Antes do Marcelo
O leitor assíduo de O MUNICÍPIO, quando era impresso e agora on-line, Marco Aurélio Garcia (foto), comentou a respeito da crônica do jornalista Marcelo Barreto, Saudade que vem de longe, publicada no Espaço Livre deste jornal. A palavra é a seguinte…
Antes do Marcelo nascer e até do pai namorar a mãe, o José Vieira já treinava a molecada (no Estádio João Varanda – vestiário Aziz Gabriel – e no campo do Ginásio Francisco Peres, que era também utilizado pelo Serrano e pelo Olaria, times que chegaram a disputar o campeonato da LAB).
Mas, antes ainda, quando o local do prédio do Wander Sarto era um lote vago (e o Wagner Barreto e D. Ciloca moravam na rua que viria a se chamar Emil Farhat), a meninada jogava peladas (Sérgio Penchel, Paulo Vicente, Nei Haddad, José Carlos Agrelli e muitos outros). Um dia eu quebrei um vidro da janela do Jorge Haddad.
O antigo campo do Leopoldina era o local preferido para as peladas. O Waguinho, pai do Marcelo, já jogava um futebol superior (nas peladas como era mais velho jogava de goleiro e era excepcional). O Paulo Vicente era goleiro e chegou a jogar no Leopoldina. O Sérgio Penchel também goleiro tinha um jogo de camisas que passou a ser utilizado pelo São José (time da turma da praça) que disputava campeonatos muito empolgantes e tinha como principal adversário o Cruzeirinho (o campo era no alto do morro do Cruzeiro).
Aí chegou a TV e o futebol do interior foi sendo substituído, assim como o footing da Rua Cel. Souza, o Cine São José e um que funcionava na Casa Paroquial. As oficinas da RFFSA – EFL foi sendo fechada aos poucos (era ela que movimentava o comércio da cidade, que chegou a ter 5 agências bancárias).
Hoje é uma outra cidade (ficou até mais bonita), mas perdeu prédios históricos.