Um causo à parte / Memórias / Dançando quadrilha

O MUNICÍPIO está recordando os pitorescos contos do livro “Bicas, um causo à parte”, do saudoso Vasco Teixeira, prestigiado ex-colunista do jornal. Um biquense que também fez história nas cidades de São José dos Campos (SP) e Paraisópolis (MG), onde estava radicado. O Tiãozinho da Rua do Brejo era multifacetado: metalúrgico, político, cronista, escritor, artista plástico e mais.

Dançando quadrilha

Quando fui transferido para o Grupo Retto Junior, no meio do ano, me convidaram para dançar quadrilha. Meio sem jeito, relutei, mas depois que soube que meu par seria a Ângela, não pensei duas vezes e aceitei.

Nos ensaios, o que eu mais gostava, era quando ela me dava o braço. A marcação da dança, naquela época, era em francês e eu achava muito chique… “Anarriê”, “Alavantu” e “Balancê”, estas palavras nunca saíram da minha cabeça.

No dia da apresentação oficial, todos nós vestidos a caráter, nervosos e a escola cheia. Era pura emoção. Todos bem ensaiadinhos, fizemos o dever de casa… Muitos aplausos e
abraços.

Dava pra ver, no meio de toda aquela parafernália, nossa diretora, Dona Ernestina com
um sorriso de orelha a orelha. Ah se tivesse selfies naquele tempo!

Bicas juninamente.