ODEBRECHA

Tempos atrás escrevi uma crônica intitulada “Xilindró Business” que incentivava a iniciativa privada, na verdade privada é a sociedade, de investir pesado na construção de sistemas prisionais ou cadeias.

Era um tempo em que o roubo, o assalto, o tombo praticado pelos políticos e empresários da construção civil não incomodava o brasileiro, que incrédulo, vivia o ESPETÁCULO DO CRESCIMENTO!

Como os criminosos que iriam ocupar os aposentos das penitenciárias de segurança máxima para o marginal, o facínora, o delinquente, eram de colarinho branco, porém sujos, escrevi da necessidade das novas cadeias oferecerem uma gama maior de regalias tipo: banheiro com hidro, toalhas felpudas, camas king, TV de 42″, almoço a la carte e outras coisitas mas…

Passados alguns anos de trevas e aparelhamentos, vejo que quem merece cadeia somos nós! É, todos nós, nós que pagamos com muito trabalho e amor a pátria, pra que essa elite petista e classe política nacional desenvolva um procedimento de arrebentar com a nação!

Um velho amigo um dia me disse: -Falta vermelho na nossa bandeira!

Num é vermelho PT nem russo não, é vermelho de guerra civil!

Falta ao povo brasileiro pegar pesado e tomar o poder desses canalhas!

Olhem há quantos anos eles roubam o erário, a poupança, o tesouro nacional. Olhem como agem em prol da bandalheira. Não quero citar nomes porque o Fachin já falou de alguns desses bostas.

Esses caras, riem da nossa cara entra eleição, sai nomeação. Estão sempre mordendo e lambuzando de farturas e guloseimas importadas. Carrões, barcos, casas paradisíacas, passeios de primeira classe, cartões corporativos, penduricalhos nos salários de marajás e aposentadorias nababescas!

Ô cambada de filhos de uma praticante da profissão mais antiga da face da Terra! Depois eu falo que a mãe deles tá na zona, não vão gostar…

E o sistema judiciário, preso em regras e datas venéreas, digo vênias. Atrelados em condutas protelatórias pra inglês ver??? Lá é Brexit, aqui é Brecha de Odebrecha!!! Onde há brecha nóistamudentro!

Nossa estrada (BR-267), cujo traçado é dos anos 60, está operando acima de sua capacidade de tráfego e de carga, há mais de 10 anos, necessita urgente de acostamentos, 3ª faixa nas subidas e trevos decentes e seguros… Nem pensar, enquanto que um energúmeno tal qual esse semi analfabético masturba o trem bala…

Deixaram a chave do cofre do BNDES nas mãos da Odebrecht e pho%$%da-se o resto.

Volto a dizer: estou com 62 anos, sou profissional autônomo, trabalho de 4 a 5 meses pra pagar as contas e só vejo meu dinheiro indo pra’s contas desses espertalhões.

Tá na hora de colorir a nossa bandeira. De sangue!!!

O Rock – Parte 2

Quando a MPB foi covardemente invadida pela axé music, com a febre de Asas de Águia, É o Tchan, Chicletes com Banana e mais um monte de terroristas e assassinos da sonoridade, já vínhamos sofrendo com os bregas e as primeiras duplas sertanejas.

Nesse momento peço aos leitores que reflitam comigo: Como esse país recompensa de forma substancial as pessoas com baixa escolaridade e consequentemente os produtores de sub cultura… Como diria o Luiz Melodia: Somos sub anormais!!!

Foi quando eu achava que não tinha mais jeito de piorar, surgiu o funk dos morros do Rio de Janeiro, a música, quer dizer, o ruído produzido a partir da escória da população dominada pelo tráfico pesado de drogas e armas…

Nessa hora é que sinto o nosso querido país entregue as baratas tontas e manipuladas. Sinto que estamos ainda afundando cada vez mais ou invés de emergimos.

