Amor de mãe
Eu já estava morando fora e fui mais uma vez visitar minha família. Como sempre, levei umas lembrancinhas. Na hora do almoço, minha mãe disse que iria fazer uma comidinha que eu gostava. Minha irmã já havia buscado a linguiça lá no Lorin… Pude ver a caderneta marcada bem em cima da mesa.
O feijão já borbulhava no caldeirão de ferro e o alho para temperar o arroz já estava amassado… Dona Ana me mandou ir lá na horta e procurar na beirada da cerca uma coisa que ela guardou para mim. Era uma abobrinha menina que estava no ponto. Colhi e ela imediatamente preparou, do jeitinho que eu gosto: batidinha…
Ana Lúcia, minha irmã, com uma ponta de ciúme, disse: “fala pra ele que a compoteira esta com doce de figo e que a senhora não deixou ninguém comer até ele chegar”. Minha querida mãe brilhou os olhos e deu um leve sorriso. Foi o suficiente para ela ganhar um abraço e um beijão gostoso do seu filhão… Bicas maternal.