Acusado de matar mulher e enterrá-la em casa dentro de tambor é condenado a 21 anos
O julgamento aconteceu na última quinta-feira (19) no Tribunal do Júri do Fórum Benjamin Colucci e foi presidido pelo juiz Paulo Tristão. Symon foi acusado de ter concorrido para os crimes junto com sua mãe, 38, o namorado dela à época, 23, e de ter corrompido sua irmã, 19, que era adolescente no dia dos fatos, em 30 de novembro de 2020. Segundo o Tribunal do Júri, os outros três réus chegaram a recorrer da decisão de serem submetidos a julgamento popular, por isso não foram julgados na mesma data. O jovem condenado teve negado o direito de recorrer em liberdade.
Rivânia era moradora do Bairro Poço Rico, Zona Sudeste, e chegou a ficar duas semanas desaparecida. Naquele período, familiares de Teófilo Otoni, município da região do Vale do Mucuri, chegaram a Juiz de Fora para encontrá-la e iniciaram uma busca por informações que pudessem levar ao paradeiro dela.
O caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 6 de julho de 2020 Rivânia transferiu, por sugestão da mãe do réu durante atendimento espiritual, a quantia de R$ 26 mil para o acusado. A Promotoria indicou três qualificadoras para o homicídio. “O crime foi cometido por motivo torpe, como forma de evitar o pagamento daquela importância; através de emboscada, sendo a vítima atraída à casa da mãe do réu e de seus filhos, com a promessa de pagamento; e morta de forma cruel, por estrangulamento, ficando em agonia por cerca de 40 minutos, até ser colocada debaixo do chuveiro e ir a óbito.”
Conforme o MP, em seguida, os envolvidos ocultaram o corpo, que foi colocado em um tambor metálico com cimento, areia, cal e ferramentas, sendo enterrado embaixo de um sofá no quarto da mãe. Depois de completar 18 anos, dias após o assassinato, a suspeita mais jovem teria usado documentos e cartões que estavam na posse de Rivânia para furtar R$ 100 de uma conta bancária em nome da mãe da vítima.
A Promotoria requereu a condenação dos réus nos termos da denúncia e destacou que os crimes foram praticados durante a pandemia e na presença de crianças. Já a defesa, pediu a absolvição de todas as acusações por negativa de participação. O réu julgado esta semana, no entanto, foi condenado na forma em que fora pronunciado, por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores.
Fonte: Tribuna de Minas