Pra galera da minha geração, quando a música brasileira foi de alta qualidade, quer dizer: João Bosco, Elis Regina, Alceu Valença, Milton Nascimento e outros por um lado, por outro: Hermeto Paschoal, Airto Moreira, Egberto Gismonti e outros, as coisas pareciam funcionar melhor. Hoje tanto a música quanto as coisas aparelhadas, simplesmente não funcionam.

Nesse ínterim, por mais incrível que pareça, as bandas de rock nacionais produziram muita coisa boa, muita sonoridade de bom nível como o Ira, o Barão Vermelho, a Blitz, o Kid Abelha, a Legião Urbana, o Lobão e principalmente Os Titãs, etc.

Então lá vem você, de novo, virando de frente pra mim, cheio de ginga e elementos musicais perguntando:

– Mas onde você quer chegar misturando todos estes estilos musicais, caro rapaz?

Então eu te respondo: – Tá na hora de todos nós votarmos em pessoas que escutam rock do bom! Quem escuta rock do bom não é capaz de fazer tanta lambança com a economia do país!

O caboclo criado no rock não sai distribuindo dinheiro pra vagabundo improdutivo e analfabeto.

O caboclo criado no rock quer ver todo mundo civilizado, que não joga lixo em qualquer lugar, que não pratica vandalismo e nem fanatismo.

O caboclo criado no rock não solta foguete a qualquer momento, assustando os mais velhos, os recém nascidos e os animais.

O caboclo criado no rock devolve o troco errado ou a carteira perdida com documentos e dinheiro.

O caboclo criado no rock tem condições de ser um político ético e não um etílico corrupto ou um populista bolivariano.

O caboclo criado no rock nunca vai aceitar um regime igual ao da Venezuada, digo, Venezuela, governada por um sujeito sem qualificação, um ditadorzinho do terceiro mundo e que nunca ouviu o Trilogy (ELP).

Muita gente tem preguiça de ouvir um bom rock porque o som produzido por essas bandas, faz o sujeito pensar e a maioria quer escutar coisas que adentram em sua caixola ôca, de forma deslizante, como se lambuzadas de KY (gel lubrificante íntimo) e no minuto seguinte o elemento já decorou a musiquinha…

Tem roqueiro antigo que não admite bandas do tipo Supertramp ou The Alan Parsons Project, porém aproveito a deixa pra dizer que: não dê ouvidos a esses radicais! Pode escutar essas bandas, que com propostas mais pop’s agradam de imediato e fazem músicas de excelente qualidade.

Dois discos fundamentais dessa turma e que vai te preparar pra perceber sons mais bem elaborados e consequentemente a boa música são: O Crime do Século (Crime Of The Century) do Supertramp (banda canadense) e Pirâmide (Pyramid) do The Alan Parsons Project (banda inglesa), que foi formada por um dos engenheiros de som do Pink Floyd no fenomenal “A face oculta da lua” (Dark Side Of The Moon).

No próximo capitulo vou te posicionar melhor, porém pare de escutar esse lixo que vem detonando sua saúde mental…!!!

O rock

Estou lendo a autobiografia da incrível Rita Lee, revivendo alguns momentos da MPB e também da minha existência, já que muita coisa, que ela conta de forma totalmente despudorada, é da nossa geração: anos 60/70/80…

Lembro muito bem, não digo como se fosse hoje, mesmo por que lá se vão 50 anos mais ou menos, quando ganhei do meu pai um compacto duplo dos Beatles, Help!

A música já era parte da minha infância, minha irmã estudava piano e a bossa nova entrou como uma fragrância pelos meus tímpanos. Os festivais da canção apresentavam compositores excepcionais e músicas verdadeiras obras de arte.

Na minha casa, onde moro até o momento, existia uma “eletrola” e discos de vinil com vários estilos musicais. Inclusive um Bill Halley and his Comets  com o sensacional rock Ao balanço das horas (Rock Around the Clock)!

A ditadura militar dificultava e censurava a cultura nacional, porém  o rock, inglês e americano, rolava solto nas rádios e discos. Os Beatles lançavam discos fundamentais a cada ano: Revolver, Sg. Pepper’s e Abbey Road. Os Rolling Stones carimbavam “Satisfaction” e assim caminhava a humanidade.

