A caneta azul
A escrita foi uma das mais importantes descobertas do homem. Contudo, para a aplicação desse grande avanço, era necessária a criação de certos instrumentos.
Lógico que a roda também foi importante, a eletricidade, a internet, a Netflix e viajar de primeira classe…
Na escrita cuneiforme, tipo criado pelos babilônicos, eram utilizados pedaços pontiagudos de madeira ou ossos para traçar os escritos, marcando permanentemente o bloco de argila onde eram feitos.
Durante muitos anos, as penas de ganso foram utilizadas para a escrita. Somente no final do século XVIII é que surgiu a ideia de substituir tal instrumento por um objeto manufaturado. Assim, foram criadas as penas de metal, as quais obtiveram relativo sucesso, na época, embora as penas de aves continuassem a ser usadas.
Durante o século XIX, vários estudiosos (tenho certeza que Leonardo Da Vinci bem antes já tinha pensado nisso) tentaram desenvolver uma espécie de caneta com tinta em seu interior, o que chamamos hoje de caneta-tinteiro. Em 1884, Lewis E. Waterman patenteou tal invenção.
As canetas esferográficas, principal modelo usado atualmente, surgiram em 1937 por meio do húngaro Lásló Bíró, o qual se baseou em uma caneta que não borrava e cuja tinta não secava no depósito, como fazia a velha caneta-tinteiro.
Vendo o fato de tais canetas serem mais resistentes que as convencionais e funcionarem em grandes altitudes, onde há menos pressão, o governo britânico comprou os direitos da caneta patenteada para que pudesse ser utilizada pela tripulação da Força Aérea Real. Assim, a caneta Biro ganhou grande notoriedade, já que era grandemente empregada pelos militares britânicos na Segunda Guerra Mundial.
Na Europa, as primeiras canetas esferográficas acessíveis foram produzidas em 1945, por Marcel Bich, cujo mérito foi o do desenvolvimento de um processo industrial de fabricação que reduzia significativamente o custo das canetas por unidade. Em 1949, essas canetas foram lançadas comercialmente sob o nome “Bic”, uma abreviação do seu sobrenome, e que era fácil de lembrar pelo público. Dez anos mais tarde, as primeiras canetas “Bic” eram lançadas no mercado norte-americano.”
O problema maior é que tempos passados surgiram pessoas do nível de um Gilmar ou “soltador mor de ricos e malfeitores”. Para dar sequência aos seu maléficos intentos, essa doença que assola o sistema judiciário terceiro e quarto mundista, usa e abusa de canetas. No caso em lide, data máxima vênia, da caneta azul.
O caso mais recente é o do Garotinho e da Rosinha, duas coisinhas oriundas dos Campos de Goitacazes, ex-governadores do ex-estado da união e atual estado de sítio: o Rio de Janeiro. Nunca ficam presos por mais de 24h.
Hoje em dia, em qualquer lugar do Brasil onde exista uma mísera caneta azul, quem se apresentar como ex-governador do Rio de Janeiro é considerado no mínimo suspeito de alguma coisa contra o povo e o patrimônio público.
Um cidadão que não sabe escrever, lê mais não entende e que baba ao tentar articular alguns fonemas básicos da língua pátria, usa e abusa da canetada azul. Seus habeas corpus são julgados de forma rápida e geralmente a favor quando todo mundo reclama da morosidade da justiça. Nesse caso a justiça é cega mas veloz. Dizem que tem togado com asinhas nos calcanhares, assim como Mercúrio. Isso é o que eu chamo de avacalhar com a mitologia grega…
O caboclo que elaborou essa belezura de canção, caneta azul, azul caneta, já está sendo plagiado pelo próprio ex-(futuro)presidiário com a versão: “caneta vermelha, vermelha caneta, vermelha é comuna e também a cor do capeta”
O 03 tá propondo o retorno do AI-5 e logo apareceram vários defensores do retorno do Jedi e tudo acabou virando uma nova versão de Guerra das Estrelas ou Dança dos Famosos(!).
Dizem que estão jogando petróleo bruto venezuelano na costa do nordeste. É mentira! Logo no nordeste onde os governadores não aceitam nada que o Bolsonaro assina com sua caneta azul?
Isso é coisa da extrema direita ou excesso de produção da usina de Pernambuco (Abreu e Lima) inacabada que vazou da Transposição do Rio São Francisco e foi parar lá na Ilha de Fernão de Noronha, só pra sacanear o Luciano Hulk e sua pousada construída em área de preservação permanente.
Essa desgraça da caneta azul pelo menos arrefeceu o quem eu quero não me quer de outra aberração sertaneja…
Acho melhor escrever a lápis!