Barra Limpa

No começo da rua Melo Vianna, ainda existe um prédio abandonado, que no passado foi uma fábrica de açúcar. Conhecido popularmente como “Refinaria”. Por ser grande e bem arejado, alguém teve a ideia de transforma-lo em um clube, que foi batizado por: Barra Limpa.

Enquanto durou, o Barra Limpa foi um sucesso popular e vivia sempre lotado, principalmente, nos bailes carnavalescos. Já não existia aquela pressão com relação aos costumes imposta pelo sistema. Assim, por lá se fazia vistas grossas para certos procedimentos.

Numa noite de “grito de carnaval”, por exemplo, era comum os jovens usarem lança perfume tranquilamente no meio do salão. Num desses bailes, apareceu o folião Hélio Marcio (Garrafinha), que tirou do bolso e espalhou pó de mico pelos cantos. Causando um alvoroço, foi uma coceira danada. Os foliões ficaram momentaneamente sem rumo. Houve corre-corre e princípio de confusão.

Logo, Garrafinha foi identificado e devidamente enquadrado pelos policiais de plantão, Severino e Timóteo, que o retiraram do salão. A coceira passou e Luiz de Deus e sua Orquestra deram o tom da noite com marchinhas e muita alegria. O dia já estava clareando e Bandeira Branca estava sendo cantada por todos os foliões… Bicas na folia.