Rivalizavam para o bem do rock, John Lennon e Paul Mcartney (com o rock bem elaborado), versus Mick Jagger e Keith Richards (com blue rock crú). Acredito que daí surgiram os seguimentos conhecidos como rock progressivo e o hard rock, além de outros estilos.

Um dia me apresentaram o Cat Stevens, o Genesis (com Peter Gabriel) e o Yes (com a formação básica) de uma só tacada. Era 1970 e o Let it be ainda dominava, só que muita gente já estava fazendo coisas incríveis no rock além das várias tendências de “pegadas”.

No Brasil muita gente boa, influenciada ou não pelo rock mandava bem como o Som Imaginário, O Terço, O Som Nosso de Cada Dia,Os Mutantes, Secos e Molhados, de Minas o Vox Populi, o Sagrado Coração da Terra, o rock rural do Sá, Rodrix e Guarabira.

Nessas alturas, eu meio perdido entre o Clube da Esquina (que tem pegadas de progressivo barroco), do Egberto Gismonti (simplesmente um absurdo com Academia de Danças e Corações Futuristas)  e do Hermeto Paschoal (desconcertante ao vivo em Montreaux), passei a me interessar até hoje e sempre pelo Genesis, Jethro Tull, PFM , Nektar, EL&P e outros dinossauros.

Pode espernear quem quiser, mas o rock quando bem elaborado não tem pra nenhum estilo musical e sempre me surpreendeu.

Certa vez um amigo me disse: -Você gosta de rock, de progressivo (que é um rock mais melódico com pegadas eruditas), né mesmo?

Eu disse: – Claro!!!

– Então tente escutar uma banda holandesa chamada FOCUS!!!

P#u@ta que pariu! Que musica linda! Progressivo instrumental com a guitarra mágica do Jan Akkerman. Tente escutar a fenomenal “Streetwalker” (já em carreira solo),depois cê me fala… (o Focus esteve recentemente no Cultural em JF, sem o Jan Akkerman, mas com o Thijs van Leer).

Já meio sem respirar, vem outro rockman e me apresenta um grupo totalmente desprovido de regras e conceitos: Gentle Giant! Não dá pra acreditar nos vocais e reviravoltas dessa banda. É pra ficar sem entender mais nada de música, ou melhor: saber que as possibilidades sonoras são infinitas… Só que muita coisa vem rolando paralelamente. As vezes a gente se liga numa banda e esquece que existem muitas bandas ótimas fazendo coisas paralelas de alto nível.

Uma das bandas inglesas de rock progressivo que deixei passar em branco, por um longo tempo, foi o Camel…quanto desperdício!

Quando resolvi escutar, praticamente parei com tudo e pra minha sorte esses caras apareceram no Brasil, mais precisamente em Cataguases, no Teatro Edgard. Fui e ainda acompanhado por uma galera de devotos…foi um show pra ficar na história, na minha breve história de roqueiro. Showzaço!!!

Sou suspeito pra falar sobre a Europa, por que tenho plena convicção que lá é o melhor lugar do planeta pra qualquer coisa: bebidas, cinema, design, arte, gastronomia, lazer, turismo, música, etc.

O rock europeu é simplesmente o melhor e a cada dia aparecem mais músicos e bandas da melhor qualidade. Ficar citando nomes e bandas dá pra encher a crônica de dezenas deles e o melhor é escutá-los e ter alguns de seus trabalhos em qualquer mídia, pode ser até em vinil arranhado, que tem voltado a despertar o interesse de roqueiros de carteirinha.

Meu conselho pra que tem alguma restrição ao rock: Não perca tempo! Ou melhor pare de escutar o que você “anda” escutando hoje e passe a ouvir pelo menos alguma coisa relacionada com o rock…

Pode ser Eric Clapton, pode ser Pink Floyd, Led Zeppelin, Van der Graaf Generator, Iron Maiden, Frank Zappa, King Crimson, Banco, Le Orme, Osanna…