse modo, após a época dos gêneros serem colhidos, ou seja, a época da safra, o solo permanece em descanso ou, usando um termo técnico, ele permanece em ‘pousio’ até que condições climáticas favoráveis se estabeleçam novamente para que a cultura possa ser plantada mais uma vez.

Normalmente, o ciclo das produções agrícolas ocorre ao longo de 12 (doze) meses, que não necessariamente coincidem com o ano cronológico janeiro/dezembro (Gregoriano). Para os agricultores, dependendo da cultura que eles plantam, o ano pode se iniciar em qualquer mês e não obrigatoriamente em janeiro, como estamos acostumados no nosso dia-a-dia. Esse ano dos agricultores, que pode ou não coincidir com o nosso, é denominado ano agrícola e é definido pelas condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento de uma determinada cultura que se deseja plantar em um determinado local. Geralmente, ele se inicia na estação chuvosa para que as plantas possam ter água disponível no solo para vegetarem. Muitas vezes, culturas anuais de ciclo curto se desenvolvem vigorosamente apenas uma vez no ano, devido às já referidas condições climáticas.

O objetivo de empenho dos governos de países com governantes e auxiliares sérios, comprometidos com o bem-estar da população e o controle de forma natural e eficaz dos efeitos colaterais da sazonalidade, é evitar as elevações de preços que ocorrem, motivados pela “oferta X procura”, no período das entressafras.

Aí é que entra a verdadeira arte de fazer política social: a diplomacia para relacionamentos comerciais estáveis e profícuos com outras nações, visto as épocas de safras/entressafras serem diferenciadas nos dois hemisférios. Uma  Infraestrutura sólida, abrangente e capaz para estocagem das mais diversas commodities para os períodos de escassez, investimentos com a finalidade de gerar superávit de produtos com boa aceitação no mercado Internacional para equilíbrio de balança comercial. Bem, mas isso é em países com governantes e auxiliares sérios, onde, em alguns, há inclusive silos de propriedade do governo para estocagem em regime de “cooperativas”, mas não só, todos os outros  animais do reino – ditos irracionais – também assim o fazem, até as formigas.

E, sendo o Brasil um país ainda visceralmente dependente do agronegócio, então é que ações dessa natureza seriam de extrema valia. Mas, aqui, quem passou mais perto disso queria ‘estocar’ vento.

Entrefarras

Aqui, no nosso querido torrão pátrio, a bem da verdade, o(s) ano(s) de 2018’s ainda nem começaram – nem o agrícola e muito menos o gregoriano – e já estamos passando pelo maior período de entrefarras que vivemos cíclica/anualmente, inclusive, para serviços públicos de extrema importância. Tá tudo no recesso (caberia até retrocesso). Os anos no Brasil só começam a engatinhar e se levantar em definitivo, embora cambaleantes, após o carnaval, sendo que a tentativa de um passo sequenciado, só ocorre mesmo após a páscoa. Aí vai num período de semi produtividade até as festividades de “São João”, ponteado por entrefarrinhas, aqui conhecidos como ‘feriados (r)emendados’: Corpus Christi, dia do Trabalhador, feriados e dias Santos estaduais e municipais. Os do segundo semestre são esperados com júbilo: independência (?), 12 de outubro, finados, Proclamação da República…

2.000&DEZOITO será um bissexto das entrefarras, pois ainda teremos Copa do Mundo e Eleições, para renovação (ou manutenção) das quadrilhas que vão ficar com as chaves do ‘Tesouro Nacional’ pelos próximos 04 (quatro) anos.

Ah! Tem um nível de escalão nas facções que só renova 2/3 dos comparsas. País rico é assim!

O “general da banda”, José Carlos (Zé Kodak) Passos está empolgadíssimo para o primeiro grito de carnaval da Banda Daki. Hoje, na sede da ASE.

Fonte: Tribuna de Minas – Cesar Romero deste sábado