Um causo à parte / Memórias / Tesoura voadora

Tesoura voadora

Nossa rua era muito antenada. Armamos um ringue com quatro estacas amarradas com corda de bacalhau e deixamos tudo pronto para o “telecatch”…

O juiz tinha que ser um moleque mais velho e honesto. Cachaço era da nossa idade, porém grande e forte, o danado batia em todo mundo. Paulo da Durica tentou dar uma tesoura voadora nele e ficou pela metade… suas pernas ficaram presas em seu pescoço.

Cachaço aproveitou e aplicou-lhe um golpe encostando suas costas no chão;  assim, ganhando mais uma luta…

Passamos um bom período com essa brincadeira meio pesada, que era fruto de um programa de televisão dos anos 60, que virou febre nacional. Quem é daquele tempo se lembra com facilidade de Ted Boy Marino, Tigre Paraguaio, Verdugo, Rasputin e muitos outros…

Eu ia no Bar do Agostinho todos os sábados assistir às lutas. Esse sucesso se deveu, principalmente, à popularização da televisão e à teatralidade das lutas.

Era o bem contra o mal. Teve lutador que virou ídolo e fez carreira longa na tevê. Eu apanhava, mas me divertia no campinho da Rua do Brejo…

Bicas engalfinhada.

Empresário envenenado tinha medo de casar por causa da divisão de bens, afirma amigo da vítima

Segundo a testemunha, o casal brigava muito; as investigações apontam que a motivação do crime foi financeira

Redação Terra
31 mai 2024 – 15h56 (atualizado às 20h11)

Luiz Marcelo foi visto pela última vez em imagens da câmera do elevador com Júlia – Foto: Reprodução

Um amigo de Luiz Marcelo Ormond, empresário morto após ter sido envenenado com um brigadeirão feito pela namorada, relatou que o casal brigava muito e que Luiz tinha medo de casar por conta da divisão de bens. A declaração foi obtida pela TV Globo. Segundo as investigações da Polícia Civil, a motivação do crime foi financeira.

“Ele falava muito que vivia muito em briga com ela. Ele sempre falava comigo, que eles brigavam muito e tudo mais. Ele era um cara que tinha medo de casar, que ele falava pra mim, por causa dos bens dele, com medo de separar”, contou a testemunha, ao veículo.

Sua namorada era Júlia Cathermol. Nas redes sociais, em abril, a vítima chegou a atualizar seu status de relacionamento para ‘casado’. Porém, foi o fato de Júlia saber que o namorado havia desistido de formalizar uma união estável com ela que teria provocado o crime, aponta a Polícia Civil.

Relembre o caso

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, que teria sido envenenado pela própria namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que está foragida. O caso aconteceu no último dia 17, quando os dois foram vistos pela câmera de segurança do elevador do prédio onde ele morava, no Engenho de Dentro.

Segundo a investigação, nas imagens, o empresário aparece segurando um prato com um brigadeirão. A suspeita é que Júlia já tivesse envenenado o doce para matar o companheiro. Luiz Marcelo foi encontrado morto, em estado avançado de decomposição, após vizinhos sentirem um forte cheiro vindo do apartamento, e acionarem as autoridades.

O corpo de Luiz estava no sofá, com dois ventiladores ligados, um no teto e um no chão, em direção à janela aberta. Os aparelhos foram ligados em uma tentativa de Júlia de disfarçar o forte odor, já que ela ficou no apartamento por cerca de três dias, junto do corpo do namorado.

Apartamento de Luiz Marcelo estava revirado durante a chegada das autoridades – Foto: Reprodução/RJ2/TV Globo

O laudo da necrópsia não aponta a causa da morte, mas indica uma pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo da vítima. Também foi identificado um analgésico forte na cena do crime. Foi apurado que Júlia, 9 dias antes das imagens do elevador, foi até uma farmácia e pediu o medicamento de uso controlado.

Desde o último dia 20, a polícia apura a causa da morte do empresário. A polícia suspeita que Júlia tenha planejado o crime junto da cigana Suyany Breschak, que está presa no Rio de Janeiro. Ela teria se apropriado de bens de Luiz para tentar obter dinheiro e amortizar uma dívida de R$ 600 mil com a cigana.

Júlia contratava os serviços de Suyany para que homens e familiares não descobrissem que ela era garota de programa. Ela prestou depoimento à polícia, dizendo que Luiz estava vivo quando ela saiu do apartamento, e que não sabia da morte dele. Ela está foragida, e a polícia divulgou um cartaz com a foto de Júlia, em busca do paradeiro dela.